Roubério preteriu o forró pelo axé, arrocha e sertanejo, nos festejos tradicionais dedicados a São Pedro em Eunápolis! |
A festa de São João, assim como a
junina, chegou ao Brasil através dos portugueses como parte de uma celebração
católica dos três santos lembrados neste período: São João, São Pedro e Santo
Antônio. O foco deste evento tradicional, é preservar suas tradições
fundamentais: as comidas, a fogueira, as fantasias, os balões e ritmos musicais:
forró, baião, xote e xaxado. Mas, de uns tempos pra cá, a coisa mudou. Os
balões, por falta de fiscalização, foram proibidos com a justificativa de serem
perigosos, as fogueiras perderam espaço e hoje se limitam a poucos exemplares e
a música se diversificou, abrindo espaço, principalmente, para o sertanejo,
estilo musical absolutamente dominante na indústria musical nacional de hoje.
Mas o sertanejo e o arrocha estão invadindo a celebração junina e se transformando
a atração principal da festa que deveria ser apenas do forró, baião, xote e
xaxado. Uma das reclamações entre os nordestinos mais tradicionais é o abandono
das brincadeiras de São João. As festas de junho, que se tornaram uma espécie
de segundo carnaval em algumas cidades, ganharam proporções que não permitem
mais uma inocente corrida de saco, por exemplo, ou a do ovo, a dança da
laranja, o bingo, entre outras. E enquanto os blocos invadiram ruas e avenidas
nas cidades onde acontecem o carnaval, as quadrilhas juninas são tão escassas
quanto bandas de forró, nos festejos de São João, Santo Antonio e São Pedro. Tanto
que em Eunápolis, a realização da festa de São Pedro (Pedrão), está consumindo
milhões de reais dos cofres da prefeitura, com atrações musicais carnavalescas
e sertanejas, como Bell Marques, Tayrone, Zé Neto & Cristiano, Maiara e
Maraisa, Solange Almeida, André Lima & Rafael, Gusttavo Lima, Lordão e para
não dizer que, pelo menos 5% da festa junina não teve forró, a banda Cacau com
Leite é honrosa e empolgante exceção!