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18 de junho de 2019

PRECARIEDADE NA SAÚDE DE ITABUNA É CAUSADA POR MÁ GESTÃO

Jozimar e Cuma estão mancomunados no que há de mais
deficiente nos serviços públicos de Saúde de Itabuna!

Tão feia e preocupante quanto o crônico caos na saúde pública de Itabuna, é a radiografia do sistema feita pelos órgãos públicos de fiscalização, onde processos apontam irregularidades e desperdícios de recursos. Atendimento ruim e falta de infraestrutura nos postos de saúde e hospital regional e deficiência nos serviços clínicos, compõem o retrato da saúde pública em Itabuna. A falta de recursos não é a principal causa desses problemas, e sim a má gestão; A má aplicação dos recursos públicos. Um simples levantamento sobre os acontecimentos no setor, é uma chave essencial para ajudar a entender as razões que levam os itabunenses a penar em corredores, ambulatórios e enfermarias do Sistema Único de Saúde (SUS). Num quadro em que se misturam mau atendimento, déficit de profissionais, desleixos e irresponsabilidades, revela-se uma realidade inquestionável: talvez mais do que a falta de verbas, alegação sempre presente quando se trata de “justificar” a ineficiência da rede oficial, a estrutura sofre do mal generalizado de gestão inepta. Este nosso diagnóstico se baseia em exemplos absurdos, que revelam nítidos problemas de administração, como a destinação inadequada de equipamentos. Há casos em que aparelhos odontológicos permanecem encaixotados, portanto sem uso; ou de equipamentos inativos porque a unidade de saúde pública não dispunha de sala onde a pudesse instalar; ou ainda o de um aparelho também inoperante à espera da ampliação da rede de energia e contratação de pessoal. São evidências gritantes de inaptidão gerencial, que se juntam a demandas crônicas, algumas até ditadas por problemas de verbas, principalmente por sua má aplicação, como déficit e excesso de pessoal e redução acentuada do número de leitos oferecidos pelos SUS. É bem verdade que, neste quesito, o fenômeno não está circunscrito a Itabuna, mas o fato é que, em comparação com a maioria dos demais municípios baianos, é desabonador o perfil de Itabuna, à frente apenas de uma dezena de outras cidades na relação leitos/população. Há outros dados igualmente preocupantes, como superlotação das emergências das unidades básicas e hospitalares e a dramática situação de deficiência de leitos de UTI para a população usuária do sistema público. Um levantamento eficaz do Ministério Público e da Câmara Municipal, é roteiro necessário para que sejam estudadas as mazelas dos serviços de Saúde Pública em Itabuna, com as lentes da realidade de uma rede pública ineficiente, desmontando a ideia de que mais verba seria uma panaceia, quando o que se tem é uma falência múltipla de gerenciamento. Isto sim, pode ajuda a dar a medida do custo social dessa insensibilidade.

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