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Câmara

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31 de janeiro de 2011

DO ENROLATION PARA O EMBROMATION

A imprensa não resiste e fecha o primeiro mês do novo governo comparando os estilos da atual governanta com o antecessor. A tentativa é de mostrar o máximo possível de diferenças. O problema é outro: a comparação expõe, muito mais do que a força, a fraqueza da atual presidente. Apelando para as metáforas futebolísticas, o centroavante antigo é logo esquecido se o novo enfia uma penca de gols, já nas primeiras partidas. Dilma Rousseff é m uito fraca, em todos os sentidos. Foi orientada pelo marqueteiro João Santana a ficar calada para parecer uma rainha e para ser o oposto do velhaco, na tentativa de moldar uma imagem. A explicação não convence: o silêncio é porque o discurso é chato, confuso na forma e no conteúdo. A verdade é que os primeiros trinta dias passaram e nada de relevante foi feito pela governanta. Saimos do governo do enrolation para o governo do embromation. Até agora esta é a única diferença.

VICE-PRESIDENTE DO PV DE SALVADOR TERÁ FILME SOBRE SUA VIDA

O atual vice-presidente do PV de Salvador, Marcell Moraes, foi convidado pelo cineasta argentino radicado na Bahia Carlos Pronzato a ter contada em um documentário uma fase conturbada de sua vida. Em 2004, por ter feito um protesto aguerrido contra a Faculdade de Artes, Ciência e Tecnologia (Facet) devido a um suposto aumento abusivo de mensalidades, Moraes chegou a ser condenado a três meses de prisão por crime de injúria. Segundo ele, a condenação por este crime é inédita em todo o mundo e, além disto, trata-se do mais veemente caso de perseguição estudantil desde que a Ditadura Militar no Brasil foi encerrada. Marcell Moraes recorda que naquele ano era presidente do Diretório Central Estudantil (DCE) da Facet e encabeçou o movimento que contestava os reajustes. A direção da faculdade, diante da resistência aplicou uma suspensão de 15 dias no então estudante de Administração de Empresas. Posteriormente, a suspensão foi derrubada na Justiça por meio de uma liminar que acusava a Facet de arbitrariedade. Os protestos voltaram a toda e, durante uma das novas manifestações, Moraes deu uma declaração a jornalistas em que classificava a administração da escola “péssima”. Por isso, alega, foi processado por injúria e difamação e teve sua saída da presidência do DCE exigida pela Facet. “Em um processo incrível que durou três meses eu fui condenado a 3 meses de prisão. A pena alternativa era pagamento de 30 salários mínimos”, lembrou. Metade do valor, cerca de R$ 8 mil, foi a rrecadado em uma movimentação intensa de estudantes pela cidade. O processo continuou a correr em outras instâncias e a notoriedade de seu nome fez com que Marcell virasse personagem de um caso de repercussão na mídia nacional. Assim, acabou iniciando sua vida política após se filiar ao PV. Em 2006, tentou ser vereador e não se elegeu por algumas dezenas de votos. O cineasta pretende entrevistar todos os principais personagens envolvidos na história, inclusive a direção da Facet e também a juíza Auristela Dias, que chegou a ser afastada das funções por 30 dias em uma investigação sobre supostos esquemas de tráfico de influência que resultaram no julgamento-relâmpago do estudante. Marcell Moraes acredita que o filme terá um valor simbólico em mostrar aos estudantes de agora que a luta vale a pena. “Os estudantes hoje estão muito parados. Muito do que nós conseguimos no país hoje, como redemocratização no Brasil e a criação, por exemplo, da meia- passagem dos ônibus durante os fins de semana em Salvador, foi por conta dos estudantes. DCE é para lutar e esse documentário vem para mostrar que vale a pena lutar”, defendeu. O lançamento do filme está agendado para o próximo dia 11 de agosto. Não coincidentemente, Dia do Estudante e aniversário de 7 anos de posse de Moraes no DCE da Facet. (Lucas Esteves - www.politicahoje.com.br).

CAETANO VELOSO CONTA QUE FILHOS SÃO EVANGÉLICOS DA UIRD

O músico Caetano Veloso abriu as portas do seu apartamento no Leblon, no Rio, para a revista Serafina, e conversou sobre família, carreira e política. Entre outras coisas, contou que seus dois filhos mais novos são evangélicos freqüentadores da Igreja Universal do Reino de Deus. Os meninos, Tom e Zeca, são filhos dele com Paula Lavigne, sua última mulher e atual empresária. "Minha geração teve que romper com a religiosidade imposta, a deles teve que recuperar a religiosidade perdida", disse o cantor sobre o assunto. A respeito do crescente poder dos evangélicos no Congresso e na mídia, relativiza: "A Record não tem mais rabo preso com o bispo do que a Globo tem com o cardeal."

ALVARÁ DE EMPRESA FOI DE R$ 51 PARA R$ 940

Depois da mudança feita pela prefeitura de Itabuna no cálculo da Taxa de Fiscalização e Funcionamento, graças a uma lei aprovada pelos vereadores numa sessão onde sequer o documento do relator foi lido, sem qualquer discussão. As empresas Ferlur e Adrilur, ambas de confecções e calçados, pagaram R$ 51,23 pelo alvará em 2010. Mas, ao receber a cobrança deste ano, os empresários não podiam acreditar no que liam. A TFF tinha aumentado 1.688% e cada uma tem que pagar R$ 940. Se não pagar no dia do vencimento, 31 de janeiro, vai paga r, só de multa (10%), mais R$ 94, quase o dobro do que a empresa pagou pela TFF de 2010. Isso, mais 15% de “juro de mora” e 1% ao dia. O documento não explica como foi feito o cálculo nem sua base. Outro caso foi o do microempresário Everaldo Dias Reis, dono de um pequeno bar no Jardim Primavera, que viu seu alvará saltar de R$ 51,23 em 2010 para R$ 120. Dezenas de empresários tem reclamado da ganância da administração de José Nilton Azevedo, com aumentos no alvará que vão de 100% a 1.700%. Alguns falam em entrar na Justiça e dizem que na verdade o Ministério Público já devia ter tomado a iniciativa de investigar o caso. CÂMARA CULPADA - O presidente da Câmara de Itabuna, Ruy Miscócio Machado, esteve em uma reunião (na foto à direita de Erivaldo) sobre o aumento abusivo dos impostos municipais, na quarta-feira (26), no auditório da Câmara de Dirigentes Lojistas, onde ouviu muitas críticas. O presidente do Sindicontasul e especiali sta em Direito Tributário, Erivaldo Benevides, afirmou que o novo código feriu princípios constitucionais e o da razoabilidade. Ruy admitiu que é preciso revisar o código, mas não confirmou se a Câmara vai fazer isso e deu uma informação errada. “O projeto ficou durante um ano na Câmara à disposição do público e somente após a realização de duas audiências públicas, foi finalmente aprovado. Uma dessas audiências contou com a presença de representantes do microempresariado local”. Não foi bem assim. Durante o tempo em que ficou na Câmara, em momento algum o projeto esteve “à disposição do público”, ao contrário, foi muito difícil conseguir uma cópia para o jornal A Região, primeiro a denunciar as inúmeras irregularidades contidas na proposta. Também “esqueceu” de citar que na sessão com os empresários os vereadores concordaram em discutir o projeto nos 60 dias seguintes e apresentar emendas. Mas a lei acabou aprovada em uma sessÍ ?o feita às pressas, sem comunicado prévio. Ao saber, pela Morena FM, que a sessão ia acontecer naquele dia, vários empresários correram para a Câmara mas, ao chegar, foram ignorados, assim como a análise do relator, que apontava várias correções necessárias e sequer foi discutida em plenário. No encontro, o secretário da Indústria e Comercio, Carlos Leahy, anunciou a prorrogação do prazo para pagamento do imposto de 31 de janeiro para 28 de fevereiro, mas isto não vai resolver o problema. Só uma mudança na lei pode evitar os abusos neste e nos próximos anos. A lei nº 2.173, aprovada em 1º de outubro de 2010, dá poderes quase absolutos ao secretário da Fazenda e torna subjetivos os valores cobrados. Não existe na lei um valor de referência nem um cálculo preciso de cada imposto ou taxa municipais. Com isso, o cálculo da Taxa de Fiscalização e Funcionamento (TFF) não é mais feito sobre a área ocupada e sim pela receita bruta da empresa, que nÍ ?o deveria ser usada porque já é o parâmetro do ISS. (A Região).

AH, AGORA ENTENDI: ENTÃO DILMA QUER SER RAINHA DA INGLATERRA!

Venho apontando, ao longo deste mês de janeiro, um fenômeno curioso — que de “fenômeno” nada tem porque uma construção deliberada: quanto menos a presidente Dilma aparece, mais competente ela se mostra, ao menos segundo o texto de certa imprensa. E, como já apontei aqui também, a referência é sempre Lula. Como ele é um falastrÍ ?o, perdulário nos auto-elogios, o silêncio dela se confunde com competência. Chegará o dia em que alguém dirá: “Viu? A Dilma não falou nada a respeito. Que mulher!!!” Na Folha de hoje, há um texto interessante de Bernardo Mello Franco. Leiam um trecho. Volto em seguida: Ele escalou palanques, visitou quatro países e levou seus ministros em caravana para ver a miséria de perto. Ela limitou as aparições públicas, se trancou no gabinete em Brasília e mandou os auxiliares fazerem o mesmo. No primeiro mês de governo, Dilma Rousseff seguiu roteiro bem diferente do que marcou a estreia de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003. Boa parte das mudanças é orientada pelo publicitário João Santana, que fez a campanha da presidente e continua a atuar nos bastidores para ajudá-la a construir “imagem própria” no poder. Lula começou produzindo grande fatos em série. Com dez dias no cargo, encheu um avião com 30 ministros e secretários e visitou favelas em trê s Estados, numa espécie de tour da pobreza. Buscou holofotes em dois fóruns mundiais: o Social de Porto Alegre, onde discursou para 70 mil militantes de esquerda, e o Econômico de Davos, seu batismo perante a banca internacional. Encerrou o mês com sete discursos, quatro países visitados e um anúncio de impacto: o lançamento do Fome Zero, no dia 30. Numa espécie de negativo do antecessor, Dilma priorizou reuniões fechadas, evitou viagens e impôs um estilo mais discreto e tecnocrático. Até hoje, só fez dois discursos, e sobre assuntos externos ao governo: uma homenagem a José Alencar e outra às vítimas do Holocausto. Cortou viagens de campo, à exceção da visita a áreas atingidas por enchentes no Rio, e ordenou que os auxiliares fiquem mais em Brasília. Vai ao exterior pela primeira vez amanhã, dia 31, quando pousa na Argentina. Um ministro que participou dos dois governos, e que pediu para não ser identificado, conta que a diferença de estilos não aco ntece por acaso. Segundo este auxiliar, Dilma investe numa imagem própria, para evitar comparações com Lula. Citando frase de João Santana, o ministro diz que a ideia é fazer com que Dilma “ocupe o espaço imaginário de uma rainha”. VOLTEI - Huuummm… Eu sempre acusei o viés aristocrático do PT. Era uma metáfora, claro, na pena de um jornalista que não se caracteriza por elogiar o partido. Então eu não estava vendo coisas, não é? O esforço para dissociar Dilma do governo é real. Ela se torna, assim, a um tanto a etérea, mas presente, chefe de estado, como nas modernas monarquias européias. É apenas uma referência de estabilidade, mas não pode ser responsabilizada pelos ladrões que brigam para controlar a Funasa ou Furnas, por exemplo. Rainha não se mete nessas coisas. Isso confirma o que todo mundo já sabe: o governo de fato está com Antonio Palocci, o primeiro-ministro. A construção “marquetológica” é espertíssima, e o grupo está de parabéns, incluindo João Santana. Ela nem havia tomado posse ainda, e eu acusei o seu sumiço no programa “Entre Aspas”, de Mônica Waldvogel, na GloboNews. E elogiei a decisão. Como competir com Lula? O poder está fazendo o que lhe é próprio: tentando dar um truque. Vergonhoso, aí sim, é que setores da imprensa caiam na conversa e transformem o “refúgio da rainha” numa prova de sua competência. (Reinaldo Azevedo).

29 de janeiro de 2011

MAGELA CONTRA AS MAZELAS NA SAÚDE

Secretário novo, velhos problemas. A expectativa de solução para as dificuldades enfrentadas pelo Hospital de Base Luiz Eduardo Magalhães é tão grande quanto a responsabilidade do recém empossado secretário Geraldo Magela em atender aos pleitos de toda área de saúde pública em Itabuna. O novo governo não pode ignorar a necessidade de valorizar o médico e os outros profissionais da saúde. Achincalhados por baixos honorários e vínculos empregatícios frágeis, cada vez menos médicos aceitam trabalhar em condições precárias. Mais uma vez, o prejuízo recai sobre a população, impedida de ter acesso ao melhor atendimento. Ao contrário do que alguns pensam, não há falta de médicos no município. O que existe é desorganização nas planilhas de plantões; médicos que trabalham muito menos tempo do que deveriam. E assim, acompanhamos a chegada do novo secretário, renovando nossas esperanças. Agora, os médicos acompanharão para ver como o desejo expresso de mudanças resultará em ação concreta, efetiva e coerente para que 2011 seja um bom ano para a saúde em Itabuna.

TODO CUIDADO É POUCO DIANTE DO VOLANTE

Estou atualmente aprendendo a dirigir na Auto Moto Escola Regional. E tendo melhor conhecimentos sobre as leis básicas do trânsito. Diz o ditado que é melhor prevenir do que remediar. E no caso dos motoristas que vão aproveitar este final de semana para viajar, ele se encaixa perfeitamente. Todos sabem, mais ainda existem muitos que precisam ser lembrados da importância de checar o veículo e organizar os documentos antes de seguir viagem. A orientação é para que os condutores observem a sinalização do trânsito, os limites de velocidade, os cuidados diante da ocorrência de chuvas nas estradas, a possível presença de animais nas mesmas vias e evitem dirigir no período noturno. A obediência a esses conselhos pode ser a garantia de que o passeio da família não será interrompido por tragédias ou outros contratempos. O uso da direção defensiva deveria ser prioridade absoluta entre os que trafegam nas rodovias. Porém, as ocorrências de acidentes nos fins de semana e feriados denunciam exatamente o contrário, uma vez que a maioria das ocorrências é oriunda da imperícia e da falta de atenção dos condutores. Outro alerta, que também é de conhecimento de todos mas esquecido por muitos, diz respeito à Lei Seca sobre o consumo de álcool. Vale lembrar que todas as corporações da segurança pública do Estado, assim como a Polícia Rodoviária Federal (PRF), estão de olho nos motoristas que ainda teimam dirigir depois de se embriagar nos bares e barracas de praia. E, como a prevenção é uma escolha inteligente, quem optar por observar as regras de segurança vai evitar constrangimentos, conflitos com a polícia e riscos de morte.

O CRACK COM GOSTO DO INFERNO

Os fatos criminosos em todas as partes e em todos os lugares do país, as desagradáveis conseqüências na área policial, educacional, saúde, social e familiar e o degredo causado pelo crack, comprovam que essa droga trouxe malefícios sem precedências para a nossa sociedade. O crack mata os sonhos das pessoas, aniquila o futuro de tantas outras e aumenta a criminalidade em todo canto que se instala. De poder sobrenatural, o crack sempre vicia a pessoa quando do seu primeiro experimento e o que vem depois é a tragédia certa. A partir de então a sua nova vítima está condenada a engrossar as fileiras de um gigantesco e crescente exército de dependentes químicos da droga que, em conseqüência passa também a matar e morrer pelo crack. O crack além de trazer a morte em vida do seu usuário, arruína a vida dos seus familiares e vai deixando rastros de lágrimas, sangue e crimes de toda espécie na sua trajetória maligna. Faz parte da fórmula absurda do crack que nasceu da borra da cocaína, a amônia, o ácido sulfúrico, o querosene e a cal virgem, produtos altamente nocivos à saúde humana, que ao serem misturados e manipulados se transformam numa pasta endurecida de cor branca caramelizada, que passou a ser conhecida pelos mais entendidos, com toda razão, como sendo a pedra da morte. Como os efeitos excitantes do crack têm curta duração, o seu usuário faz dele uso com muita freqüência e a sua vida passa a ser somente em função da droga. Em virtude do dependente do crack pertencer em grande maioria à classe pobre ou média da nossa sociedade e assim não dispor de dinheiro para manter o seu vício, então passa ele a prostituir-se em troca da pedra ou de qualquer migalha em dinheiro, a se desfazer de todos os seus pertences e a cometer furtos em casa dos seus pais, dos seus parentes, dos seus amigos ou noutros lugares quaisquer, para daí logo passar a praticar assaltos, seqüestros e latrocínios, sem contar que também fica nas mãos dos traficantes para cometer homicídios ou demais crimes que lhes for acertado em troca do crack. Assim, o usuário do crack vende seu corpo, sua alma, seus sonhos para viver em eterno pesadelo. Na trajetória inglória e desprezível do crack, o seu usuário encontra o desencanto, a dor, a violência, o crime, a cadeia, a desgraça ou o cemitério. O crack traz o ápice da insanidade humana. Alguns que se recuperaram do poder aniquilador do crack disseram que dele sentiram o gosto do inferno. Concluímos então que o perfil da sociedade se transformou e os problemas da segurança pública mudaram consideravelmente para pior a partir do advento do crack. Aumentaram-se todos os índices de crimes possíveis por conta do crack. Em decorrência do crack também passou a morrer precocemente uma imensidão incontável de pessoas... e mais jovens se lançam neste lamaçal. Os seus usuários em grande maioria se transformam em pessoas violentas e, com armas em mãos são responsáveis por mortandade em suicídios, assassinatos dos seus familiares e amigos, homicídios pelo tráfico, para o tráfico ou ainda mortes relacionadas às pessoas inocentes em roubos, nos chamados crimes de latrocínios. É preciso que as políticas públicas contra o crack, além de promover bons projetos preventivos, repressivos e curativos, considerem os vários aspectos que envolvem os seus dependentes químicos e suas conseqüências, como a conscientização da população voltada para o drama pessoal vivido pelos mesmos e por aqueles que o cercam, as dificuldades de bem vigiar todas as fronteiras como melhor forma de prevenção de evitar a entrada da sua pasta base, as carências das entidades assistenciais e de saúde, assim como da necessidade de recursos para os aparatos policiais; para a valoração profissional dos seus membros no sentido de melhor combater o trafico, o traficante e o chamado crime organizado que é a fonte de alimentação da droga. Evidente é que o crack é caso de Polícia, mas é também problema de todos nós e, na medida em que por sua culpa são gerados tantos crimes e disfunções sociais, cresce ainda mais a responsabilidade da própria sociedade e do poder público, principalmente para ser tratado em larga escala como caso de saúde pública.

AGRICULTOR ESTUPRA FILHO DA NAMORADA

O agricultor Edmauro Gamberini, 48 anos, foi denunciado em inquérito da Polícia Civil de Eunápolis, por estupro de um garoto de dois anos e onze meses. O delegado Rodolfo Faro disse que apressou as investigações e denunciou o mais rápido possível, devido às ameaças que o acusado vinha fazendo a familiares da criança. Ele está preso há quinze dias e teve a prisão temporária de 30 dias decretada pelo juiz da Vara da Infância e Juventude, Otaviano Andrade Sobrinho. Segundo consta na denúncia, o acusado tinha um envolvimento amoroso com a mãe do garoto, que foi com ela passar férias na fazenda do acusado, situada no município de Itabela. Aproveitando a ausência da mãe, Edmauro abusou sexualmente do menino. Dias depois, a criança foi passear na casa do pai biológico que é separado da mulher e, após dar banho no menino, o pai suspeitou do abuso, pois o mesmo se queixava de dores no ânus. O pai, que teve o nome mantido em sigilo, procurou a polícia e a criança contou como sofreu a agressão e disse que Edmauro havia lhe estuprado. Com o exame realizado na criança e relatos de algumas testemunhas, a polícia chegou até o acusado, que não esboçou reação após a prisão. O agricultor está detido na delegacia de Eunápolis e aguarda a decisão da Justiça se responderá o inquérito em liberdade ou se ficará detido até o julgamento.

GOVERNO MANTERÁ MÍNIMO DE R$ 545

A presidente Dilma Rousseff disse ontem, em Porto Alegre, que a oferta do governo para o salário mínimo está mantida nos R$ 545 e que uma discussão simultânea do reajuste da tabela do Imposto de Renda nas negociações “não é correta”. Dilma decidiu endurecer o discurso depois de integrantes do governo terem admitido que o Planalto poderia ceder nas conversas com as centrais sindicais e chegar a um valor maior para o mínimo, desde que houvesse desconto do valor excedido no reajuste do próximo ano. “O que queremos saber é se as centrais querem ou não a manutenção do acordo [feito com o governo Lula] pelo período do nosso governo. Se querem, o que nós propomos para este ano é R$ 545”, disse. O governo já vem pagando R$ 540, valor reajustado no final do governo Lula. As centrais querem R$ 580. A presidente afirmou ainda, em relação à tabela do IR, que o governo não irá discutir mudanças na política de indexação. “Jamais damos indexação inflacionária, por isso não concordamos com o que saiu nos jornais que o reajuste, se houvesse, da tabela do IR, fosse feito pela inflação passada. Teria sempre que olhar não a inflação passada, porque isso seria carregar a inércia inflacionária para dentro de uma questão essencial que é o Imposto de Renda.”

28 de janeiro de 2011

A AIDS TEM QUE SER CONTIDA

A epidemia global de Aids parece ter atingido um ponto de inflexão. Segundo relatório de 2010 do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), o número de infectados se estabilizou em torno de 33 milhões de pessoas no mundo. Na década passada, houve redução de 16% nas cifras anuais de novas infecções. De 3,1 milhões de pessoas que contraíram Aids em 1999, passou-se para 2,6 milhões em 2009. Em cinco anos, caiu 14% a quantidade de mortes relacionados com a síndrome. Em 2004, ainda morriam 2,3 milhões de doentes, dado que se reduziu a 1,8 milhão no ano passado. São boas notícias. Seria temerário, no entanto, utilizar esse conjunto de dados para esboçar um retrato róseo da situação. Causa alguma espécie, desse ângulo, que o Unaids arredonde as duas taxas de redução citadas (16% e 14%), a “quase 20%”. É uma patente imprecisão. A estabilização na quantidade de infectados aparece sobretudo na comparação entre 2009 (33,3 milhões) e 2008 (32,8 milhões). Na década, evidencia-se crescimento de 27%, pois em 1999 havia 26,2 milhões de pessoas convivendo com o vírus - o HIV. Esse aumento tem seu lado positivo: o número de doentes aumenta porque a sobrevida é maior, graças ao acesso ampliado a medicamentos antirretrovirais. Em 2004, só 700 mil doentes em países de renda média ou baixa recebiam tratamento. Cinco anos depois, esse contingente havia saltado para 5,2 milhões. A América Latina e o Brasil, que concentra um terço dos casos do subcontinente, são apontados como exemplos de esforços precoces e continuados de prevenção e tratamento. A epidemia foi de fato contida em nosso país. Mesmo em nações africanas como África do Sul, Etiópia, Zâmbia e Zimbábue observaram-se reduções de monta, superiores a 25%, nas taxas de novas infecções. Um desenvolvimento notável se verificou a respeito da transmissão do HIV de mãe para filho, que pode ser evitada com a medicação de mulheres grávidas. Estima-se que ainda ocorram 370 mil casos por ano, quadro que o Unaids qualifica como “eliminação quase total”. A redução, no quinquênio 2004-2009, foi de 24%. Na África Subsaariana, houve queda ainda maior: 32%. Por outro lado, a África ainda detém 69% dos casos novos e cifra comparável (72%) das mortes relacionadas. Foram 1,8 milhão de infectados, em 2009, e 1,3 milhão de óbitos. No mundo todo, ainda há 10 milhões de pessoas com HIV que não recebem antirretrovirais. Muitas nações de baixa renda dependem integralmente de fontes internacionais para financiar seus programas de prevenção e tratamento. As doações governamentais para tal fim, porém, decaíram de US$ 7,7 bilhões em 2008 para US$ 7,6 milhões em 2009. É cedo demais, já se vê, para dar o flagelo da Aids por debelado.

O CRACK COMO A BOLA DA VEZ

O construtor proprietário de uma empresa de pequeno porte resolve instalar o seu escritório nas imediações da estação rodoviária de Itabuna. Naquele mesmo espaço perambulam jovens dependentes químicos de crack – craqueiros, buscando qualquer fonte de recurso para a compra da droga e visualizando produtos de venda fácil. Para que o crime aconteça duas circunstâncias tornam-se fundamentais – desejo e oportunidade, o desejo está com o criminoso, a oportunidade é ofertada pela vítima. Para o craqueiro o desejo vira compulsão, que o leva a enxergar oportunidade em tudo que seus olhos alcançam. Grades de proteção devem ser colocadas nas portas e janelas, muros altos devem ser levantados e mais outras soluções de segurança, para dificultar as ações de arrombadores e pequenos ladrões. Noite de um final de semana, pouca movimentação nas ruas, o escritório do construtor é arrombado, local onde são guardados alguns materiais usados nas obras; o arrombador removera poucas telhas e saíra de lá com algumas latas de tinta. O construtor vai à polícia e cobra providência, que mais das vezes não passa da confecção de um boletim de ocorrência. Três dias depois volta o construtor relatando que mais uma vez o arrombador visitara seu escritório e levara o restante das tintas. O arrombador fora identificado e detido, confessando que transformara as latas de tinta em 50 pedras de crack, fumadas em apenas 3 dias. O construtor esteve na polícia, conheceu o craqueiro e conversaram durante poucos minutos, tempo suficiente para oferecer-lhe oportunidade de tratamento para sua dependência química, custeado por ele. A família do craqueiro, residente a poucos metros da delegacia, logo tomou conhecimento da boa nova e providenciou o internamento. O construtor não tinha experiência nessa nova obra de reconstrução de vida e terceirizou com clínica de recuperação de dependentes químicos. Como na clínica só fica quem quer, o craqueiro voltou às ruas em poucas semanas para reiniciar o ciclo – compulsão, oportunidade, crime, cadeia (quando possível), rua, compulsão... O empresário fechou o escritório e demitiu todos os seus colaboradores, o craqueiro amplia o número de vítimas e inimizades, abrindo caminho para a cadeia ou para o cemitério, o que tem acontecido com frequencia.

HÁ TRÊS MEDOS QUE NOS PERSEGUEM

O medo é considerado com a ira como os sentimentos mais fortes que um ser humano pode sentir. Alguns medos são simples como os de altura, de elevador, de andar de avião, da solidão, de falar em público, etc. Outros se tornam tão fortes que se transformam em doenças tais como: ablutofobia (medo de tomar banho); ataxofobia (medo da desordem); cartoptrofobia (medo dos espelhos); fagofobia (medo de comer) e sucessivamente. Em alguns casos o medo muda até a fisionomia das pessoas, tamanha é a situação de pânico experimentada. Acredito ser por isso que a expressão “não temais” aparece tantas vezes na bíblia, certamente Deus já sabia que o medo era uma característica inerente ao ser humano. No entanto, existem três tipos de medo em especial que devemos enfrentar e vencer, um deles é o medo do passado. Às vezes faz tanto tempo que algo aconteceu e mesmo assim os medos permanecem impedindo-nos de encarar os fatos. Outro medo muito frequente e atual é o medo do presente, medo de ser assaltado, de morrer, de ficar doente. Aliás esse medo nos leva a fazer um questionamento: você se sente preparado para morrer hoje? Certamente que a resposta mais comum é não, afinal todos acham que ainda há muito por fazer na vida terrena. Só tem medo da morte quem não tem a certeza da vida eterna. O medo do futuro é a expectativa de como será nossas vidas, é a dúvida se nossos planos vão se concretizar, se o casamento vai dar certo, se determinado projeto de trabalho será positivo. Mesmo com todos os cuidados e planejamento para o futuro ainda assim tudo pode dar errado. Apenas de uma coisa podemos ter a certeza: é a de que Deus já tem preparado o nosso futuro e Ele tem todos os dias de nossas vidas em suas mãos. Só Jesus é capaz de garantir o futuro. Ele é capaz de nos fazer vencer todos os medos das nossas vidas. O amor de Deus vence todo o medo.

A BAHIA PRECISA INOVAR NA SEGURANÇA

Contra a frieza dos números pouco vale o calor das palavras. Esta é a realidade da insegurança pública na Bahia. Não se nega lógica aos argumentos, mas são indispensáveis e urgentes resultados concretos que se reflitam nas estatísticas locais. Verdade é que a realidade baiana na segurança pública se deteriora há anos, não se trata de desastre repentino. Vivemos uma tragédia velha. Até por ser velha tragédia as repostas precisam ser novas. As políticas públicas para esse segmento fundamental necessitam inovar em seus conteúdos. Sem dúvida que é algo muito positivo o distanciamento da influência política/partidária das nomeações de autoridades policiais e do dia a dia dos inquéritos. Tal aproximação, ao longo de praticamente toda história baiana, resultou no sucateamento do aparelho de segurança pública, com muitas mortes de inocentes, inclusive de policiais e delegados. Isto deve ser visto como um primeiro quesito do dever de casa. Mas o problema é que deste mesmo dever de casa constam muitas outras questões a responder. E aí, nos demais quesitos, é que a coisa está pegando. Há décadas o problema principal para a segurança pública baiana deixou de ser o chamado “coronelismo”, ou “carlismo”. Nos últimos anos proliferou o crime organizado, aflorando quadrilhas especializadas em tráfico de drogas, assaltos de todos os tipos, seqüestros e tudo mais que a “modernidade” delinquente possa oferecer. Esses bandos passaram a banalizar o assassínio como método de cobrança de dívidas, definição de territórios e incidente “comum” em assaltos. Tudo isso sem que tenha desaparecido velhas feridas como os crimes de mando por motivação política. Os números não podem expressar outro retrato. E precisam ser respondidos com algo mais que palavras – mesmo que eloquentes.

HÁ O ALÍVIO DE MÃOS ESTENDIDAS PARA O RIO

Voltaram as águas de janeiro. Com sua fúria destruidora, elas espalharam mortes, destruições, e muito, muito sofrimento, na linda terra Serrana do Rio de Janeiro. Até o fim da semana passada, havia a triste contagem de mais de 785 mortos e cerca de 20.000 desabrigados. A maior tragédia nacional, de que se tem conhecimento nos últimos anos. No ano passado foram menos, 283 mortos e 11.000 desabrigados. Em 2008, em Santa Catarina foram menos ainda, em 1987, também no Rio, foram menos que esse ano. No próximo ano provavelmente, por desgraça, serão mais. É o homem que destrói o seu planeta. Esse lindo planeta azul, perdido como um ponto no espaço imenso e até agora o único lugar, que conhecemos habitado por seres inteligentes. Onde corria um rio, o homem fez uma rua asfaltada; onde passava um regato, o homem construiu um canal, que não suporta o crescimento das águas de verão, onde havia um belo morro coberto de vegetação virgem, o homem pendurou algumas pobres casas de moradia, graças à desleixo governamental. E que fazem os governos? Muito simples. Sobrevoam de helicóptero as áreas atingidas e está resolvido o problema. Voltam para seus gabinetes climatizados em Brasília ou no centro do Rio, tomam da caneta e decretam uma verba extra para atender (só agora...) os pobres flagelados das enchentes nos morros de Teresópolis, Petrópolis e a região serrana fluminense. É claro que eles não vão sujar seus pés na lama descida da serra, ainda mais se usam sapatos de salto... A meteorologia previu a catástrofe. Uma corrente de ar úmido, vinda da Amazônia, provocara a formação de nuvens muito carregadas, até com 18 quilômetros de altura. Foram essas nuvens que despejaram toneladas de água no sudeste brasileiro em poucos dias. O fenômeno em si seria normal, não fosse a intensidade com que ocorreu. Os cientistas suspeitam que houve influência das mudanças climáticas do planeta, devido ao aquecimento global. O alarme dado pelos metereologistas não foi tomado a sério ou, pelo menos, não na urgência e amplitude que a situação exigia. Em toda essa tristeza, fica uma coisa bonita: a solidariedade, na qual, graças a Deus, o brasileiro é campeão. Quanto material de ajuda enviado de todos os pontos do país, quantos voluntários abnegados, vindos de toda parte, enfermeiros, médicos, militares. A Santa Sé, dando o exemplo, enviou substancial ajuda e os bispos do Brasil estão se movimentando para enviar ajuda financeira às dioceses atingidas. Cristo Redentor, do alto do Corcovado, abra seus braços de bênçãos sobre a sofrida terra fluminense.

PT PAGARÁ SALÁRIO DE R$ 13 MIL A LULA

O ex-presidente Lula receberá, no dia 10 de fevereiro, o título simbólico de "presidente de honra" do PT. Junto à honraria, receberá do partido um salário mensal de R$ 13 mil. Além do benefício petista, de número sugestivo, Lula ainda recebe, por mês, duas aposentadorias: a de anistiado político e outra por invalidez devido à perda do dedo. O líder terá carteira assinada como assessor do PT. Segundo aliados do ex-presidente, suas aposentadorias somam R$ 9 mil ao mês. "Ele é um importante dirigente político, está se dispondo a trabalhar junto com o PT", disse José Eduardo Dutra, presidente de fato do PT, ao jornal Folha de S. Paulo. No patrimônio declarado em 2006, Lula possuía R$ 478 mil em aplicações financeiras, em valores da época.

CANDIDATO ÚNICO, CAETANO TOMA POSSE NA UPB

Com 289 votos contra 10 em branco, o prefeito de Camaçari, Luiz Caetano (PT), foi eleito o novo presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), na tarde desta quinta-feira (27). A eleição realizada na sede da organização, no Centro Administrativo da Bahia, foi tranquila visto que só existia uma única chapa para votar. Em seu discurso de posse, Caetano falou de questões polêmicas como a divisão de royalties entre municípios, estados e União; a questão do Fundo de Participação dos Municípios (FPM); e a desburocratização dos convênios com o Estado e o governo federal. A chapa encabeçada por Caetano ainda tem o prefeito de Barra do Choça, Oberdam Rocha (PP), como vice-presidente administrativo; a de Cardeal da Silva, Maria Quitéria Mendes (PSB), vice-presidente institucional; o de Santana, Marco Aurélio Cardoso (PP), 1º secretário; o de Maracás, Nelson Portela (PT), como 2º secretário; o de Miguel Calmon, José Ricardo Leal Requião (PR), como 1º tesoureiro; e o de Brumado, Eduardo Vasconcelos (PSDB), como 2º tesoureiro. Completam ainda os prefeitos eleitos como integrantes titulares do Conselho Fiscal, os gestores de São Sebastião do Passé, Tânia Portugal (PCdoB); de Mata de São João, João Gualberto Vasconcelos (PP); de Uruçuca, Moacyr Batista de Souza Leite Júnior (PP); de Simões Filho, Eduardo Alencar (PSDB); e de Feira de Santana, Tarcízio Pimenta Júnior (DEM). Na suplência estão os prefeitos de Canarana, Ezenildo Dourado (PMDB); de Planaltino, Joseval Braga (PP); de Maragogipe, Silvio Santana Santos (PT); de Chorrochó, Humberto Ramos (PP); e o de Itororó, José Adroaldo Almeida (PT).

POESIA DO BIG BROTHER BRASIL

Curtir o Pedro Bial E sentir tanta alegria É sinal de que você O mau-gosto aprecia Dá valor ao que é banal É preguiçoso mental E adora baixaria. Há muito tempo não vejo Um programa tão ‘fuleiro’ Produzido pela Globo Visando Ibope e dinheiro Que além de alienar Vai por certo atrofiar A mente do brasileiro. Me refiro ao brasileiro Que está em formação E precisa evoluir Através da Educação Mas se torna um refém Iletrado, ‘zé-ninguém’ Um escravo da ilusão. Em frente à televisão Lá está toda a família Longe da realidade Onde a bobagem fervilha Não sabendo essa gente Desprovida e inocente Desta enorme ‘armadilha’. Cuidado, Pedro Bial Chega de esculhambação Respeite o trabalhador Dessa sofrida Nação Deixe de chamar de heróis Essas girls e esses boys Que têm cara de bundão. O seu pai e a sua mãe, Querido Pedro Bial, São verdadeiros heróis E merecem nosso aval Pois tiveram que lutar Pra manter e te educar Com esforço especial. Muitos já se sentem mal Com seu discurso vazio. Pessoas inteligentes Se enchem de calafrio Porque quando você fala A sua palavra é bala A ferir o nosso brio. Um país como Brasil Carente de educação Precisa de gente grande Para dar boa lição Mas você na rede Globo Faz esse papel de bobo Enganando a Nação.. Respeite, Pedro Bienal Nosso povo brasileiro Que acorda de madrugada E trabalha o dia inteiro Dar muito duro, anda rouco Paga impostos, ganha pouco: Povo HERÓI, povo guerreiro. Enquanto a sociedade Neste momento atual Se preocupa com a crise Econômica e social Você precisa entender Que queremos aprender Algo sério – não banal. Esse programa da Globo Vem nos mostrar sem engano Que tudo que ali ocorre Parece um zoológico humano Onde impera a esperteza A malandragem, a baixeza: Um cenário sub-humano. A moral e a inteligência Não são mais valorizadas. Os “heróis” protagonizam Um mundo de palhaçadas Sem critério e sem ética Em que vaidade e estética São muito mais que louvadas. Não se vê força poética Nem projeto educativo. Um mar de vulgaridade Já tornou-se imperativo. O que se vê realmente É um programa deprimente Sem nenhum objetivo. Talvez haja objetivo “professor”, Pedro Bial O que vocês tão querendo É injetar o banal Deseducando o Brasil Nesse Big Brother vil De lavagem cerebral. Isso é um desserviço Mal exemplo à juventude Que precisa de esperança Educação e atitude Porém a mediocridade Unida à banalidade Faz com que ninguém estude. É grande o constrangimento De pessoas confinadas Num espaço luxuoso Curtindo todas baladas: Corpos “belos” na piscina A gastar adrenalina: Nesse mar de palhaçadas. Se a intenção da Globo É de nos “emburrecer” Deixando o povo demente Refém do seu poder: Pois saiba que a exceção (Amantes da educação) Vai contestar a valer. A você, Pedro Bial Um mercador da ilusão Junto a poderosa Globo Que conduz nossa Nação Eu lhe peço esse favor: Reflita no seu labor E escute seu coração. E vocês caros irmãos Que estão nessa cegueira Não façam mais ligações Apoiando essa besteira. Não deem sua grana à Globo Isso é papel de bobo: Fujam dessa baboseira. E quando chegar ao fim Desse Big Brother vil Que em nada contribui Para o povo varonil Ninguém vai sentir saudade: Quem lucra é a sociedade Do nosso querido Brasil. E saiba, caro leitor Que nós somos os culpados Porque sai do nosso bolso Esses milhões desejados Que são ligações diárias Bastante desnecessárias Pra esses desocupados. A loja do BBB Vendendo só porcaria Enganando muita gente Que logo se contagia Com tanta futilidade Um mar de vulgaridade Que nunca terá valia. Chega de vulgaridade E apelo sexual. Não somos só futebol, baixaria e carnaval. Queremos Educação E também evolução No mundo espiritual. Cadê a cidadania Dos nossos educadores Dos alunos, dos políticos Poetas, trabalhadores? Seremos sempre enganados e vamos ficar calados diante de enganadores? Barreto termina assim Alertando ao Bial: Reveja logo esse equívoco Reaja à força do mal… Eleve o seu coração Tomando uma decisão Ou então: siga, animal… (Autor: Antonio Barreto - Cordelista natural de Santa Bárbara-BA).

RADIALISTA PRESO AO TENTAR EXTORQUIR DEPUTADO

O radialista Ivan Carlos, que já trabalhou na Rádio Excelsior, foi preso acusado de tentar extorquir o deputado federal Marcos Medrado (PDT). Ele foi detido na noite desta quarta-feira (26) próximo ao Shopping Aeroclube, na Boca do Rio, e está preso na Delegacia de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (DREOF) de Salvador. O radialista teria pedido, segundo a polícia, R$ 150 mil ao deputado. Ele ameaçava divulgar um dossiê que supostamente incriminaria o parlamentar. Junto com a polícia, Medrado armou um esquema para que o chantagista fosse preso em flagrante. CHANTAGEM ERA ÁUDIO CONTRA MEDRADO - O objeto de chantagem com o qual o radialista Ivan Carlos tentou extorquir o filho do deputado federal Marcos Medrado (PDT), Diogo Medrado, seria um conjunto de gravações de funcionários da rádio Nova Salvador FM que reclamavam do seu chefe, Diogo, pelo atraso de salários . A informação da Delegacia de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (DREOF) foi divulgada pelo Correio24horas.

ADVOGADOS PROTESTAM CONTRA CASAL DE JUÍZES

Os advogados e presidentes de secções da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do sul do estado se reuniram no Fórum Ruy Barbosa, em Itabuna, para manifestarem apoio ao presidente da subseção da OAB de Itabuna, Andirley Nascimento, na tarde desta quarta (26). Os advogados participaram da entrega de uma moção de repúdio, com 200 assinaturas, contra os juízes Cláudia Panetta, da vara de execuções Penais, e Valdir Viana, da quarta vara cível de Itabuna. Nascimento relata ter sido agredido verbalmente pelo casal de juízes. “Nós estamos aqui para lutar pelas prerrogativas da classe e exigir que sejamos respeitados no exercício de nossas funções. Eu fui chamado de ‘papa jaca’ e ‘plantador de batatas’ pelo juiz Valdir Viana, que me chamou inclusive para resolver o problema no braço, e, durante todo o tempo ele tentou me intimidar mostrando um revólver na cintura e com a presença de 3 policiais na sala de audiência”, explicou o presidente. Informações do A Tarde.

26 de janeiro de 2011

WAGNER ANUNCIA NOMES DE SEIS NOVOS SECRETÁRIOS

O governador Jaques Wagner, surpreendendo o meio político baiano, divulgou, no início da noite de ontem, a lista com mais seis nomes do secretariado do seu segundo mandato. Os novos titulares são Carlos Brasileiro, no Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes); Almiro Sena, na Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH); e Carlos Costa, na Secretaria Extraordinária da Indústria Naval e Portuária (Seinp). Continuam na pasta os secretários da Indústria, Comércio e Mine ração, James Correia, e da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária, Eduardo Salles. O ex-secretário Wilson Brito, da Infraestrutura, volta ao primeiro escalão, desta vez comandando a Secretaria de Desenvolvimento e Integração Regional (Sedir). Com isso, chegam a 21 as pastas com titulares confirmados. As dúvidas agora giram em torno apenas de quem serão os comandantes das secretarias de Promoção da Igualdade (Sepromi), Relações Institucionais (Serin) e Ciência e Tecnologia (Secti). A surpresa, entretanto, ficou por conta da manutenção de James Correia – cota pessoal do governador –, na pasta de Indústria e Comércio, tida como certa na cota dos pedetistas que, diga-se de passagem, era um dos empecilhos para a finalização do processo por parte do governador. O desgaste se estendeu até mesmo para a seara nacional da legenda. As bancadas federal e estadual teriam, inclusive, uma reunião hoje com o presidente nacional, ministro do Trabalho, Carlos Lupi, no sentido de solucionar o impasse. Contudo, após o anúncio inesperado, ficou comprovado que de nada adiantou a batalha travada nos últimos dias pelos brizolistas em busca da ampliação de espaço na nova gestão. Vale lembrar que o PDT colocou como parâmetro o PP e por isso reivindicava duas secretarias. Atualmente, o partido comanda a Secti, único espaço no primeiro escalão que deve ser destinado ao grupo. Para o posto já teria sido indicado o ex-deputado, Nestor Duarte. O PP, do ministro das Cidades, Mário Negromonte, por sua vez, sem dúvida é só sorrisos. Abocanhou nada menos que quatro importantes pastas, a começar por Infraestrutura, sob a responsabilidade do vice-governador Otto Alencar. Além disso, a sigla comandará a Seinp, Agricultura e Sedir. O PRB, partido que surpreendeu a base ao pedir o comando da Secretaria de Justiça, também levou a melhor. Almiro Sena, da cota do partido, será o novo secretário do governo Wagner. O PT, com a confirmação de Carlos Brasileiro para a Sedes, contabiliza três pastas na sua cota – Albino Rubim (Cultura) e Zézeu Ribeiro (Planejamento) – , e deve ganhar o comando ainda da Sepromi. Enquanto isso, para a Serin estão cotados Cezar Lisboa, atual titular e tido como principal articulador de Wagner, e Edmon Lucas (PTB). TENSÃO COM O PDT É DESCARTADA - O governo do estado, através de sua assessoria de comunicação, reitera a tendência de aliar os critérios políticos e conhecimento técnico. O cálculo, segundo a própria assessoria, não pode ser aritmético. Com base nisso, é descartada qualquer possibilidade de tensionamento com os pedetistas. “O PDT é aliado. Tudo foi devidamente acordado. Portanto, não se cogita estremecimento. Caso houvesse alguma ameaça, ficaria comprovada a tese de fisiologismo, que não combina com o PDT". Informações dão conta ainda que Wagner teria convencido Lupi sobre a realidade da Bahia, em que a Assembleia Legislativa passa a fazer parte do acordo. Nenhum dirigente do PDT foi encontrado. No entanto, há quem diga que a briga agora será em prol de fazer com que Otto migre para as hostes pedetistas. (Fernanda Chagas).

MÉDICOS DO SAMU DE ILHÉUS ANUNCIAM GREVE

A Saúde Pública também está caótica no município de Ilhéus. Os problemas enfrentados pelo Hospital São José, agravam as condições de funcionamento do setor e a situação se complica com os médicos de Ilhéus, responsáveis pelo atendimento no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), decidindo por uma greve por equiparação salarial, melhores condições e o pagamento de férias atrasadas. O diretor-regional do Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindmed), Teobaldo Magalhães, informou que colegas de cidades de menor porte, como Eunápolis, recebem um valor maior do que o recebido pelos profissionais ilheenses. Ele também chamou a atenção para a precariedade do serviço. “Os carros estão sucateados e faltam até ataduras e luvas para trabalharmos”, afirmou. Magalhães esclareceu que o serviço funcionará com 30% do efetivo. Uma manifestação está marcada para esta quinta-feira/27, em frente ao Palácio do Paranaguá, sede da prefeitura do município.

BENDITA É A MULHER QUE SABE SER MÃE

Dizem que ser mãe é algo divino, que não tem explicação. E que o sentimento de mãe é incondicional. O mais bonito, mais profundo e mais intenso. É um amor que protege. Aliás, a maternidade é proteção. Senão o bebê não ficaria por nove meses bem guardadinho no ventre daquela que já se preocupa com ele. Mesmo se o ver, sem tocar num ser tão pequenino, e que provoca tão forte e grande sentimento. Quando a mulher descobre a gestação, seja ela inesperada ou não, o sentimento é de medo. Medo de não cuidar daquele presente de Deus com tamanha grandiosidade. É um susto que logo se transforma numa alegria sem fim, e numa expectativa diária. E as coisas pouco mudam. Quando é bebê, os cuidados são porque é um ser dependente, sensível... um bebezinho. Aí cresce, e o cuidado é porque está crescendo. É quase um pretexto para cuidar, e amar e amar, e amar. Ela vibra em cada sorriso. Tudo é mágico, sublime, divino. Tem aquela mãe que não carregou no ventre, porque quis a vida que ela não pudesse. Mas ela é tão mãe, que carrega no coração. Que geriu, independente de qualquer "implicância" da natureza. Bendita é a mulher que cria filhos alheios. Bendita é a mulher que abre seu coração para um filho desconhecido.

MEGA-SENA SORTEIA HOJE R$ 17 MILHÕES

A Mega-Sena pode pagar, nesta quarta-feira (26), o prêmio acumulado de R$ 17 milhões para quem acertar as dezenas da faixa principal da loteria. O sorteio do concurso 1.252 acontece a partir das 20h (horário de Brasília). As apostas podem ser registradas até as 18h, em todas as casas lotéricas do país. A aposta simples, com seis dezenas, custa R$ 2. De acordo com a Caixa Econômica Federal, os R$ 17 milhões renderiam mais de R$ 100 mil por mês, se aplicados na poupança. REAJUSTE DA QUINA E DA LOTOMANIA - Começa a valer na próxima quinta-feira (27) o reajuste dos preços da Quina e da Lotomania. Segundo a Caixa, o preço da aposta da Lotomania, que custa R$ 1, passará para R$ 1,50. Nessa modalidade de loteria, o apostador pode escolher 50 números e ganha se acertar 16, 17, 18, 19, 20 ou nenhum número. Os preços das apostas da Quina devem variar entre R$ 0,75 e R$ 7,50. O preço da aposta com cinco dezenas vai passar de R$ 0,50 para R$ 0,75; da aposta com seis dezenas, de R$ 2 para R$ 3; e, de sete dezenas, de R$ 5 a R$ 7,50. O apostador ganha se acertar três, quatro ou cinco números. As informações são do G1.

TRE NOTIFICA AL A EMPOSSAR CAPITÃO TADEU

Conforme noticiou, em primeira mão, o Bahia Notícias, o deputado estadual Capitão Tadeu (PSB), beneficiado com uma liminar do ministro Marco Aurélio de Melo, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), assumirá o mandato na Assembléia, na próxima legislatura, que começa em fevereiro. Segundo informa o Política Livre, nesta terça-feira (25), o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) enviou à Assembléia Legislativa uma notificação que determina a posse do socialista. Quem perde a vaga é o petista Carlos Brasileiro, que foi nomeado secretário de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes). Tadeu conseguiu se eleger devido à decisão da Justiça Eleitoral de considerar válidos os votos de Wank Medrado (PSL), membro de sua coligação que estava com a candidatura impugnada. Como se trata de uma liminar, o deputado só terá certeza de que o mandato lhe pertence com o julgamento final do mérito.

O GOVERNO NÃO RECONHECE O PROCESSO DE DESINDUSTRIALIZAÇÃO NO BRASIL

Têm sido frequentes os alertas acerca dos riscos de a economia brasileira experimentar um processo de desindustrialização. Embora encobertos pelos índices de crescimento, há de fato sinais de que a indústria vem perdendo posições - desde o recuo de sua participação no PIB e nas exportações até as dificuldades crescentes para enfrentar a concorrência de importados no próprio mercado interno, em áreas como as de bens intermediários e máquinas. As autoridades econômicas conhecem os problemas, mas hesitam em reconhecê-los. E têm visões nem sempre convergentes sobre as possí veis soluções. Revelado pelo jornal “Valor Econômico”, um documento do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), que circula nos meios governamentais, é enfático quanto às ameaças em cena. Tendo em vista a piora das contas externas, o texto chama a atenção para o que classifica de “reprimarização” da pauta de exportações do país -ou seja, o predomínio cada vez maior dos bens primários, como minérios e grãos, sobre os manufaturados. O estudo do ministério considera o aumento do deficit externo “fator de preocupação” e sugere que se adotem medidas para enfrentar o problema. A ênfase das recomendações recai, acertadamente, nos estímulos às exportações por meio de medidas como a redução de tributos, a simplificação de procedimentos burocráticos e políticas de incentivo à desvalorização do real. Entra-se aqui na agenda do governo Dilma. Vai-se formando, na esfera empresarial e também em áreas do seto r público, um relativo consenso acerca das diretrizes que deveriam nortear o país nos próximos anos. Trata-se, em linhas gerais, de contrair e racionalizar gastos para fazer o Estado caber no PIB, o que facilitaria a queda da taxa básica de juros, o aumento da capacidade de investimento público e o alívio da carga tributária. Reivindicam-se também, como no citado estudo, condições microeconômicas mais favoráveis, com a eliminação de entraves burocráticos ao desenvolvimento dos negócios. Espera-se, ainda, que o governo adote política industrial mais voltada para o fomento da inovação e dos setores de alta tecnologia. Já é hora de se deixar de observar com resignação o atual padrão de crescimento, baseado em consumo, gastos governamentais, câmbio valorizado, pauta de exportação pouco diversificada e deficit crônico em conta corrente.

NEGLIGENCIAR COM AS PROVIDÊNCIAS CONTRA O KPC É DESPREZAR A VIDA

O surto de infecções causadas pela superbactérica KPC (Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase) tem uma só causa: a imprevidência - da sociedade, de gestores hospitalares e de autoridades sanitárias. A primeira peca pela condenável cultura da automedicação. Os segundos, pela negligência com cuidados básicos de higiene. As últimas, por permitirem a venda indiscriminada de antibióticos (apenas se alertando para a questão depois de verem a morte campear por UTIs e leitos de isolamentos) e relaxar a vigilância sobre as casas de saúde. O KPC é uma bactéria comum, encontrada no sistema digestivo. Com o abuso no uso de antibióticos pelo brasileiro, se tornou resistente e hoje responde a apenas três tipos do medicamento. Na nova forma, foi detectada pela primeira vez no Brasil em 2005, em Recife (PE). Surgiu em Brasília este ano e logo multiplicou-se em progressão geométrica. Não foi difícil isso ocorrer em hospitais notórios pela recorrente carência nas mais elementares necessidades. Faltam inclusive produtos essenciais de assepsia, como álcool gel e gaze estéril. Um dos pontos é que os hospitais assumam a responsabilidade de comunicar às autoridades a ocorrência de infecção por superbactéria. Ao mesmo tempo, normas mais rígidas para a venda de antibióticos entram em estudo. É como se tivesse acabado de ser descoberta a necessidade de adotar tolerância zero com micro-organismos capazes de matar pessoas. A capacitação de pessoal, a manutenção de número de servidores compatível com as necessidades, a conservação de ambiente salubre e o pleno abastecimento de medicamentos e de material médico-hospitalar, por exemplo, jamais serão satisfatórios se não forem rotineiros. Negligenciar essas providências é desprezar a vida. E pôr em risco a vida e a saúde de alguém é caso de polícia. Falta, portanto, definir com clareza toda a rede de responsabilidades, de modo que a sociedade saiba a quem e contra quem recorrer diante da indiferença do Estado ou mesmo de instituições privadas indiferentes com cuidados básicos em setor vital.

25 de janeiro de 2011

FALTAM REMÉDIOS ANTIPSICÓTICOS NO ESTADO

Os remédios antipsicóticos, de alto custo, são concedidos gratuitamente pelo poder público, mas estão em falta na Bahia. São mais de duas mil pessoas que dependem das substâncias Olanzapina 10 mg, Olanzapina 5 mg e a Quetiapina 200 mg. A médica psiquiatra Rosa Garcia destaca que este tipo de medicamento não tem similares para serem substituídos, em caso de emergência. Os remédios são distribuídos na farmácia do Hospital Mário Leal e do Hospital Juliano Moreira, mas estão em falta desde o dia 23 de dezembro. Segundo o farmacêutico Lucas Andrade, da diretoria de assistência farmacêutica da Secretaria da Saúde (Sesab), houve um atraso no fornecimento, pelo Ministério da Saúde (MS), e estoque deve ser regularizado na próxima semana. O Ministério, entretanto, informou que é responsável apenas pelo repasse dos recursos, ficando às secretarias estaduais a obrigação de comprar e distribuir os medicamentos. Informações do A Tarde.

DE 2006 A 2010, ASSASSINATOS CRESCERAM 50,7%

O índice de homicídios dolosos na Bahia cresceu 50,72% entre 2006 e 2010, período do primeiro mandato do governador Jaques Wagner. Em 2006, foram 3.222 mortes para 4.856 no ano passado. Para se ter uma idéia da dimensão da violência no Estado, aqui morreu mais do que em países que estão em guerra civil, como o Iraque, que registrou 3.976 civis mortos. Estados com fama de violentos, no mesmo período, conseguiram reduzir seus índices de violência, como Rio de Janeiro, São Paulo e Pernambuco, que diminuíram os casos de assassinatos em uma média de 25%, no mesmo período. Em Salvador, o crescimento dos homicídios é ainda mais assustador: de 967, em 2006, para 1.638mortos – alta de 70%. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) atribui o aumento ao tráfico de drogas. Informações do A Tarde.

JANEIRO BATE RECORDE DE ASSASSINATOS EM ITABUNA

Janeiro já está entre os meses mais violentos da história de Itabuna. Entre os dias primeiro e 24 foram registrados 23 assassinatos. Durante janeiro de 2010, por exemplo, ocorreram 10 assassinatos, 13 a menos que neste ano. A média neste ano é de um assassinato a cada 24 horas. As últimas execuções ocorreram na madrugada desta segunda, no bairro Nova Ferradas. Foram mortos José Ricardo Campos dos Santos, de 31 e Sandro Cardoso Santos, de 25 anos. As execuções ocorreram a poucos metros do campo de futebol. José Campos e Sandro Cardoso chegaram ao local no fusca branco de placas JLE-0896, e estavam em um bar quando foram executados. A Polícia Civil de Itabuna instaurou inquérito para investigar os dois assassinatos. De acordo com os dados oficiais, pelo menos 20 das execuções registradas neste ano estão relacionadas ao tráfico de drogas.

A VÉIA DEBAIXO DA CAMA

A véia debaixo da cama; a véia criava um rato. Na noite que se danava o rato chiava, e a véia dizia: Ai meu Deus se acaba tudo, quanto bem que eu te queria. A véia debaixo da cama. A véia criava um gato. Na noite que se danava, o rato chiava, o gato miava e a véia dizia: Ai meu Deus se acaba tudo, quanto bem que eu te queria. A véia, debaixo da cama. A véia criava um cachorro. Na noite que se danava, o rato chiava, o gato miava, o cachorro latia e a véia dizia: Ai meu Deus se acaba tudo, quanto bem que eu te queria. A véia debaixo da cama. A véia criava um bode. Na noite que se danava, o rato chiava, o gato miava, o cachorro latia, o bode berrava e a véia dizia ai meu Deus se acaba tudo, quanto bem que eu te queria. A véia debaixo da cama, a véia criava um jegue. Na noite que se danava, o rato chiava, o gato miava, o cachorro latia, o bode berrava, o jegue rinchava e a véia dizia: Ai meu Deus se acaba tudo, quanto bem que eu te queria. A véia debaixo da cama, a véia criava uma cobra; a cobra mordeu o rato, mordeu o gato, mordeu o cachorro, mordeu o bode, mordeu o jegue, mordeu a veia... E a véia morreu. (Jonas de Andrade).

24 de janeiro de 2011

NEM MEGERA E NEM MAZELA

Há quem já esteja chamando o recém empossado Secretário de Saúde, Geraldo Magela, de Megera e Mazela. É que não são poucas as pessoas que já desconfiam que ele não passa de uma farsa nas promessas de que os serviços de saúde pública podem melhorar na administração “capitaneada” por José Nilton Azevedo “leal”. Independentemente do que poderá ser a qualidade de gestão de Magela, a realidade é que o nome não pode ser trocado, embora nem tão pouco o homem. Temos que esperar para ver onde vai dar esta alternativa para se tentar resolver um dos maiores problemas enfrentados pelos itabunenses. Eu particularmente espero que ele cumpra as expectativas geradas e que possa atingir seus objetivos de acabar com as mazelas que ainda existem na secretaria de saúde.

ACESSIBILIDADE ZERO EM BARES E CASAS DE SHOW EM ITABUNA:

Existem situações que simplesmente não nos chamam a atenção se não a vivenciarmos. Eis que recentemente batendo papo com meu amigo cadeirante, Alysson Cairo e ouço dele uma queixa para qual eu jamais havia sequer me dado conta, que é a de que falta acessibilidade nos espaços de evento de Itabuna! Não estou falando aqui somente da construção de uma “rampinha” na entrada, apesar dela também estar ausente na maioria absoluta dos espaços, mas de uma completa reestruturação em bares, casas de eventos e restaurantes, com reformas em seus banheiros, por exemplo, para poderem receber uma parcela da população que só é lembrada em situações de necessidade, infelizmente. Esquecemo-nos de que cadeirantes e pessoas com qualquer tipo de deficiência física, também gosta de música, de festa, de sair, de dançar, de “tomar uma gelada” com os amigos... Faça agora mesmo uma pesquisa mental e responda para si, quantos espaços públicos de lazer em Itabuna estão adaptados a essa parcela de sociedade? Ouvi de um proprietário que “a quantidade de pessoas nessas condições que freqüentam bares, casas de eventos e restaurantes é pequena”, mas será que isso não ocorre justamente pela falta de acessibilidade? Poder público, não seria o caso de exigir por lei que isso fosse feito? Empresário, saia na frente e mostre que o seu espaço é de todos e aumente sua clientela! Sociedade, cobre a acessibilidade que seus pares precisam, afinal, vocês sabem o quanto é bom se divertir, por isso, garanta a seu semelhante a oportunidade de sentir o mesmo...

23 de janeiro de 2011

ITABUNA TEM UM CIRCO TRANSFORMADO EM POCILGA

Quando a Câmara Municipal de Vereadores de Itabuna, era presidida pelo Clovis Loiola, sua arquitetura assemelhada bastante com um circo, fazia o povo lembrar do quanto o picadeiro servia de cenário para os palhaços fazerem todos darem gargalhadas. Mas este tempo passou, deixando um rastro de indícios enlameados de fraudes, cujos valores superavam as cifras de 5 milhões de reais e nem a instalação e conclusão de uma Comissão Especial de Investigação (CEI), conseguiu punir quem não soube se comportar com dignidade e honestidade. “Passado” este tempo de contra-tempos, a Câmara Municipal de Itabuna começou este ano com a eleição e posse de uma “nova” Mesa Diretora. Até aí tudo bem, pois a legislação estabelece esta regra. Ocorre que existem situações que caracterizam perfeitamente a perspectiva do “ruim para pior” e a gente acaba saindo do purgatório e descambando no quinto dos infernos! Está sendo, mais ou menos isso o que acontece atualmente com nosso Poder Legislativo. A maioria dos nossos “representantes do povo” elegeu o sarcástico, inconfiável e maquiavélico Ruy Miscócio, o Porquinho, para a presidência e este promete transformar a Câmara num “santuário” de “ungidos” devotados para bem servir a comunidade e demonstrar que nem todo “porco que nasce porco, morre porco”! É claro que não estou aqui para “comer conversa pra porco dormir” e por isso desacredito de qualquer possibilidade do Ruy Porquinho se transformar numa menção ambulante da moralidade pública. Entretanto, há que se acreditar em milagres. E caso Ruy Porquinho venha a se revelar dessemelhante da difamação a que o estigma o submeteu o tempo todo, não me restará outra alternativa, se não reivindicar sua beatificação e canonização! E assim teremos o tão pretendido Santo, genuinamente, brasileiro: São Porquinho, ou Santo Porquinho!

REMÉDIO VENDIDO ILICITAMENTE VIRA VENENO

A venda de remédios de ação antibiótica passou a ter um controle mais efetivo por parte da Anvisa e, agora, só pode ser vendido com receita médica que ficará retida na farmácia. A lei entrou em vigor, mas – sempre tem aquele, mas -, dificilmente “pegará” como a maioria das leis brasileiras. A perigosa auto¬medicação certamente continuará existindo e a qualquer dor de cabeça ou outro tipo de enxaqueca lá estará o cidadão comprando seu remédio indicado pela “comadre”. Outra situação, que até agora não foi controlada pelos órgãos de segurança de saúde, é a venda de psico¬trópicos de forma livre em muitas farmácias, principalmente em cidades do interior do país. Péssimos pro-fissionais farmacêuticos engordam seus vencimentos com a venda de tranqüilizantes e antidepressivos sem a necessidade de receituário. É necessário a polícia agir com o objetivo de desarticular a organização que atua na comercialização, pela Internet que, hoje, infelizmente, é algo corriqueiro. Para esses maus exemplos, brincar com a vida é algo corriqueiro.

PREBISCITOS NÃO DIVIDEM UM PAÍS

Para o Brasil, seria ótimo se a classe política tivesse preocupações mais relevantes do que criar mais feriados ou trocar nomes de ruas. Como mudar isso é difícil, seria mais ótimo ainda que a sociedade se mobilizasse e pressionasse a classe política para promover mais plebiscitos. A candidata à Presidência pelo PV, Marina Silva, ainda durante a campanha do primeiro turno, propôs plebiscitos sobre aborto e legalização do uso da maconha. Foi bombardeada pela ala conservadora da política, com o argumento de que aquilo ia dividir o país. Ora, se o país se dividisse em um plebiscito é porque já estaria dividido sem ele. E não correria o risco de ver uma questão importantíssima ser decidida por uma minoria, na base do achismo ou por gente que não tem qualquer comprometimento com o eleitorado. Não se trata de banalizar os plebiscitos. Para dar nome a ruas ou criar feriados, os políticos resolvem. Mas chamar a sociedade a opinar sobre temas de influência direta na vida de tanta gente criaria a cultura que lhe daria uma consciência incalculável de si mesma. E, por tabela, um futuro bem melhor.

O CALCANHAR DE AQUILES DA EDUCAÇÃO

Crítica boa é aquela que constrói. A crítica pelo prazer de criticar e a crítica tendenciosa não ajudam pessoas, menos ainda, quando se critica certos segmentos profissionais intocáveis e algumas instituições públicas, entretanto, a crítica construtiva, a boa crítica embasada em fatos, isenta, além de indicar erros, equívocos, aponta a boa direção e novos caminhos. É temerário afirmar, mas o professor é o calcanhar de Aquiles da nossa educação, sem isenção das responsabilidades da família, da sociedade e do estado no processo de aprendizagem e educacional do educando. Faz-se necessário dizer que o professor, hoje, está no final da linha de produção, ele é mal remunerado, não goza do prestígio social e o respeito de outrora, salvo algumas honrosas exceções, o professor é despreparado e se lhe fosse exigido prova para o seu registro nos moldes da OAB, a maioria absoluta desses profissionais seria reprovada, por isto, ao longo do tempo, deixou-se estigmatizar-se por “coitado”, “injustiçado”, “hei de vencer mesmo sendo professor” etc., ao invés dele soerguer-se, qualificar-se sempre, não negligenciasse o conhecimento, assumisse o seu papal de agente motivador do processo educativo, fosse mais criativo, mais original, tivesse mais compromisso, deixasse de ser um mero reprodutor de idéias alheias e fosse mais profissional e mais educador. O reflexo do despreparo do professor em todos os níveis da aprendizagem contamina todas as classes profissionais. Atualmente, não é exceção, erros médicos irreparáveis, engenheiros respondendo por homicídio culposo por imperícia profissional, advogados que não sabem peticionar, jornalistas que não sabem redigir, juízes “atropelando” leis, afora a grande massa de analfabetos funcionais egressos do curso fundamental e médio que as escolas públicas e privadas despejam todos os anos no mercado de trabalho, gerando óbices na mão de obra qualificada, atravancado o comércio, a indústria e inibindo o desenvolvimento do país e gerando a “indústria” dos cursinhos e as “fábricas” de diplomas. Porém, não se pode imputar unicamente ao professor, o baixo nível intelectual e de escolaridade dos nossos trabalhadores, os governantes preocupados em melhorar o “ranking” do país em relação às nações em desenvolvimento e desenvolvidas, nos quesitos alfabetização, grau de escolaridade e tempo de escolaridade, utilizaram-se e ainda se utilizam de programas e instrumentos pedagógicos discutíveis (MOBRAL, Supletivos, Educação Integrada, Cursos de aceleração, Cursos à distância, Educação Continuada etc.), com o objetivo de suprir ciclos não concluídos de jovens e adultos, além do uso irresponsável de metodologias e ações pedagógicas de promoção do educando com graves déficits de aprendizagem. A família é a principal responsável na formação cidadã e no processo de aprendizagem dos seus filhos nas faixas etárias da infância e adolescência, todavia, numa sociedade moderna em que a ausência diária dos pais, é uma regra e não uma exceção, a família pouco tem contribuído na formação moral e intelectual dos seus filhos, transferindo essas responsabilidades para escola. O estado brasileiro e a sociedade elitizada levaram muito tempo para aprender a lição que “um país se faz com homens e livros”, nunca se preocuparam de maneira efetiva com a cultura e a educação do povo. O domínio intelectual, político e a exploração do trabalhador perduraram até Getúlio Vargas quando a educação tomou uma nova feição com o seu ministro Gustavo Capanema. A partir do Golpe de 1964, os militares preocupados com o desenvolvimento do país, perceberam a escassez de mão-de-obra qualificada, instituíram os cursos profissionalizantes através da Lei 5.692/71, ao molde educacional norte-americano, porém, cometeram o erro de não qualificar a priori, o professor, o principal formador dessa mão-de-obra – a improvisação foi a tônica... A Informática, a Cibernética e o uso dos computadores em rede (Internet) não substituem o papel afetivo e humano do professor, a máquina jamais terá sentimento para compreender o choro duma criança, no entanto, o professor não pode prescindir, de agora em diante, dessa nova parafernália tecnológica em sua prática pedagógica e na vida pessoal sem prejuízo de informação e conhecimento. As reivindicações históricas da classe docente de valorização salarial e melhores condições de trabalho são procedentes, os governantes e as escolas privadas têm sido sensíveis de acordo suas possibilidades orçamentárias, porém, a solução do problema educacional atual não se restringe, somente, ao aumento de remuneração, o professor ao longo do tempo vem negligenciando sua profissão... Para a erradicação do analfabetismo funcional, dos problemas de aprendizagem, de gente não qualificada para o trabalho, a falta de gosto pelo conhecimento, pelo saber, de evasão escolar etc., será condição sine qua non, breve, que a sociedade e o governo criem mecanismos seletivos para o exercício e no exercício do magistério. A exemplo das empresas privadas, como prestação de serviço, se estabeleçam metas educacionais de qualidade e produtividade, evitando assim, que o magistério seja um “bico”, um repositório de profissionais frustrados, despreparados, mercenários, não vocacionados, que não tiveram facilidades noutras profissões e encontram na prática pedagógica um meio fácil de sobreviver. Não cabe, somente, ao professor, a tarefa de “empurrar” conhecimento na mente do indivíduo, orientá-lo, ensinar-lhe a aprender, cabe-lhe, também, o papel imprescindível de torná-lo melhor moralmente para vida social. Alexandre, o Grande, definiu a importância do seu preceptor Aristóteles e o rei Felipe II quando disse: “Se um deu-me a vida; o outro me deu a arte de viver”. Educar não é só instruir ou transformar o sujeito num repositório de conhecimento, educar é um conjunto de ações morais e intelectuais no processo de formação dum indivíduo, portanto, o exercício do magistério deve ser para aqueles que reúnem essas aptidões. Enfim, o objetivo deste artigo não é tecer crítica fácil a esse segmento profissional da educação, mas lhe chamar a atenção para as novas ferramentas de pesquisa e ensino e, chamar-lhe a atenção para uma nova maneira de pensar e de agir na construção do conhecimento. Hoje, com o avanço da comunicação e a democratização do conhecimento e a rapidez nas informações, é muito pouco ser professor!... "Sem liberdade de criticar, não existe elogio sincero." (Pierre Beaumarchais) – (Rilvan Batista de Santana – saber literário).

22 de janeiro de 2011

BAHIA REGISTRA 9,6 MIL ASSASSINATOS EM DOIS ANOS

Em sua página no Twitter, o deputado ACM Neto (DEM) apresentou novos números oficiais sobre a violência na Bahia e responsabilizou o governador Jaques Wagner (PT) pela falta de ação para reduzir a criminalidade. O democrata contou que, em 2010, foram registrados 4.845 assassinatos em todo o estado. Somados aos 4.825 registrados em 2009, nos últimos dois anos a Bahia computou 9.681 assassinatos. “É um número assustador, de guerra mesmo. E o maior culpado é o governador, que não deu prioridade à questão da segurança pública. Os investimentos no setor foram muito baixos e as duas polícias, a Civil e a Militar, penam sem estrutura para combater o crime organizado e o tráfico de drogas”, avaliou o parlamentar. Neto espera que, no seu segundo mandato, o governador consiga de fato deter a escalada da violência na capital e no interior. “Se eu fosse o governador, eu investia menos em propaganda e mais no aparelhamento das polícias. De nada adianta trocar de secretário se não há uma política forte de investimento no setor e em inteligência”, salientou ACM Neto.

CARTA DE UMA PROFESSORA PARA A REVISTA VEJA

Sou professora do Estado do Paraná e fiquei indignada com a reportagem da jornalista Roberta de Abreu Lima “Aula Cronometrada”. É com grande pesar que vejo quão distante estão seus argumentos sobre as causas do mau desempenho escolar com as VERDADEIRAS razões que geram este panorama desalentador. Não há necessidade de cronômetros, nem de especialistas para diagnosticar as falhas da educação. Há necessidade de todos os que pensam que: “os professores é que são incapazes de atrair a atenção de alunos repletos de estímulos e inseridos na era digital” entrem numa sala de aula e observem a realidade brasileira. Que alunos são esses “repletos de estímulos” que muitas vezes não têm o que comer em suas casas quanto mais inseridos na era digital? Em que pais de famílias oriundas da pobreza trabalham tanto que não têm como acompanhar os filhos em suas atividades escolares, e pior em orientá-los para a vida? Isso sem falar nas famílias impregnadas pelas drogas e destruídas pela ignorância e violência, causas essas que infelizmente são trazidas para dentro da maioria das escolas brasileiras. Está na hora dos professores se rebelarem contra as acusações que lhes são impostas. Problemas da sociedade deverão ser resolvidos pela sociedade e não somente pela escola. Não gosto de comparar épocas, mas quando penso na minha infância, onde pai e mãe, tios e avós estavam presentes e onde era inadmissível faltar com o respeito aos mais velhos, quanto mais aos professores e não cumprir as obrigações fossem escolares ou simplesmente caseiras, faço comparações com os alunos de hoje “repletos de estímulos”. Estímulos de quê? De passar o dia na rua, não fazer as tarefas, ficar em frente ao computador, alguns até altas horas da noite, (quando o têm), brincando no Orkut, ou o que é ainda pior envolvidos nas drogas. Sem disciplina seguem perdidos na vida. Realmente, nada está bom. Porque o que essas crianças e jovens procuram é amor, atenção, orientação e disciplina. Rememorando, o que tínhamos nós, os mais velhos, há uns anos atrás de estímulos? Simplesmente: responsabilidade, esperança, alegria. Esperança que se estudássemos teríamos uma profissão, seríamos realizados na vida. Hoje os jovens constatam que se venderem drogas vão ganhar mais. Para quê o estudo? Por que numa época com tantos estímulos não vemos olhos brilhantes nos jovens? Quem, dos mais velhos, não lembra a emoção de somente brincar com os amigos, de ir aos piqueniques, subir em árvores? E, nas aulas, havia respeito, amor pela pátria.. Cantávamos o hino nacional diariamente, tínhamos aulas “chatas” só na lousa e sabíamos ler, escrever e fazer contas com fluência. Se não soubéssemos não iríamos para a 5ª. Série. Precisávamos passar pelo terrível, mas eficiente, exame de admissão. E tínhamos motivação para isso. Hoje, professores “incapazes” dão aulas na lousa, levam filmes, trabalham com tecnologia, trazem livros de literatura juvenil para leitura em sala-de-aula (o que às vezes resulta em uma revolução), levam alunos à biblioteca e a outros locais educativos (benza, Deus, só os mais corajosos!) e, algumas escolas públicas onde a renda dos pais comporta, até a passeios interessantes, planejados minuciosamente, como ir ao Beto Carrero. E, mesmo, assim, a indisciplina está presente, nada está bom. Além disso, esses mesmos professores “incapazes”, elaboram atividades escolares como provas, planejamentos, correções nos fins-de-semana, tudo sem remuneração; Todos os profissionais têm direito a um intervalo que não é cronometrado quando estão cansados. Professores têm 10 minutos de intervalo, quando têm de escolher entre ir ao banheiro ou tomar às pressas o cafezinho. Todos os profissionais têm direito ao vale alimentação, professor tem que se sujeitar a um lanchinho, pago do próprio bolso, mesmo que trabalhe 40 h.semanais. E a saúde? É a única profissão que conheço que embora apresente atestado médico tem que repor as aulas. Plano de saúde? Muito precário. Há de se pensar, então, que são bem remunerados... Mera ilusão! Por isso, cada vez vemos menos profissionais nessa área, só permanecem os que realmente gostam de ensinar, os que estão aposentando-se e estão perplexos com as mudanças havidas no ensino nos últimos tempos e os que aguardam uma chance de “cair fora”.Todos devem ter vocação para Madre Teresa de Calcutá, porque por mais que esforcem-se em ministrar boas aulas, ainda ouvem alunos chamá-los de “vaca”,”puta”, “gordos “, “velhos” entre outras coisas. Como isso é motivante e temos ainda que ter forças para motivar. Mas, ainda não é tão grave. Temos notícias, dia-a-dia, até de agressões a professores por alunos. Futuramente, esses mesmos alunos, talvez agridam seus pais e familiares. Lembro de um artigo lido, na revista Veja, de Cláudio de Moura Castro, que dizia que um país sucumbe quando o grau de incivilidade de seus cidadãos ultrapassa um certo limite. E acho que esse grau já ultrapassou. Chega de passar alunos que não merecem. Assim, nunca vão saber porque devem estudar e comportar-se na sala de aula; se passam sem estudar mesmo, diante de tantas chances, e com indisciplina... E isso é um crime! Vão passando série após série, e não sabem escrever nem fazer contas simples. Depois a sociedade os exclui, porque não passa a mão na cabeça. Ela é cruel e eles já são adultos. Por que os alunos do Japão estudam? Por que há cronômetros? Os professores são mais capacitados? Talvez, mas o mais importante é porque há disciplina. E é isso que precisamos e não de cronômetros. Lembrando: o professor estadual só percorre sua íngreme carreira mediante cursos, capacitações que são realizadas, preferencialmente aos sábados. Portanto, a grande maioria dos professores está constantemente estudando e aprimorando-se. Em vez de cronômetros, precisamos de carteiras escolares, livros, materiais, quadras-esportivas cobertas (um luxo para a grande maioria de nossas escolas), e de lousas, sim, em melhores condições e em maior quantidade. Existem muitos colégios nesse Brasil afora que nem cadeiras possuem para os alunos sentarem. E é essa a nossa realidade! E, precisamos, também, urgentemente de educação para que tudo que for fornecido ao aluno não seja destruído por ele mesmo. Em plena era digital, os professores ainda são obrigados a preencher os tais livros de chamada, à mão: sem erros, nem borrões (ô, coisa arcaica!), e ainda assim se ouve falar em cronômetros. Francamente! Passou da hora de todos abrirem os olhos e fazerem algo para evitar uma calamidade no país, futuramente. Os professores não são culpados de uma sociedade incivilizada e de banditismo, e finalmente, se os professores até agora não responderam a todas as acusações de serem despreparados e “incapazes” de prender a atenção do aluno com aulas motivadoras é porque não tiveram TEMPO. Responder a essa reportagem custou-me metade do meu domingo, e duas turmas sem as provas corrigidas. (Nelma Pimenta Cruz - Profa. Ms. em Letras -Mestrado em Leitura e Cognição).

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