O atual vice-presidente do PV de Salvador, Marcell Moraes, foi convidado pelo cineasta argentino radicado na Bahia Carlos Pronzato a ter contada em um documentário uma fase conturbada de sua vida. Em 2004, por ter feito um protesto aguerrido contra a Faculdade de Artes, Ciência e Tecnologia (Facet) devido a um suposto aumento abusivo de mensalidades, Moraes chegou a ser condenado a três meses de prisão por crime de injúria. Segundo ele, a condenação por este crime é inédita em todo o mundo e, além disto, trata-se do mais veemente caso de perseguição estudantil desde que a Ditadura Militar no Brasil foi encerrada. Marcell Moraes recorda que naquele ano era presidente do Diretório Central Estudantil (DCE) da Facet e encabeçou o movimento que contestava os reajustes. A direção da faculdade, diante da resistência aplicou uma suspensão de 15 dias no então estudante de Administração de Empresas. Posteriormente, a suspensão foi derrubada na Justiça por meio de uma liminar que acusava a Facet de arbitrariedade. Os protestos voltaram a toda e, durante uma das novas manifestações, Moraes deu uma declaração a jornalistas em que classificava a administração da escola “péssima”. Por isso, alega, foi processado por injúria e difamação e teve sua saída da presidência do DCE exigida pela Facet. “Em um processo incrível que durou três meses eu fui condenado a 3 meses de prisão. A pena alternativa era pagamento de 30 salários mínimos”, lembrou. Metade do valor, cerca de R$ 8 mil, foi a rrecadado em uma movimentação intensa de estudantes pela cidade. O processo continuou a correr em outras instâncias e a notoriedade de seu nome fez com que Marcell virasse personagem de um caso de repercussão na mídia nacional. Assim, acabou iniciando sua vida política após se filiar ao PV. Em 2006, tentou ser vereador e não se elegeu por algumas dezenas de votos. O cineasta pretende entrevistar todos os principais personagens envolvidos na história, inclusive a direção da Facet e também a juíza Auristela Dias, que chegou a ser afastada das funções por 30 dias em uma investigação sobre supostos esquemas de tráfico de influência que resultaram no julgamento-relâmpago do estudante. Marcell Moraes acredita que o filme terá um valor simbólico em mostrar aos estudantes de agora que a luta vale a pena. “Os estudantes hoje estão muito parados. Muito do que nós conseguimos no país hoje, como redemocratização no Brasil e a criação, por exemplo, da meia- passagem dos ônibus durante os fins de semana em Salvador, foi por conta dos estudantes. DCE é para lutar e esse documentário vem para mostrar que vale a pena lutar”, defendeu. O lançamento do filme está agendado para o próximo dia 11 de agosto. Não coincidentemente, Dia do Estudante e aniversário de 7 anos de posse de Moraes no DCE da Facet. (Lucas Esteves - www.politicahoje.com.br).
PARABENIZO ESTE GRANDE BAIANO. QUE DEUS O ABENÇOE SEMPRE E QUE O SUCESSO SEJA CONSTANTE EM SUA EXISTÊNCIA. DANIEL LOPES
ResponderExcluirIsso prova que sempre vale a pena lutar pelo que se acredita.
ResponderExcluirDesejo pleno êxito a esta iniciativa.
Nunes
MUITAS OUTRAS VITÓRIAS AINDA VÃO SURGIR NA VIDA DESTE JOVEM IDEALISTA, QUE É EXEMPLO DE SERIEDADE, HONESTIDADE, INTRÉPIDEZ E ENVOLVIMENTO SÓCIO-EDUCACIONAL. GUTEMBERG MATOS
ResponderExcluir