Há algum tempo o Brasil é motivo de orgulho. Para os ricos, é claro. A Copa do Mundo e os Jogos O
límpicos, por exemplo, a serem realizados em terras tupiniquins vão encher de ilusões os olhos do povo, e de money os bolsos dos magnatas. A entrega, feita por Lula, de R$ 300 bilhões dos cofres públicos para salvar empresários e banqueiros da crise econômica também foi motivo para morrer de orgulho. Só quem perdeu o emprego e continua na rua da amargura sabe do que estou falando. Entretanto, o país (em especial nossa cidade) já tem outra grande razão para se orgulhar. O nobre deputado “Cabeça de Pitu” entrou para uma importante lista nacional: a de FICHA SUJA pelo Superior Tribunal Federal-STF. Ele foi incluído na lista a pedido da Promotoria Pública Federal. Há muitos anos, a Justiça tenta por este larápio na prisão e devolver dinheiro por seus atos de roubo de dinheiro público. O dito cujo é acusado de desviar recursos de obras e de enriquecimento ilícito e súbito. Uma parte do dinheiro roubado pelo recordista em malandragem, ainda foi investida na extraordinária prosperidade financeira do primogênito do ex-prefeito de cidade. Ah, já ia esquecendo. Este filho do deputado também é acusado por crimes de tentativas de assassinatos. Estima-se que o patrimônio de ambos chegue a mais de US$ 11 milhões. Mata-me de orgulho esses pústulas. E de fome e na porta dos hospitais o restante do nosso povo. Foi pensando nessa nova razão para nos orgulharmos que eu resolvi propor uma homenagem ao cabeça de Pitu. Afinal, um homem que já nos deu tantas alegrias merece um pouco de reconhecimento na vida. Minha proposta é a seguinte: quando o Cabeça de Pitu morrer – que isso não demore, pelo amor de Deus – penso que ele não deve ser cremado ou sepultado. Defendo que ele seja empalhado e exposto na Praça Adami, num evento especial que receberá o título de “Grandes Mestres da Corrupção Nacional”. Acho, inclusive, que esta obra-prima da bandidagem deve viajar em exposição pelos principais museus do Brasil, da Europa e da América do Norte. Convenhamos, meter a mão no dinheiro público é uma arte que exige muito talento, possível apenas em democracias como a nossa. Mas isso não é tudo. Também vou defender que o Cabeça de Pitu se torne patrimônio da cultura nacional. E que a biografia do notório ladrão seja disciplina obrigatória em todas as escolas do país, com o objetivo de que as futuras gerações saibam exatamente que tipo de exemplo não seguir. Outra importante proposta é instituir o Dia do Tomate no Cabeça de Pitu. A idéia é criar um feriado nacional, no qual todos os brasileiros teriam a oportunidade de acertar um tomate na cara do Cabeça de Pitu. Bom, idéias não me faltam. Até ele morrer, eu já terei acumulado uma Bíblia de propostas. Ah, uma última coisa. Agora que é sócio de uma das mais importantes listas de FICHA SUJA no Brasil, Cabeça de Pitu pode ser penalizado pelo próprio povo, de quem ele surrupiou verbas públicas... basta não votar mais nele e rejeitar o dinheiro sujo que ele usa para se reeleger. Tá aí. Essa eu pago pra ver.
