DEVEMOS REMOVER AS PEDRAS DO NOSSO CAMINHO

A vida continua com seus obstáculos e a coragem de cada um para resolvê-los. Acontecimentos diários vêm nos mostrar como a vida é fugaz. Em questão de minutos, de segundos, há uma mudança total em nossa vida. Os enigmas nesta vida chegam de repente: um acidente automobilístico, um infarto, a perda inesperada de um amigo querido, uma violência aleatória, uma grave doença, uma separação inimaginável, tudo, enfim, rapidamente, muda os caminhos de nossa vida. Pois bem, mesmo sabendo dessa fragilidade, os homens, ao invés de se contentarem com o que já possuem, querem sempre mais e enveredam pelos caminhos errados, fazendo do dinheiro o seu deus mesquinho, julgando que atos desonestos, em que há sofrimento para outras pessoas, vão acarretar lucros para ele. Engano total. A lei do retorno é implacável. Vejam os exemplos recentes do governador de Brasília, Arruda, e de tantos outros políticos. Desencaminham-se e perdem a alegria de viver os que enveredam pelo ódio, pela intriga, pelo desamor. Passam noites de pesadelo, vendo fantasmas na escuridão. Não vivem. Olham a conta bancária com um sorriso, mas a alma sofre, pois não têm paz. Para motivar sua existência, o homem tem de conhecer o sentido da vida. Daí a importância da educação desde criança, os pais mostrando aos filhos que o sucesso em suas vidas não depende só de bens materiais. Eles devem incluir em suas metas, para uma sobrevivência condigna, além do ganho necessário, a capacidade de amar e sentir compaixão, de ter alegria e transmiti-la aos outros, a certeza de que nossa vida serve a um propósito e, finalmente, a idéia de ligação com Deus. Tudo isso é que gera a felicidade interior. Os seres humanos devem compreender que existem pedras no caminho e que todas podem ser removidas com esforço e obstinação. Porém, quando se desviam desse caminho e vendem a alma por lucros fáceis em troca de uma aparente e transitória felicidade, as conseqüências negativas virão com certeza, fruto daquilo que foi semeado. Vamos usar nossas mãos para o bem, para a união, para um adeus de despedida, para atravessar um ancião na rua ou segurar uma criança que chora, assinar atos que dêem partilha de felicidade ao povo, como é o dever dos políticos diante desse povo. Num mundo confuso, impessoal e frio, cheio de conflitos e confrontos, as pessoas procuram segurança, calor humano e paz. Procurem, portanto, um significado para as suas vidas. Colham cada pedra do caminho e com elas vá alicerçando sua base. Felicidade é dom, graça, esforço e vontade de vencer com dignidade. Temos a certeza de que a vida é uma passagem. Podemos ter, mas não esqueçamos de ser. Este é o grande desafio.