Conforme a Tribuna da Bahia havia antecipado, ontem, o até então secretário-executivo do Ministério da Integração Nacional, João Santana, será empossado como ministro, no lugar do “companheiro” de longas datas, Geddel Vieira Lima. O fato reforça a tese ventilada nos bastidores políticos de que o PMDB teria vencido o primeiro round contra o PT local. A transmissão do cargo será realizada no Palácio do Itamaraty, às 11h, na presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. À tarde, mais precisamente às 15h, Santana será empossado na sede do Ministério. Está confirmado que a cúpula peemedebista do estado estará em Brasília para prestigiar a “vitória” de Geddel. Além do gestor baiano, mais nove ministros deixarão o cargo. É importante ressaltar que o Partido dos Trabalhadores havia travado uma batalha, com o objetivo de barrar a manutenção do poder nas mãos de Geddel. Sem falar que a decisão reforça a aprovação de Lula sobre a formação do segundo palanque para a ministra Dilma Rousself na Bahia. Enquanto isso, Geddel, que é pré-candidato ao governo estadual, mantém firme o discurso de que só falará sobre a substituição após a mesma ser oficializada. “Até que o presidente dê posses aos substitutos, não tenho o que falar sobre a minha própria sucessão. Essa é minha prerrogativa”, reforçou. Seguindo a mesma linha do líder peemedebista, o futuro ministro também prefere discrição. “Prefiro não me antecipar. Vamos esperar a concretização dos fatos”, ponderou Santana. O seu nome, entretanto, é visto com bons olhos para suceder Geddel. De acordo com o líder do PMDB na Assembleia Legislativa, deputado Leur Lomanto Júnior, o técnico terá capacidade de dar andamento aos projetos importantes que vinham sendo tocados pelo ministro Geddel, como a transposição do Rio São Francisco. O deputado reforçou o argumento enfocando o currículo de João Santana. “Ele já foi secretário de Serviços Públicos da prefeitura de Salvador, secretário de Recursos Hídricos do Ministério da Integração, secretário-executivo e agora ministro.” O PT baiano, por sua vez, que não escondia a insatisfação de que a máquina fosse deixada nas mãos de Geddel, adotou um discurso mais ameno. Segundo o presidente estadual da legenda, Jonas Paulo, “nós estamos discutindo os interesses da Bahia no governo federal, independentemente de quem ocupe os cargos”. Jonas, entretanto, disparou que nenhum ministério funcionará em cima dos interesses dos seus antigos ocupantes. “Sem falar que uma comissão está sendo formada, com intuito de monitorar todo o trabalho. Então, não haverá nenhum problema, nem com o que nos preocuparmos”, pontuou. (Fernanda Chagas).
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