|
Cacá fala por Jabes, que o faz de fantoche e seu xifópago! |
Em Ilhéus a política é uma grande novela que se repete e, como toda novela, tem mil tramas, mas finaliza com um “final feliz”. Para os políticos, o final feliz é o poder. Para os perdedores, as batatas. Ideologicamente, os partidos (exceto aqueles de aluguel de almas) têm ideologias e projetos que, cada um a seu modo, apresentam soluções para melhorar o que está a contento – até porque bom, nunca está – e resolver as (muitas) mazelas que implicam em dramas para a população. “Nunca como antes na história de Ilhéus”, os enredos da novela política foram tão incompreensíveis para o admirado público, que ainda tem sobressaltos com as tramas que aparentemente não se encaixam, esquecidos que tudo caminha para um final: o poder dos amantes, se não eternos, de ocasião. E o que não falta em Ilhéus é a horda de moribundos, sobrevivendo às custas dos coveiros que resistem ao tempo na cidade. Restam muito poucos. É preciso buscá-los com insistência, mas eles estão ali, presentes, solidários, fiéis a si mesmos, dignos, ativos, militantes, apoiados no cinismo e hipocrisia, que sustentam sua sórdida tradição política. E não há em Ilhéus nenhum outro exemplo de maniqueísmo, subserviência e abdução, que o protagonizado por Cacá Colchão (PP). Sua incorporação ao "jabismo", não o permite enxergar o abismo à sua frente. Ele se submete à condição de substituição em pessoa, ao ex-prefeito Jabes Ribeiro. São como xifópagos; gêmeos siameses cefalópagos. São unidos pela cabeça e pensam, falam e agem como dicéfalos, cujas cabeças estão fincadas em um mesmo. Não dá para ver Cacá, sem enxergar Jabes! Pondo às claras suas falas, como a patuleia costuma dizer, nasceram um para o outro, sem nunca terem deixado de ser há qualquer tempo, verdadeiros irmãos siameses. O pragmatismo é tanto, que ambos - Cacá e Jabes - podem estar combinando cada um ao seu modo, ações onde eles controlam o tabuleiro e cada movimento. Caso este estranho caso de xifópagos que a política reuniu após a separação cirúrgica, dê resultados, haverá um final feliz para uma trama estranha. O público só espera ser beneficiado por este final. Que não reste de bom apenas o sonho de que, se para eles a felicidade foi conquistada, também é possível para o sofrido e vilipendiado povo ilheense. Que ela seja real e concreta. Afinal, a vida imita a arte, mas a arte da política costuma inverter lógicas.