Petistas só eram contra privatizações, quando eram oposição! |
O governador da Bahia, Rui Costa (PT), anunciou a celebração de uma Parceria Público-Privada (PPP) para a Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), sob a justificativa de captar investimentos para o saneamento básico baiano. A declaração causou a reação de parlamentares de oposição na Assembléia Legislativa, que definiu a situação como “equívoco que pode trazer enorme prejuízo para o estado e a sociedade”. A crítica decorre de estudos técnicos feitos pela própria Embasa, que não recomendam a opção das PPPs, citando exemplos de parcerias que foram danosas ao Estado, com comprovado superfaturamento, causando prejuízos milionário aos cofres públicos. Rui Costa justifica a parceria com a iniciativa privada dizendo não ter recurso proveniente do governo federal para investir em saneamento básico, mas opta pelos contratos das PPPs que são extremamente generosos com os empresários deixando todas as garantias e endividamento para o ente público sem risco algum para a empresa privada. O fato é que Rui Costa compõe a ala do PT, composta também por outros governadores do Nordeste, que segue na intenção de dialogar com o governo bolsonarista, aliando-se à orientação do "centrão", composto por DEM, PSDB, Novo e outros partidos aliados do presidente Jair Bolsonaro, em determinadas pautas. Esse grupo tenta tomar as rédeas do partido, aplicando políticas neoliberais contra a própria base petista, como esse anúncio da PPP que é um primeiro passo para a privatização dos serviços básicos oferecidos à população, a despeito de todas as campanhas contra a privatização da água feitas pelos movimentos populares na Bahia.
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