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20 de março de 2024

SE MULHERES VOTAREM EM MULHERES, ITABUNA SERÁ MUITO MELHOR E BEM MAIS HUMANIZADA!

O preconceito existe e muitas vezes a natureza feminina, ainda é vista como apenas um complemento do homem.

Enquanto afirmam que as mulheres não gostamos de política, ou que não participam simplesmente porque não querem, sobram dificuldades para encarar uma eleição. As adversidades são muitas e o medo de participar ativamente das decisões políticas faz com que elas, maioria na população, assíduas leitoras, que estudam trabalham e se cuidam mais, ainda se sentem pouco representadas na política.

As afirmações acima não são inventadas. As mulheres parte da maioria da população de Itabuna, 51% de acordo com o IBGE. São maioria absoluta da população leitora; estudam mais sendo maioria do total de estudantes no ensino superior, trabalham mais do que os homens somando as jornadas de trabalho mais as tarefas domésticas e segundo os médicos se cuidam e vivem muito mais que os homens. Mesmo com todos os mais citados acima, a pergunta é por que ainda não se aventuram na política?

No Brasil existe cotas eleitorais que asseguram uma porcentagem mínima de 30% para mulheres nos partidos. Medida que pouco tem contribuído para melhorar a atuação das mulheres nos cargos políticos.  A lei fez com que muitas candidatas se sujeitassem a participarem apenas como laranjas para cumprir o coeficiente necessários para os partidos.

Por que se sujeitam a coadjuvantes da política enquanto tem que enfrentar diariamente a luta pela igualdade de direitos? Só depois de conhecer a realidade é possível entender o problema. Basta olhar para as estruturas partidárias e reconhecer o ambiente majoritariamente dominado por homens. O preconceito existe e muitas vezes a natureza feminina, ainda é vista como apenas um complemento do homem. Não é exagero. Em um sistema que sobrecarga a mulher com jornada dupla de afazeres domésticos e trabalhistas com um salário desigual, faz com que muitas mulheres ainda não nos sentem à vontade para enfrentar o desgastante ambiente político.

A soma do preconceito, jornada sobrecarregada e remuneração injusta e desigual ainda as detém de enfrentar um território praticamente exclusivo por homens. Fazendo com que as políticas públicas relacionadas às pautas femininas sejam esquecidas. Entendo que nem todas mulheres tem vocação para política e tudo bem não querer se candidatar. Existem várias formas de fazer política que estão ao alcance das mulheres. Educar-se politicamente é uma delas.

Pesquise para que serve um vereador, ou prefeito. Ajude as candidatas que estão tentando driblar as dificuldades tentando contribuir para a melhoria desse cenário. Apoiar a candidatura de uma mulher é ajudar no enfrentamento de igualdade de direitos. É preciso desmistificar o pensamento de que elas não gostam de política, elas são cientes sobre o mundo ao nosso redor e sabem escolher um candidato sozinhas, sem precisar do conselho do companheiro.

As dificuldades são muitas e as necessidades também. Se não confiarem nelas mesmas para tentar buscar a diferença a exclusão não desaparecerá. O que vai continuar sobrando é o mito e o preconceito de que as mulheres não gostam de política.

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