O prefeito Antônio Valete (PSD), anunciou no início deste mês, que seu candidato a prefeito será Orleans Mascarenhas, atual secretário de administração municipal e para completar a chapa majoritária como vice-prefeito, será Agnaldo Sotero, atual secretário de saúde do município.
Embora Valete esteja com bons índices de aceitação popular, o que mais se tem ouvido em Jussari, é que "votar em Valete é uma coisa, votar em quem ele manda é outra coisa e no meu voto mando eu"! Estes fato revela que o nome escolhido pelo prefeito, não tem sido bem aceito pelos jussarenses.
Em função do que tenho ouvido sobre o prefeturável do prefeito em Jussari, decidi buscar em minha sexagenária expriência de vida, um relato que pudesse retratar este fato e então lembrei de um adágio que diz sobre "banananeira que já deu cacho"! Este era para mim, como tantos outros, um provérbio popular ininteligível, indecifrável ou, indo além, de sentido inexplicável, incompreensível.
Até que passei uns dois meses ininterruptos, numa zona, que se não considerada rural, tem característica campestres: Ventania, distrito de Itapebi. A casa tinha um bom quintal, no qual encontrei e conservei algumas árvores frutíferas. Fiquei por lá um curto espaço de tempo em razão da enorme decepção do que seria permanecer muito tempo na "roça".
Em meio a outras frutíferas, uma touceira de bananeiras. O pé cresce, se desenvolve, frutifica e ao seu redor vão florescendo outros pés de banana, três ou quatro pequenas mudas. Colhido o único cacho, aquela bananeira passa a ser um estorvo, porque as mudas ao redor vão crescendo e aos poucos vão tomando um espaço grande no quintal. Aquela matriz, bananeira matriarca, por assim dizer, perde sua finalidade. Não dará mais fruta e só terá utilidade se você tiver planos para aproveitar as enormes folhas, caso contrário, é melhor corta logo o pé.
Assim fiquei sabendo que nada há de filosófico, profundo, impenetrável, no ditado de origem portuguesa: bananeira que já deu cacho. Trata-se de mera constatação de fato natural. É como ver o óbvio. Cabe a ressalva que segundo nosso maior dramaturgo - Nelson Rodrigues - só o gênio enxerga o óbvio. Mas é só isso.
Bem, usei este adágio porque me permite falar do que imagino ser o prefeiturável do prefeito em Jussari. Ele já deu cacho. Já caminhou pelo estágio de nada dar e muito necessitar. E por que escolhi este assunto que tangencia a morbidez? Porque pressinto que o prefeiturável do prefeito, será somente um boneco de ventríloquo, que Valete fará sustentar seus parentes e aderentes nas tetas do poder. Só!
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