Votar não é somente um dever legal, mas sobretudo um direito muito caro ao regime democrático. E por que é caro? Porque a escolha que cada um faz no momento do voto acabará atingindo a todos durante todo o tempo do mandato daquele que foi escolhido e até além desse tempo, mediante as decisões e as votações do eleito, quer no comando do Poder Executivo (Prefeito), quer na atividade de editar leis (Vereador).
As decisões do Prefeito e e dos Vereadores afetam a vida de todos, daí o alerta para que nós, eleitores, procuremos nos informar muito bem sobre a vida pública anterior dos candidatos, e também de sua vida pessoal, de forma a possibilitar uma análise crítica e muito criteriosa sobre a pessoa que iremos colocar para decidir vários aspectos de nossas próprias vidas em futuro muito próximo, inclusive no que diz respeito a aspectos da vida de nossos filhos também.
Se a pessoa que vamos eleger não demonstrou vida ilibada (sem manchas), uma vida honesta até agora, não será de hoje para amanhã que vai fazê-lo. E se age de forma ilegal já agora ao pedir voto, imagine o que não fará depois que estiver no poder, com recursos financeiros oriundos dos impostos que pagamos!
E mais, não basta o ato cívico e supostamente responsável apenas no dia da votação. O eleitor não pode ser ingênuo em pensar que, tendo se esforçado por conhecer a vida pregressa do candidato e votado em candidato ficha limpa, já terá encerrado sua participação ativa no exercício da cidadania, porque a exigência de honestidade se faz necessária a cada dia do mandato público, o que exige o engajamento de cada um de nós na cobrança e fiscalização do exercício do mandato, para que esta atividade se dê de forma limpa e honrada. Se for de outro jeito, ainda veremos muitos e muitos ternos e malas estufadas de dinheiro público.
É muito importante que cada eleitor já comece a pesquisar a vida daqueles que possam ter a pretensão de serem candidatos. A bem da verdade, como todos sabemos, ao fim de uma eleição, já começam as providências para a próxima, não se podendo falar propriamente de uma pré-campanha, mas de pré-candidatos, até que esses sejam escolhidos em convenção de seus partidos, quando se tornam candidatos oficiais.
Voltando ao tema central do voto, é importante destacar que ele é mais do que um direito, é um compromisso e um exercício pleno de cidadania, o que requer do eleitor muita responsabilidade com a sua escolha.
Voto consciente é aquele exercido com prévia e profunda reflexão, com muito questionamento sobre as opções de nomes que se apresentam e muitos não passam de espertalhões e corruptos, como bem demonstra a grande quantidade dos que estão ou estiveram com mandatos!
O eleitor deve optar por aquele candidato que tenha preparo técnico e compromisso moral para administrar a coisa pública, no sentido de ser habilitado para ser um homem ou uma mulher de espírito público, com histórico de integridade moral, sem o menor deslize.
Depois de tantos milhares de escândalos nas mais diversas áreas e nos mais variados órgãos públicos, o eleitor não pode mais se deixar levar pela "conversa pra bi dormir" do candidato mais simpático, daquele que é ou foi seu amigo ou conhecido, ou de seus familiares, ou ainda, daquele que tenha um bom discurso, mas nada de concreto para mostrar em sua experiência anterior no trato com a coisa pública, ou, o que é pior, o que é simplesmente o mais bonito, ou que já demonstrou não ser confiável, no aspecto moral.
A coisa pública é coisa séria. Não pode mais ser tratada com leviandade, com irresponsabilidade, como infelizmente tem ocorrido por décadas, em todas as esferas (municipal, estadual e federal).
Não devemos mais suportar tanto descaso, incompetência, desvio e roubo do erário. E não cabe mais nos não nos conscientizarmos, que, absolutamente, todos os corruptos que estão presos ou que deveriam estar, fomos nós, eleitores, quem os elegeu e reelegeu!
Precisamos nos preocupar com nossas escolhas, sob pena de aniquilarmos ainda mais o futuro de nossos filhos, já tão comprometido por todos esses crimes praticados pelos eleitos de outrora. É tempo de mudança de paradigma. Sejamos nós os promotores desta mudança no rumo de nossa própria história!
O eleitor tem a ampla liberdade de escolher em quem votar, e como seu voto tem aptidão para afetar a vida dos outros, tem que ser responsável nesta escolha, pois estará contribuindo para decidir sobre quem irá gerir não só o seu interesse, mas o interesse de todos, o interesse público.
O pleito de 2024 é oportuno, como todos os outros, para manter no poder quem está dando certo, mas principalmente para renovar os quadros da política, porque esse é o espírito do comando constitucional de voto periódico, que é, na verdade, cláusula pétrea da Constituição. O voto é o mais eficiente instrumento que a democracia colocou à disposição do povo, e por isso é preciso saber usá-lo.
É dever legal do eleitor analisar previamente o histórico do candidato (“ficha limpa” ou “ficha suja”), suas propostas, seus projetos e metas, seu currículo, sua vida, seu comportamento ético, seu verdadeiro compromisso com o interesse público e sua capacidade para gerir a coisa pública e representar os interesses público. É preciso que o eleitor se conscientize de que tem em suas mãos um importante instrumento de mudança política e social: o voto.
As eleições na atualidade representam um momento de relativa igualdade na sociedade, pois não há diferença no voto, seja em razão de raça, de sexo, de condição financeira, de classe ou grupo social. O valor do voto é igual para todos, por isso o seu voto é muito importante e faz toda a diferença no cenário da escolha.
Candidato que compra votos, ou de qualquer outra forma tenta algum tipo de ilegalidade durante a campanha eleitoral, com certeza continuará a promover atos de corrupção se for eleito, motivo pelo qual deve ser banido do mundo politico. É a aplicação prática do ditado popular “pau que nasce torto, morre torto”. Este tipo de malandro merece não apenas não ser votado. Merece ser banido para sempre de qualquer disputa.
O povo, na condição de único “dono do poder”, precisa afastar da vida pública todos os que já mostraram desvios éticos, como os que tenham malas de dinheiro em seus apartamentos, ou que tenham criado Máfia do IPTU, Quadrilha das Mochilas, recursos que faltaram para escolas, creches e postos de saúde (não construídos ou não mantidos decentemente para a população que precisa).
Nós, cidadãos de bem, no pleno exercício da democracia possível, somos os protagonistas da importantíssima tarefa de escolha daquele que vai comandar (ou permanecer comandando) o destino do nosso Município e da Câmara Municipal. O voto é fundamental, é o ato básico da democracia. É a manifestação republicana mais legítima. Portanto, vote consciente em 2024...! Não venda o seu voto! Denuncie à Justiça Eleitoral qualquer tentativa de compra de votos.
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