Há um ditado popular que afirma que "o pior cego é aquele que não quer enxergar". É fato que, muitos dos nossos percalços teriam sido evitados se tivéssemos prestado mais atenção aos sinais do comportamento que o outro emitiu, mas optamos por fazer cara de paisagem. Este fato nos faz despencar em precipício!
Depois do advento da energia elétrica e de tantas revoluções tecnológicas, talvez tenhamos perdido um pouco do significado literal de "não ver o abismo em nossa caminhada". Para reproduzir a experiência, talvez seja necessário ir para uma roça aqui mesmo em Itaju do Colônia, onde não existem postes de iluminação, e fixar o olhar em direção ao breu que cobre os cacaueiros.
Quem viaja à noite de avião também consegue ter alguma ideia do que seja "andar em trevas", se olha pela janela e percebe quantas regiões mais distantes das cidades estão simplesmente "apagadas". É por essa e por outras que as pessoas que moram na zona rural tendem a ir para a cama mais cedo.
Apagadas as luzes do astro solar e adensadas as trevas ao redor, nada mais natural que fechar os olhos e dormir. (Muito embora, se você mora em uma roça e está lendo esse texto, certamente está sendo iluminado pela tela do seu celular ou do seu computador.).
Estes fatos talvez aclarem de maneira fidedigna, o quanto Valério está cego ao não perceber a "casca de banana" à sua frente. Maneiro em ludibriar e ardiloso em tramar contra suas ovelhas, há falso profeta, que está para Valério, na mesma panorâmica de um precipício à sua frente, com ele sem parar e com falta de apenas mais um passo para degringolar!
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