O sujeito se elege prefeito por estar sempre muito próximo do povo e ouvi-lo. Depois de diplomado e empossado, sofre um processo de amnésia que o faz se distanciar das pessoas; menosprezar seus compromissos, não cumprir suas promessas e não enxergar as mazelas que o cercam.
Seu método de gestão é centralizador, com consequência de engessamento das possibilidades de intervenções dos seus auxiliares de primeiro escalão, que não possuem autonomia para demandas simples, como comprar papel higinênico, combustíveis, ou uma só resma de papel de ofício!
O prefeito fica cego para os problemas do cotidiano; surdo para o clamor da sociedade por melhores condições de serviços da Prefeitura e mudo para determinar metas para serem cumpridas por seus secretários, cuja maioria é impopular, medíocre e rejeitada pela população.
Outro fator complicador para a imagem do getor, é seu jeito desumano de tratar quem o procura em seu gabinete. Mesmo que a visita seja previamente agendada para às 16 horas, a pessoa se sentindo desdenhada e tratada com desumanidade, só conseguirá estar com o prefeito depois das 22 horas.
Ex-aliado é o calo no pé de quem quer ser reeleito. Um ex-aliado é muito mais prejudicial que cinquenta adversários tradicionais. Ex-aliado normalmente, alega ter sido traído e vítima de ingratidão e essas duas situações são persuasivas, pois no imaginário popular, quem trai e é ingrato, não tem limites em ser assim com quantas pessoas puderem ser!
Obras mal feitas, não feitas, ou que demoram demais para serem concluídas; falta de médicos, medicamentos e equipamentos em postos de saúde e hospitais; ruas esburacadas e escuras, são problemas existentes em 100% das cidades brasileiras e estes são obstáculos muito menos complicados, que o prejuízo causado por pessoas que endeusavam e atualmente satanizam quem petende ser reeleito!
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