Muita gente vive se queixando da política e dos políticos, o que é uma situação controversa, pois foi esse mesmo eleitor quem votou e elegeu o político do qual se queixa. Isso só acontece porque muitos cidadãos não acompanham o horário eleitoral pelo rádio ou pela tv, não buscam informações sobre os candidatos, não dão valor a esse direito conquistado com sacrifício, que é a democracia, em resumo, não é um bom eleitor, e se não é bom eleitor, não é nem bom cidadão. E quando se fala que o povo não sabe votar, não se trata em usar a urna eletrônica, mas sim de quem vemos na foto que aparece nela após digitarmos os números…
As pessoas vendem seus votos em troca de favores pessoais mínimos e insignificantes perante tudo aquilo que é dever do governo realizar após eleito. Iludidas, acreditam que foram bem pagas. Mas e depois, quem vai pagar a construção da escola e de estradas vicinais, o hospital, a manutenção da creche, o salário dos agentes de trânsito, dos professores, dos médicos…? Tanto se fala em corrupção dos políticos, no entanto, vender o voto é uma atitude honesta? Nesse cenário, quem é mais corrupto: o candidato que compra votos ou o eleitor que o vende?
Voto consciente e voto honesto não têm preço. Sem a intenção de generalizar, geralmente, em época de campanha política á assim: de um lado vemos a esperteza e a destreza dos marketeiros e publicitários partidários, associadas à “lábia” dos candidatos, que são verdadeiras armas na guerra da propaganda eleitoral em busca de votos, enquanto, no outro extremo, temos a ignorância e o desinteresse do eleitor.
É lamentável e revoltante escutar pessoas declararem que não se importam com a política. Fazem pouco caso de um importante ato de cidadania respaldado pela nossa Constituição: o de escolher os nossos representantes.
Diz o ditado que “o destino de quem não gosta de política é ser governado por quem gosta”, porém, será que todos aqueles que gostam de política são preparados para governar? Se fosse assim, penso que não teríamos tantos candidatos barrados pela Justiça Eleitoral. Todavia, nem sempre as opções que temos são as melhores possíveis.
Talvez o candidato que escolhermos não será capaz de resolver todos os problemas sociais. Mas se conseguirmos colocar entre os nossos representantes pessoas honestas e trabalhadoras, certamente vamos ter progresso. Um progresso não apenas no sentido de solucionar os tais problemas sociais, mas sim no que se refere a alcançarmos um engrandecimento daquilo que chamamos de Cidadania.
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