Não há em Itabuna, nenhum partido político que já esteja com vagas completas para candidaturas proporcionais de mulheres. Mas vão ter homens excluídos pelo excesso de contingente do gênero masculino na maioria absoluta dos partidos! Esse é uma problemática difícil de ser solucionada, pois a mulherada parece não gostar de política, embora elas sejam a maioria no contingente do eleitorado!
Os partidos alegam que não há mulheres dispostas a se candidatar. Dessa constatação, tendem a derivar dois tipos de conclusões: não há mais candidatas porque não há interesse das mulheres em se apresentar; e isto ocorre porque estas não se interessam por política. Neste caso, a responsabilidade é posta sobre as mulheres, como um problema de livre e particular escolha individual e não um problema da democracia. E, mais grave, como um problema de apatia individual ou de seu desinteresse pela política.
Por outro lado, reações e críticas ao não-cumprimento das cotas, tendem a centrar, fundamentalmente, no aspecto do preconceito, da resistência e/ou do tradicionalismo dos partidos. A tais valores/atitudes são atribuídos tanto os baixos índices de candidaturas como também os fracos resultados em termos de eleição de candidatas.
Se bem que isto não fuja totalmente à verdade e não deixe de ter algum fundamento, as manifestações de resistências ou preconceitos também por si não explicam o que acontece e são insuficientes como explicações, tanto se compararmos o nosso caso com outros municípios, como se olhamos algumas características internas da competição eleitoral.
Uma pergunta pertinente, parodiando uma famosa propaganda de televisão, seria a seguinte: será que os nossos “machistas” são mais machistas do que os machistas dos “outros”, ou será que nossas mulheres são mais apáticas do que as mulheres dos “outros” municípios? Ou ainda, será que os partidos são mais conservadores e machistas do que os partidos dos outras cidades?
São indagações que requerem respostas das próprias mulheres. Sobretudo daquelas que não gostam de politica e não querem participar como candidatas a cargos eletivos e acabam sendo governadas por quem gosta de política, sem gostar de gente e conduta decente!
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