Ganhar uma eleição é quase sempre menos difícil, que ser vitorioso numa reeleição. Para ser eleito numa primeira vez, o candidato é uma promessa, esperança e voto de oposição ao que era situacionismo até então. Já numa reeleição, não há mais o que prometer, ou dar esperança.
Numa eleição o candidato é o foco e não há observação sobre quem o acompanha: o apoio é bem vindo e melhor visto até por quem é cego de raiva de alguns adesistas de plantão e inimigos pessoais! Já numa eleição, o protagonismo do prefeito vem acompanhado de "malas sem alças", que ele deve se desfazer e abacaxis a serem descascados.
Os "Malas" são auxiliares encastelados, sobretudo no primeiro escalão, que carregam consigo, um arsenal de antipatia, inabilidade e rejeição, que implicam em complicações enormes e insolucionáveis para o chefe ser reeleito. A isto se dá o nome de "fogo amigo" e "tiro pra dentro do quartel"! O "Mala" atrapalha mais que ajuda e "tira votos"!
Os "abacaxis" são promessas que não foram cumpridas; aliados que se transformaram em adversários (um ex-aliado é muito mais prejucial à reeleição, que 50 inimigos ferrenhos); obras inacabadas, posicionamentos políticos e ideológicos antegônicos à realidade da maioria da população, ausências na periferia, gabinete desumanizado e politico "copa do mundo"!
É possível que o Prefeito esteja condicionado às amarras partidárias e acordos políticos, pessoais e não propagáveis, para manter "Malas" atrapalhando sua reeleição e não descascar "Abacaxis", que estragam sua gestão. Mas manter essa situação, é encurtar caminho para permanecer mudo e surdo, numa trajetória espinhosa, impopular e fadada ao fracasso!
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