Prefeitura Itabuna

Câmara

Câmara

4 de junho de 2023

WANDERSON ESTÁ FRATERNO COM SAPOS QUE NUNCA SERÃO PRÍNCIPES!

Nos últimos dois anos, Wanderson só tem dado "tiro no pé", ou "tiro que sai pela culatra"!

Um amigo que me pediu para não se identificar, acertou na mão quando decidiu chamar de “O Sapo e o Príncipe” a metáfora em que conta como o destino atou, desatou e voltou a atar as trajetórias de Wanderson Barros e Robério Oliveira. Wanderson apoiou os Fraternos e justificou: “Eles são os menos piores”. O príncipe que votar no sapo, porque acha que só assim consegue derrotar o dragão Dapé.

Escolha infeliz. Não apenas pela Cláudia Oliveira em si, mas pela mentalidade nela contida. Há anos estamos votando nos menos piores. Antes não havia “menos pior” nem “mais pior”, porque tínhamos a esperança de Eunápolis ter nascido para ser grande. E de menos pior em menos pior chegamos até aqui.

Escolher alguém para governar Eunápolis porque ele é menos ruim que a outra pessoa, é nos submetermos à uma eterna mediocridade, entregar nossos destinos nas mãos dos menos incompetentes, contentarmo-nos com uma política meia-boca, um governo de segunda linha, vereadores de terceira e prefeitos de quinta. Por que temos de ser prisioneiros do menos pior? Por que aceitarmos este destino torto, como se não fosse possível nada além disso?

Não quero votar no menos pior. Me recuso. Quero votar no melhor. E quanto melhor, mais quero. A mediocridade é antes de tudo um estado de espírito emoldurado pela hipocrísia, cinismo e manipulação bovina dos idiotas que apoiam e votam em quem os pagaram menos de um milésimo por cento de tudo o que roubou da Prefeitura.

Depois de se tornar vice-prefeito por um daqueles acasos que ocorrem de cem em cem anos, Wanderson Barros sobrevive mantido por um gordo salário de marajá e não se preocupa com as contas que chegam, nem com o dinheiro que entra ou sai. Vive numa redoma e ainda assim quer escolher o menos pior.

Quanto tempo ele viverá? Mais 44 ou 55 anos? O tempo de Wanderson definitivamente não é mais o nosso tempo, é um tempo pessoal, individual, menos pior que o nosso certamente. Está na fase política da contagem regressiva, na qual o político tende a olhar muito mais para si mesmo do que para os outros. Ele está acabando em si mesmo.

A política tem ensinado muitas coisas, cambiado pontos de vista, relações, aspirações e, principalmente, reforçado que o caminho para um novo tempo passa essencialmente por soluções coletivas. Quanto maior o individualismo de uma sociedade, menor será sua capacidade de se refazer. O Japão nos mostrou este caminho, quando foi capaz de reconstruir em tempo recorde a devastação causada pelo tsunami.

Me lembro de uma estrada refeita em coisa de 1 mês. Em 2018, parte de um viaduto desabou no centro de Brasília por pura e descabida falta de manutenção. O ex e o governador menos pior eleito naquele ano levaram 800 dias para botar o viaduto novamente de pé. Numa cidade com IPTU dos mais caros do Brasil, patrimônio da Humanidade decretado pela Unesco, aquele buraco ficou exposto como uma chaga, atrapalhando o trânsito, a estética e o humor dos cidadãos.

Não teve manifestação, protesto, nada. Como se o problema fosse única e exclusivamente do governo. As pessoas olhavam aquilo, a baba espessa escorrendo, a placidez aceitando a fatalidade como divindade. Quanto mais vira-latas, mais amor pelo menos pior. Este menos pior não mandou prender os Fraternos, que roubaram mais de 200 milhões de reais dos cofres públicos municipais. E teve gente que apoiou Cláudia, preocupado apenas em resolver o seu problema, porque dane-se quem não tiver dinheiro para pagar um quilo de feijão.

Nós vamos cometer o desatino de aceitar o péssimo exemplo do Wanderson e votar no menos pior no próximo ano? Será que vamos passar o resto da vida no labirinto desta opção sinistra? Alguma cidade resiste a uma hegemonia de menos piores? O sapo e o príncipe estão juntos e tentarão tirar o dragão para dançar. Enquanto bailam, pouco se importarão se Eunápolis irá desmoronar.

Neste contexto, é bom lembrar que os chineses inventaram o sismógrafo há mais de 2 mil anos. Passaram a prever terremotos usando uma peça de bronze com um mecanismo no qual 8 sapos interagiam com 8 dragões. Quando sapos e dragões se mexiam era um salva-se quem puder, sinal de que o terremoto estava chegando.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente no blog do Val Cabral.

Publicidade: