O eleitor passa o tempo todo criticando os políticos e os considerando responsáveis por tudo o que há e acontece de ruim em torno de si. Suas críticas são contra o presidente, que não gera emprego no país; o governador que não cuida da segurança pública; os deputados e senadores que estão sempre ausentes; o prefeito que deixa ruas esburacadas e escuras e o vereador, que não faz nada por ninguém!
As reclamações do eleito são pertinentes, pois problemas existem e suas soluções nunca aparecem. Assim como as críticas são antigas, não são novos os políticos e nem seus eleitores. Décadas de problemas com o mesmo eleitor aborrecido, diante dos mesmos políticos sendo reeleitos, ou elegendo seus filhos e netos! E ninguém sabe quem nasceu primeiro: o político que engana, ou o eleitor que gosta de se enganar e ser enganado!
O fato é que a "onça" provoca amnésia no eleitor e "onça" é o que não falta no poder de persuasão do político. E aqui não há nenhuma referência ao mortífero mamífero carnívoro e sim a cédula monetária de cinquenta reais. Essa espécime tem poder de fazer eleitor mudar de opinião e chamar de santo o político que ele tanto criticava e satanizava! É o milagre do abuso do poder econômico na eleição, transformando título eleitoral em mercadoria e excremento!
"Todo homem que se vende recebe muito mais do que vale." (Barão de Itararé). Este complexo pensamento traz a ideia de que pessoas corruptíveis possuem poucos valores e este é o caso do eleitor, que passa quatro anos criticando o político e por causa de uma "onça", apoia e vota no dito cujo!
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