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29 de março de 2023

ATAQUES EM ESCOLAS NO BRASIL MATARAM 35 ALUNOS E PROFESSORES ATÉ 2022

 

Dados foram apontados em relatório apresentado durante os trabalhos de transição do governo federal em dezembro

Um relatório apresentado durante os trabalhos de transição do governo federal em dezembro indicam que 35 estudantes e professores tinham sido mortos em ataques no Brasil desde o início dos anos 2000. Antes disso, não há relatos de casos de violência em escolas no País. Segundo o documento, os ataques praticados por alunos e ex-alunos “são normalmente associados ao bullying e situações prolongadas de exposição a processos violentos, incluindo negligências familiares, autoritarismo parental e conteúdo disseminado em redes sociais e aplicativos de trocas de mensagem”. 

Ontem, houve mais uma morte: a da professora Elizabeth Tenreiro, de 71 anos, esfaqueada por um aluno de 13 anos de uma escola estadual da Vila Sônia, na zona oeste de São Paulo. Outros três docentes e um estudante também foram machucados e o garoto, apreendido. A motivação ainda é investigada. 

O documento afirma que os profissionais da educação precisam ser formados para identificar alterações de comportamento dos jovens e fatores psicológicos. Cita ainda que é preciso ficar atento a “interesse incomum por assuntos violentos e atitudes violentas, recusa de falar com professoras e gestoras mulheres, agressividade e uso de expressões discriminatórias, e exaltação a ataques em ambientes educacionais ou religiosos”. 

Além disso, “é imprescindível um trabalho pedagógico em educação crítica da mídia e de combate à desinformação” e a presença permanente de psicólogos nas escolas, o que não é comum nas redes públicas. 

A tabulação dos casos indica que, até 2022, houve 16 ataques a escola no Brasil desde o início do ano 2000, quatro deles no segundo semestre do ano passado. Além das 35 mortes, foram 72 feridos. 

Nos Estados Unidos, onde o número de casos é o maior do mundo, foram 554 vítimas ao todo, 185 mortos e 369 feridos em ataques violentos à escolas. O relatório cita números tabulados pelo jornal The Washington Post até maio de 2022, que contabiliza 331 escolas atacadas e 311 mil crianças em idade escolar afetadas pelos tiroteios ou expostas a violência armada no país. 

 “Formulamos um caminho na transição, que pode ser aprimorado, mas algo precisa ser feito com urgência. Confesso que me preocupa a letargia dos governos municipais, estaduais e federal com o tema. As escolas precisam ser seguras e respeitadas”, diz o professor da Universidade de São Paulo (USP), um dos coordenadores do grupo de Educação na transição, Daniel Cara. Por Renata Cafardo.

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