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28 de fevereiro de 2023

MORREU HOJE, MEU AMIGO ROQUE ARAS

Morre Roque Aras, pai do procurador-geral da República, Augusto Aras

Amanheci hoje com uma notícia que me deixou muito triste e mais introspectivo sobre vida, morte, ressureição e reencarnação. Morreu em Salvador, nesta terça-feira (28), um das melhores personalidades que tive o privilégio de ter como amigo e com quem compartilhei bons momentos, ações e conversas políticas: Roque Aras.

Eu era Diretor Jurídico do Partido Verde da Bahia, sem contudo ser advogado, mas tinha como parceiro de PV, um dos melhores juristas do Brasil e que muito me ajudou naquela emprestada partidária e política: Roque Aras (90 anos), pai do procurador-geral da República, Augusto Aras. 

Toda vez que ele vinha visitar o sul da Bahia, era em minha residência que ele se hospedava e eu morava no bairro Pontalzinho, em frente ao cemitério, onde havia uma sacada em que nos debruçavamos, contemplando a vida e a morte, simbolizadas naquele belo, místico, misterioso e bem organizado Campo Santo.

Advogado de formação, Roque Aras foi juiz do Trabalho e instalou a 1ª Junta de Conciliação e Julgamento (JCJ) de Feira de Santana. Também enveredou na carreira política, tendo sido vereador na cidade de Feira de Santana em 1970, deputado estadual (1974), deputado federal (1978), presidente do MDB da Bahia e candidato ao Senado (1986). 

Atuou também como secretário da OAB-BA e como procurador-geral de Salvador. Aras foi aprovado no primeiro concurso para a Advocacia Geral da União (AGU). Roque Aras é homenageado pela Associação Nacional dos Advogados da União (ANAUNI) com um prêmio que leva o seu nome. A iniciativa destaca monografias de advogados da União.

Natural de Monte Santo, o baiano Roque Aras deixa esposa, Nélia Pimentel, cinco filhos - Augusto Aras, Lina Maria, Roque Aras Júnior, Wanessa Maria e Viviane -, netos, bisnetos e sobrinhos.

O falecimento hoje de Roque Aras, me mostra o quanto é necessário encarar a dor da perda de frente. Por mais que isso doa, massacre. É preciso ser forte, mas também nos permitir sofrer. A força é justamente reconhecer o tamanho da dor, vivê-la, tentar sobreviver a ela, e um dia transformar essa dor em saudade, sabedoria, maturidade.

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