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19 de agosto de 2022

ELEITOR QUE SE VENDE, VALE MUITO MENOS DO QUE RECEBE

A coisa pública é coisa séria. Não pode mais ser tratada com leviandade, com irresponsabilidade, como infelizmente tem ocorrido por décadas, em todas as esferas (municipal, estadual e federal).

Para quem culpa candidatos comprovadores de votos, pela avalanche de  corrupção nos poderes públicos, há de se acrescentar que essa culpa também deve ser estendida para eleitores que vendem seus votos, pois "sem o intrujão, não existe o ladrão"! Se a pessoa que vamos eleger não demonstrou vida ilibada (sem manchas), uma vida honesta até agora, não será de hoje para amanhã que vai fazê-lo. E se age de forma ilegal já agora ao comprar voto, imagine o que não fará depois que estiver no poder, com recursos financeiros oriundos dos impostos que pagamos!

O fato é que o voto não é somente um dever legal, mas sobretudo um direito muito caro ao regime democrático. E por que é caro? Porque a escolha que cada um faz no momento do voto acabará atingindo a todos durante todo o tempo do mandato daquele que foi escolhido e até além desse tempo, mediante as decisões e as votações do eleito, quer no comando do Poder Executivo (como Presidente da República ou Governador), quer na atividade de editar leis (no Congresso Nacional, caso dos Senadores e Deputados Federais, ou na Assembleia Legislativa, na hipótese dos Deputados Estaduais).

As decisões dos Poderes Executivo e Legislativo afetam a vida de todos, daí o alerta para que nós, eleitores, evitemos fazer do voto umammercadoria barata e procuremos nos informar muito bem sobre a vida pública anterior dos candidatos, e também de sua vida pessoal, de forma a possibilitar uma análise crítica e muito criteriosa sobre a pessoa que iremos colocar para decidir vários cenários de nossas próprias vidas em futuro muito próximo, inclusive no que diz respeito a aspectos da vida de nossos filhos também.

O eleitor tem a ampla liberdade de escolher em quem votar, e como seu voto tem aptidão para afetar a vida dos outros, tem que ser responsável nesta escolha, pois estará contribuindo para decidir sobre quem irá gerir não só o seu interesse, mas o interesse de todos, o interesse público. A compra de votos é uma conduta ilícita eleitoral punida com a cassação do registro ou do diploma do candidato e multa. Além disso, aquele que tenha sido condenado pela Justiça Eleitoral por captação ilícita de sufrágio, ou por corrupção eleitoral, posteriormente ficará inelegível por oito anos, segundo determina a Lei da Ficha Limpa.

Deveríamos reclamar, antes, de nós mesmos, de nossa desinformação, de nosso desinteresse em pesquisar a fundo a vida pública (e até privada) das pessoas que elegemos para dirigir os destinos de nossas vidas. O voto é fundamental, é o ato básico da democracia. É a manifestação republicana mais legítima. Vote consciente! Não venda o seu voto! Denuncie à Justiça Eleitoral qualquer tentativa de compra de votos.

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