Estamos sempre nos deparamos com oportunistas sem lealdade, que se valem do artifício destrutivo da falsidade, de estar falando algo, mas estar com intenções contrárias ao que está falando. Dão as mãos, num aperto de mãos que deveria servir para selar o pacto acordado por voz, e em determinado ponto do processo de ação e execução do que foi planejado revelam sua verdadeira identidade, que é um lixo, um monstro, mentiroso, duas caras…
Isso
gera, na outra pessoa, a destruição de tudo o que se estava acreditando,
baseado na palavra inicial do indivíduo mentiroso: a famosa decepção, a
transformação da expectativa em frustração. Isso vale para todos os casos nas
relações sociais, marido e esposa, pais e filhos, professores e alunos, patrões
e funcionários, o convívio social em geral deveria ser baseado na palavra.
Quem
não tem palavra não é nada e logo deixa de existir nos corações alheios. Pais,
filhos, profissionais, estudantes, amigos, governantes, população, todos são
obrigados a viver baseado em juramentos porque quem não cumpre o que fala vai
sendo evitado pelos outros, vai sendo rejeitado e acaba ficando sozinho, sem
ninguém ao seu redor.
Quem
não cumpre o que fala vai se isolando e acaba tendo o tipo de vida mais triste
que pode existir, ninguém quer a pessoa por perto. Quando a pessoa vai chegando
num lugar todos dizem: “Olha ali o fulano sem palavra, vamos sair antes que ele
venha nos cumprimentar e contar mentiras pra nós.” Sem contar que a confiança
quando é quebrada jamais se restabelece, sempre fica uma dúvida sobre o
mentiroso sem palavra.
Os
maridos mentem pras esposas que vão em determinado lugar, mas na verdade vão
trair a esposa e da mesma forma as esposas saem dizendo que vão em algum lugar,
mas na verdade vão encontrar o outro, o amante. Os filhos mentem para os pais,
por serem covardes e tentarem evitar que a verdade chegue aos pais para evitar
ouvir os sermões e receber a merecida punição, surra ou castigo, dependendo da
gravidade do que fizeram.
Nas
relações comerciais então é onde se concentra a imensa maioria de mentirosos,
que querem “tirar vantagem”, pegar atalho, dar um calote, vender algo inferior
ao oferecido por um preço maior do que o usual, esconder os defeitos de alguma
mercadoria para ganhar um pouco mais, manipular, ludibriar, mandar fazer o
serviço sem perguntar o preço e depois do serviço pronto querer diminuir o
preço, ficar ganhando tempo e enfim, as relações comerciais mostram o quanto o
ser humano é um lixo, trapaceador, sagaz, astuto, “esperto”, caloteiro,
mentiroso, traiçoeiro, manipulador, interesseiro, o ser humano em sua essência
é um monstro, isso porque nem falamos ainda da espionagem empresarial, da
sabotagem, dos crimes fiscais, sonegação, propina, corrupção, furtos, roubos a
até assassinatos.
Fica
nítido que no geral, a vasta maioria da população age assim, são assim, e usam
uma máscara de bom moço ou boa moça para disfarçar a podridão interna que vivem
e para poder conviver em sociedade e ser aceitos em grupos, mas são duas caras,
duas intenções. O mentiroso só quer vantagem pessoal, vê todos como seus
escravos, se acha superior aos demais e se considera acima da lei. Sendo assim
emite declarações falsas sem pensar nas consequências e arrasa com a vida
alheia para tirar vantagem.
Ao
estraçalhar a vida alheia com suas mentiras ele propaga a doença emocional dele
ao redor transformando pessoas puras de coração em pessoas arredias,
desconfiadas, com medo, deprimidas, tristes e em alguns casos se tornam
revoltados e passam a fazer com os outros o que fizeram com elas.
Ter palavra é tudo na vida. Cumprir o que fala é o que mostra se a pessoa presta ou não presta. Ter caráter, lealdade, honra, disciplina e boa índole são as qualidades dos realmente vencedores. Tanto a lei dos homens quanto a lei de Deus exigem que as pessoas falem a verdade, sob pena de punições pesadas, mas quem vive na mentira não entende o que é a verdade. Dessa forma os mentirosos serão isolados naturalmente e viverão entre si em seus grupinhos mentindo um para o outro e se destruindo um ao outro.
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