Estimativas divulgadas pela Organização Mundial de Saúde dão conta de que uma, em cada três mulheres no mundo, sofreu na vida violência física e/ou sexual, principalmente por parte do parceiro masculino, responsável por 38% dos assassinatos. No Brasil, em 2020, uma mulher foi morta a cada sete horas, sendo que mais da metade das vítimas perdeu a vida em casa.
A agressão ocorreu
pela condição de gênero, caracterizando o feminicídio, conforme aponta o
Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Na Bahia, os dados relativos à
violência contra a mulher depõem contra o histórico do governo Rui Costa (PT).
Estatísticas divulgadas pela USP e Fórum Brasileiro de Segurança Pública
posicionaram o Estado, como um dos mais violentos do Brasil.
Pelo Atlas da
Violência, ainda é escancarada outra realidade cruel na Bahia: 99% das mulheres
assassinadas em 2019 eram negras e em condição de maior vulnerabilidade social.
O estudo recomendou políticas públicas voltadas para o combate ao racismo e à
discriminação. Recentemente, a imprensa nacional destacou dados referentes ao
ano passado, quando a Bahia apareceu como campeão entre os demais Estados
nordestinos que mais registraram feminicídios.
Estamos sempre
externando nosso ponto de vista acerca da falta efetiva de ações do governo Rui
Costa em defesa da mulher, que também se sente desencorajada para denunciar seu
agressor, beneficiário da impunidade gestada pelo medo.
As delegacias
especializadas na Bahia não funcionam 24 horas nem estão disponíveis em
horários e dias críticos, quando as agressões costumam acontecer. Diante da
realidade real, faltam também campanhas continuadas de conscientização e
divulgação de fones de emergência, de modo a facilitar o mapa do caminho do
acolhimento.
Se o governo Rui Costa utilizasse a caneta governamental, em favor de políticas inclusivas e da causa da mulher, com a mesma sensibilidade que destina a farra de verbas publicitárias, para massificação de propaganda enganosa, a Bahias não figuraria nas estatísticas de maneira tão vexatória.
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