Nos últimos anos temos visto algumas prefeituras e governos estaduais, com enormes dificuldades iniciais de gestão, pois vivenciam o mesmo sofrimento a cada nova posse de mandato. Isso porque, o prefeito que tenta a reeleição e não consegue, enxuga, ao máximo o orçamento do ano subsequente, colocando em risco a administração, no primeiro ano de governo do seu sucessor. E em caso como o de Eunápolis, age criminosamente com sabotagens e sucateamentos, para problematizar e infernizar o primeiro ano da administração de quem o sucede!
Portanto,
os congressistas deveriam modificar a lei que prevê o orçamento anual para o
mês de julho, no mais tardar. Assim, o prefeito que tentar a reeleição não
poderá sufocar o seu adversário e estrangular investimentos na cidade em que
vive. Dito isto é que, tendo ele a intenção de administrar o município por mais
quatro anos, jamais irá sangrar seu orçamento para o próximo período. Vai que
ele se reelege. Onde buscará recursos para investimento?
Hoje,
o derrotado (a cada quatro anos), apresenta às Câmaras de Vereadores um
orçamento minguado e que não prevê folga ou novos investimentos para o
município. Quer tornar a vida do sucessor um “inferno” total. Um aperta daqui e
folga dali que não é possível fazer nada.
Alguns
prefeitos derrotados chegam ao disparate de fechar a prefeitura nos últimos
dias quase que dando férias coletivas aos servidores e, neste período, deleta
programas e projetos, retiram nomes de listas, fazem o “A limpa nos arquivos”
para que, o sucessor não saiba nem o que fazer. Em Eunápolis este fato foi alarmante
criminosamente premeditado. São listas de credores que desaparecem, notas que
não são encontradas, programas a serem instalados, enfim, é um Deus nos acuda
quando chega gente nova para assumir um mandato.
Se
os nossos representantes na Câmara Federal e Senado mudarem as regras, agora,
antecipando a apresentação de “Dotação orçamentária” para ano seguinte até
julho, evitará estes transtornos vivenciados em grande parte do País onde o
atual mandatário municipal não foi reeleito.
E,
o problema maior desta falta de senso e respeito com a “coisa pública” é que o
prefeito derrotado no último pleito diz que cuida de sua gente, seu povo. E não
tem o menor pudor em arrastar garganta para falar que ama sua cidade. Ora, que
falta de respeito com quem mora ao seu lado.
Quem age desta maneira não pode, e não deve, jamais representar um povo.
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