Estamos vivendo uma época muito interessante, cheia de controvérsias. Não podemos mais educar nossos filhos como nossos pais. Isso é ultrapassado. Os valores mudaram. Nós é que não mudamos. Continuamos nos mesmos erros, fazendo as mesmas artes porém com tecnologia avançada. Eu fugia da escola e ia brincar na rede de esgoto (que só foi ligada anos e anos depois) hoje as crianças fogem da escola também, para brincar nos computadores.
Isso
pode ser saudável se feito sem a intenção de nunca ir à escola. O que mudou na
nossa geração para a atual (nós da faixa dos mais de 30) que temos filhos
jovens, adolescentes e crianças é a motivação. Íamos brincar nas valetas e
soltar papagaios por diversão, não tínhamos a intenção de prejudicar,
desobedecer para mostrar poder, não tínhamos um coração ruim, cheio de maldade.
Ao
observar os garotos brincando na rua, vemos que as meninas não podem brincar
com eles, pois eles cometem atrocidades com elas. São maus, um caráter
duvidoso, abusam até fisicamente delas. E eu brinquei tanto com meninos que até
camisa trocávamos no pique esconde para sermos confundidos.
Sabe
o que realmente mudou, pensei. A educação. Minha mãe ou pai só olhava para nós
e abaixávamos a cabeça e corríamos para casa, sabendo que íamos apanhar pelo
erro cometido. Tínhamos uma consciência de erro e acerto desde muito cedo. Não
víamos desenho animado por causa da vida animada que tínhamos na vizinhança.
Dormíamos cedo para acordar cedo e aproveitar a vida ao máximo.
A
droga não fazia parte do nosso roteiro de brincadeiras, nem sabíamos o que era isso.
Nossa cabeça era livre, livre para correr, sorrir, irmos à casa um do outro, e
o melhor, nem portão tínhamos. Víamos tudo que ocorria lá fora, sem terror.
Precisamos
voltar à educação tradicional, claro com moderação em alguns atos, eu nunca
morri por apanhar da minha mãe, e sinceramente, agradeço pelas coças que tomei,
me fizeram ver o mundo bem mais educadamente e bem mais claro.
Precisamos
olhar para nossos filhos e eles saberem o que queremos, não nos responder como
se mandasse em nós e não ao contrário. Saber que limites não é imposto pela
escola ou amigos e sim por nós pais. Hoje com o consumismo a nossa porta cada
vez mais violento precisamos sair e ir ao trabalho, só que isso não altera a
minha postura de pai. O tempo em casa é de correção e amor. Nada de dar tudo só
porque estou fora muito tempo do dia.
A
hora de dormir sou eu quem defino e não ele grudado a TV, celular, ou
computador. Esses são a geração dos filhos pródigos (esbanjador, dissipador)
não tem responsabilidade com quase nada. Acham que tudo é fácil, trabalham
tarde e aprendem o que não deve muito cedo.
Mas
o fato é que somos responsáveis por esta geração sem limite e desordenada que
está circulando pelo mundo. Nós os fizemos assim. Precisamos mudar nosso
conceito rápido antes que não tenha mais tempo.
Filhos
obedeçam seus vossos pais, para que seus dias na terra sejam prolongados, ou
seja, para que você não morra cedo no crime, nas drogas e em más companhias.
Pais usem a vara, pois o coração da criança e cheio de tolices.
Precisamos
rever nossas famílias, nossos conceitos de liberdade e voltarmos para casa como
o filho pródigo que a Bíblia cita. Deixou a casa do pai, foi curtir a vida com
amigos de farra, gastou tudo e descobriu que somente com a família ele
conseguiria a verdadeira razão da vida e o sentido de viver.
Cristo Jesus está de braços abertos nos esperando retornar a razão da vida, uma vida de qualidade, com alegria. Termos o prazer de sermos mães e pais e não ficarmos desesperados a cada morte do bairro ou da cidade. Precisamos de paz e ela começa é na nossa casa e se estende ao mundo.
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