Observando as recentes cobranças de parlamentares oposicionistas do Legislativo baiano, por controle rígido dos gastos efetuados pelo governo do Estado, bem como as denúncias de fraudes, deve-se ressalvar que as reações estão escudadas em recorrentes motivos ofertados no curso das gestões petistas na Bahia.
O
histórico justifica a desconfiança. Bastaria citar os descasos a que são
submetidos a Controladoria Geral do Estado e os Tribunais de Contas dos
Municípios e do Estado, que deveria efetivamente fiscalizar a movimentação
financeira e orçamentária do governo estadual, mas funcionam com muitos servidores
nomeados em cargos de confiança - sob controle da caneta governamental.
Enquanto o
governador autoproclama a gestão como transparente, há de se alertar os baianos
e a bancada de oposição da Assembleia legislativa da Bahia, de que servidores
puramente comissionados não podem atuar na área fim de controle interno.
Motivos
realmente não faltam para aproximar ainda mais a lupa nessa reta final de
governo, em que o mandatário mistura o cotidiano de trabalho com gestos
eleitoreiros. E o histórico de corrupção dos governos petistas, engrossa com
fatos que permanecem até hoje sem o devido desfecho investigativo, como o
calote dos respiradores adquiridos pelo Estado. Em pleno sufoco da pandemia,
houve desembolso milionário que só prejuízo causou ao erário, pois o os
equipamentos nunca chegaram aos pacientes baianos acometidos pela Covid-19.
Há também de se
abrir procedimentos para investigar empreguismo e supersalários nas secretarias
estaduais. As denúncias podem fazer a Bahia entrar na história como o Estado
que, em plena pandemia, reintroduziu o vírus do marajaísmo no serviço público
estadual.
Diante da profusão de denúncias e da evidente ineficiência de controle interno pelo Poder Executivo, entende-se como natural a adoção de uma conduta rígida e transparente na execução do bilionário Orçamento do Estado para o novo ano que se avizinha.
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