O Ministério Público do Estado da Bahia, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco) e da 2ª e 3ª Promotorias de Justiça de Seabra, apresentou na terça-feira (21), a denúncia contra os suspeitos de integrar uma organização criminosa que atuava no tráfico de drogas na cidade de Seabra, na região da Chapada Diamantina.
Na denúncia da "Operação Casmurro", o MP relata a participação na organização criminosa de um delegado de polícia, quatro policiais civis, um agente administrativo e um empresário local, para a prática dos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, concussão, peculato e obstrução à Justiça.
Além da condenação dos acusados, o MP pediu que os policiais percam os cargos ou mandatos eletivos e também sejam proibidos de exercer qualquer função pública por oito anos após o cumprimento da pena.
Realizada pelo MP em conjunto com a Força Tarefa de combate a crimes praticados por policiais civis e militares, da Corregedoria da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP), a operação revelou que a polícia civil de Seabra descobriu uma plantação na zona rural em 2020. No entanto, no lugar de exterminar a plantação, permitiram a colheita mediante o pagamento de R$ 220 mil em propina.
O Ministério Público Estadual também apontou que os denunciados restabeleceram a estrutura para plantio e cultivo de maconha na propriedade rural, mas, após a deflagração da primeira fase da “Operação Casmurro”, realizaram apressada ação policial para “simular a descoberta da ‘recente plantação de maconha’, com o deliberado intuito de apagar as provas e vestígios de que o grupo continuava explorando, no mesmo local, novo plantio de droga”.
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