Pensar que, para acabar com a fome, basta oferecer bolsas disto ou daquilo e fazer campanhas para arrecadar alimentos, vestuário e calçados, podem estar com a melhor das intenções, mas é uma solução momentânea. Mais uma vez, estarão tratando o sintoma e não a doença. É o mesmo que uma pessoa com febre tomar um antitérmico. A febre baixa, mas a doença continua. O correto é
procurar um médico para diagnosticar o motivo da febre e combater a doença.Para atacar de
forma objetiva a fome, tem-se que reduzir o número de nascimento de famintos ao
mínimo. E onde eles estão? Lógico que, o maior contingente, está nas periferias
das grandes cidades. Enquanto não houver um programa do poder público, apoio da
iniciativa privada e população, com um trabalho social intenso nas periferias,
não haverá a mínima possibilidade de se chegar a um bom termo.
Equipes
disciplinares com médicos, enfermeiros e assistentes sociais devem ser
colocadas a campo para uma campanha intensa de planejamento familiar. Estas
equipes deveriam orientar as famílias, quanto aos problemas que podem ser
gerados quando tiverem grandes proles. Elas são passíveis de ter uma residência
ínfima, insalubre e sem as menores condições de higiene, alimentação, agasalho,
saúde, etc. Nessa campanha, deve-se debater a “paternidade e a maternidade
responsáveis”.
Só colocar no
mundo os filhos que poderão educar. Assim, estarão evitando que abandonem a
escola e ingressem no crime. A Lei que permite a Ligadura de Trompas para
homens e mulheres com mais de 25 anos, com dois filhos vivos, deveria proteger
o médico, caso a paciente se arrependa e venha processá-lo. Igualmente, mostrar
aos homens os prós e contras da vasectomia.
É uma ação que
reduziria os abortos em clínicas clandestinas, onde tantas mulheres são vítimas
de charlatães e ficam com graves sequelas para o resto da vida. Esse é um
trabalho de longo prazo e, enquanto não iniciar e apresentar bons resultados,
continuará sendo um programa de campanha para políticos a cada eleição,
oferecendo algo imprevisto que jamais resolverá o problema.
Deixando o tempo passar, se tornará insolúvel.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente no blog do Val Cabral.