Num país onde a Justiça não é séria, célere e justa, basta pagar 200 mil reais por Habeas Corpus, para ser beneficiado em caso de roubar 200 milhões de reais dos cofres públicos municipais e neste caso, "o crime compensa". Este fato explica as prisões estarem superlotadas por pretos, pobres e filhos de prostitutas e
bandidos do colarinho branco, no máximo, só pernoitarem no cárcere!O último espetáculo circense em Brasília terminou com um final já esperado por todos os eunapolitanos minimamente informados: Um desembargador do TRF1 concedeu Habeas Corpus para o casal de ex-prefeitos milionários e corruptos, Cláudia Oliveira (PSD) - Porto Seguro e Robério Oliveira (PSD) - Eunápolis, sob condição de pagarem 200 mil reais, para não permanecerem presos e submetidos ao frio, desconforto e humilhante condições que enfrentam pretos, pobres e filhos de prostitutas, nos presídios de Eunápolis e Teixeira de Freitas.
Há pouco mais de um ano, cerca de 5 mil condenados (ricos e poderosos) foram libertados. Como era esperado o ex-presidente Lula da Silva, condenado em três instâncias por corrupção e lavagem de dinheiro, foi o primeiro a ser libertado nessa levada de impunidade. Junto com Lula ganharam liberdade mais de uma dúzia de bandidos de colarinho branco presos pela Operação Lava Jato por assaltar os cofres públicos, um dos quais condenado a 123 anos de prisão.
O STF que nunca liberta pretos, pobres e filhos de prostitutas, tem o álibi de que ninguém (Brancos, ricos, políticos, governantes...) pode ser considerado culpado e, portanto, preso sem se esgotarem todos os recursos. Ou seja, com um bom advogado, o bandido rico jamais irá para a cadeia e quando há exceção, essa prisão não dura mais que um pernoite. Isso porque os recursos não terminam nunca – só Lula apresentou mais de 140 -, e um julgamento final pode demorar até 40 anos.
Talvez estes fatos expliquem o desembargador do TRF1 e relator do processo da Operação Fraternos em Brasília, Ney Bello, não ter visto razões jurídicas para manter a prisão preventiva decretada pelo juiz federal da Vara Federal de Eunápolis contra o casal de milionários e corruptos ex-prefeitos Robério e Cláudia, nem do ex vice-prefeito de Porto Seguro, Beto Axé Moi. Não temos informações sobre os recursos dos demais investigados também punidos com prisão preventiva na 2ª fase da operação, deflagrada no último dia 15 passado (terça-feira), no caso 3 empresários.
Os advogados de Robério, Cláudia e Beto conseguiram reverter a prisão em medidas cautelares, sendo que o casal teve de pagar fiança de R$100 mil cada um, para não terem mais uma noite no presídio. Diante da decisão de Brasília, o prefeito de Cabrália, Agnelo Santos (PSD), deve retornar ao cargo a qualquer momento, já que foi afastado com base nos mesmos motivos que o relator da Fraternos não reconhece como legítimos.
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