2020
foi um dos anos mais trágicos da história brasileira e da humanidade. Um ano
que expôs toda a fragilidade, pequenez, mesquinharia e ganância do ser humano.
Imaginei, em um primeiro momento, que a pandemia da Covid-19 despertaria a
noção de sermos mais generosos, solidários e empáticos com as pessoas.
Pelos padrões de comportamento que temos observado, entretanto, não são estes os sentimentos que predominam no convívio da sociedade. O que
constatamos é o descaso pelas vidas humanas, o ódio pelos que pensam de forma divergente dos valores estabelecidos e a falta de amor ao próximo. Estamos submetidos a um modelo
imposto pela pura ignorância intelectual e intolerância ideológica. A grave
crise que estamos enfrentando não é de natureza política, econômica ou social,
mas, sobretudo, vivemos uma crise de valores éticos e humanos. O problema não é
de consciência de classe, de raça ou de gênero e sim de consciência moral.
Percebo que diminui cada vez mais, a possibilidade de nos conectarmos
democraticamente.
A
sociedade brasileira está cada vez mais fragmentada, sem uma mínima capacidade
de aglutinação em torno de uma agenda comum. Está cada vez mais óbvio que a
tática do governo corrupto, inerte e incompetente de Rui Costa (PT), se inspira
no maquiavelismo de “enganar para governar”. O certo seria até dizer que temos
uma ausência de governo na Bahia. O que prevalece é o discurso ideologizado de
um pretensioso petismo, substituindo a ação administrativa e governamental.
Tivemos mais um ano perdido, marcado
pelo retrocesso da pauta de costumes e por uma desastrosa política pública, que
tem levado a Bahia a níveis perigosos de insegurança, retrocesso, desemprego e
empobrecimento. Isto tudo resulta da inércia de um governo incapaz de alavancar
metas desenvolvimentistas.
Não
devemos esquecer estes 365 dias desesperadores, que marcará 2020 na nossa
história. Um Ano patenteado por milhares de mortes, pelo retorno do Bahia a
liderança no mapa da violência e índices vergonhosos na qualidade de saúde e
educação.
Talvez a ficha comece a cair para a maioria das pessoas daqui para frente. O ano de 2020 jamais será esquecido, pois como no clássico filme dirigido por Joel Schumacher, “O primeiro ano do resto de nossas vidas”, de 1985, as consequências deste ano desastroso serão sentidas nas próximas três décadas e marcará tragicamente uma geração que vivenciará tempos sombrios, fruto dos nossos próprios equívocos.
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