Já
dentro do novo ano, Prefeitos dos mais de 5 mil municípios brasileiros tomam
posse hoje com grandes desafios, principalmente pelo fim do socorro que a União
concedeu em 2020 por causa da pandemia do novo coronavírus. Informações
oficiais mostram, que as cidades receberam recursos neste ano mais do que
precisavam para compensar a perda de arrecadação. Os repasses asseguraram alta das
receitas dessas cidades.
Sem essa ajuda extra, o equilíbrio das contas das prefeituras dependerá e muito da recuperação da atividade econômica, ainda incerta diante do
recrudescimento da pandemia e do risco de novos fechamentos forçados.Os
gestores precisarão adotar medidas para estimular especialmente os serviços,
maior fonte de arrecadação municipal. Enquanto isso, lidarão com as diversas
demandas e terão de tirar leite de pedra para investir em setores cruciais para
melhorar a qualidade de vida da população, como educação, saúde e mobilidade.
Mesmo
antes da pandemia, a maioria absoluta dos municípios brasileiros tinham uma
situação fiscal considerada critica. Muitos deles não se sustentavam, ou seja,
a receita arrecadada era insuficiente para custear a máquina pública. Se do
lado da arrecadação o momento é difícil, no lado das despesas os gastos vêm
sofrendo pressão pelo aumento da demanda por serviços públicos, principalmente
de saúde e educação.
Essas
duas áreas vão exigir ainda mais atenção do poder público. A pandemia acabou
represando muitas demandas referentes a outras doenças, e o aumento do
desemprego fez muita gente desistir dos planos de saúde. Na educação, é preciso
resolver a questão da volta às aulas presenciais e atendimento nas creches.
Cada município tem problemas próprios e soluções que levam em conta o contexto local. O momento é de vacas magras e problemas de sobra. Cabe aos novos prefeitos – e também àqueles que foram reeleitos –agirem com prudência, sabedoria e competência na aplicação de cada centavo para que tenhamos novos tempos a partir de agora.
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