Ontem, partiu para a eternidade o meu tio Gleide Santana, atingido por
esse misterioso ataque cardíaco, que tem, súbita e sorrateiramente, destruído
muitas vidas humanas. Sempre alegre, otimista, adorava uma cervejinha, jogar
dominó e ao lado de sua amada esposa Tereza, que também partiu recentemente,
construiu uma linda família, que sempre foi o tesouro de sua vida.
Que ele esteja na paz do Senhor, ao lado de seus pais Jacinto Santana e Maria Senhora; e de seus irmãos Edmundo, Zito, Hermes, Vado e minha saudosa e amada mãe Nice. Ele plantou em sua caminhada terrena sementes de
amor que germinaram e cresceram. Saudades imensas já temos dele, de momentos vividos, de momentos inesquecíveis e de solidariedade. A perda mais dolorosa para nós,
seres humanos, é a morte de nossos entes queridos. A vida, vivida em plenitude,
em paz de espírito, é um prêmio quando se alonga. No final de sua longa vida, o
meu querido amigo nonagenário, Hermegenildo da Rosemblait, costumava repetir: “desejaria
tanto viver mais de um século. Não que tema a morte, mas porque me extasio com
a vida”.
Era
o caso do meu tio Gleide, um verdadeiro apaixonado pela vida. A grande arte da
vida é fazer da vida uma obra de arte. O padre Roque diz muito bem: “Como os
poetas, os homens de fé vivem com toda a intensidade a angústia e o deslumbramento
da condição humana”.
A
vida vai passando, meu caro leitor, mas enquanto ela existe, apesar dos
obstáculos do mundo moderno, seja apaixonado por ela como foi o próprio Cristo
e o próprio tio Gleide. Meu caro tio Gleide: conquistastes a vida desejada, na
sua área como bancário competente, como pai e avô exemplar, deixastes exemplos
de vida notáveis, plantando sementes de amor, que se tornaram inesquecíveis.
Há
um texto de um autor desconhecido que ele diz: “Em vez de dizer a Deus que você
tem um grande problema, diga ao seu problema, que você tem um grande Deus”. É
verdade, é preciso ter fé para enfrentar as dificuldades. Assim pensava tio
Gleide e tinha razão.
Nascemos
e morremos entre o choro e o riso, e é com as tintas do sentimental e do real
que cada um vai escrevendo os capítulos do livro de sua própria vida. Dizem os
poetas do sonho que a fantasia do viver está na própria vida.
Lembre-se sempre que os pensamentos negativos nos envenenam, cortam a nossa paz de espírito e quebram a harmonia do nosso corpo. O problema do sofrimento, sempre abala profundamente o ser humano, especialmente quando atinge pessoas boas, inocentes. Diante de todo o sofrimento inesperado, na angústia que aquela pessoa passa, perguntamos: porque Deus permitiu isso. É um mistério! Viver em plenitude é o segredo de uma vida feliz. Tudo tem o seu tempo. A hora da chegada e a hora da partida. Tio Gleide viveu imensamente feliz, fazendo o que gostava, convivendo com pessoas que estimava, com uma família linda, tendo grandes objetivos na vida. Ele jamais será esquecido por todos nós. Descanse em paz.
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