É necessário resistir, pois dias melhores virão! |
Caos. Fome.
Pobreza. Brutalidade. Violência. Tristeza. Bilhões batalhando apenas para
sobreviver. A vida parece um filme de terror. O vírus mais perigoso do mundo
tomou conta de tudo e todos, atrapalhando os avanços que a raça humana tinha
plena capacidade de realizar. O futuro é sombrio, e as pessoas perderam a
esperança. O foco é um só: não morrer. A vida perdeu o brilho.
Não estou falando
do novo Coronavírus. É claro que temos de ser cautelosos em relação a ele
também, tomando as precauções necessárias. E é óbvio que
os governos tem de
agir com firmeza contra a propagação exponencial dele. Estou confiante de que,
no Brasil, a situação não será tão grave como foi em países como a Itália,
talvez o exemplo mais triste do potencial destrutivo desse germe; mas, a
despeito de todos os esforços empreendidos em nossa nação, é possível que
enfrentemos severas restrições nas próximas semanas ou nos próximos meses.
Você, eu, todos nós temos de estar prontos para isso.
Tampouco me refiro
à pandemia provocada pelo Influenza em 1968, com seus mais de 1 milhão de
mortos, ou à peste bubônica, que no século XIV ceifou a vida de aproximadamente
200 milhões de pessoas. Para efeito de comparação, até agora, dos que padeceram
da doença provocada pelo Covid19, pouco mais de 250 mil faleceram. A
tuberculose, por sua vez, mata anualmente cerca de 2 milhões de indivíduos. A
gripe comum, sozinha, leva 650 mil pessoas a óbito todos os anos.
Minha intenção,
aqui, não é reduzir a relevância do Coronavírus. Uma única vida a menos já é
demais. Ora, estamos falando de pais, avós, mães e filhos nesse rol de milhares
falecidos! Muito triste. As famílias de cada um deles têm meus sinceros
sentimentos. Deve ser uma dor inimaginável.
Contudo, embora eu
lamente profundamente cada vida perdida para os surtos, epidemias e pandemias
enfrentadas pela humanidade ao longo da história, tenho de lembrar que há um
agente mais nocivo do que todas elas juntas. É um agente que sempre existiu,
mas que não tem natureza biológica. Não se transmite pelo ar, por relações
íntimas ou pela picada de um mosquito. Esse “germe” não é contagioso no sentido
estrito do termo, mas pode ser transmitido de pessoa a pessoa com muita, muita
facilidade. O maior “vírus” de todos os tempos é o medo. O cenário apocalíptico
ao qual me referi no início do texto remete ao que seria de nossas vidas se
todos estivéssemos travados, atingidos em cheio por ele.
E olhe que, até
certo grau, sentir medo é algo positivo. Reflete prudência, virtude essencial
em alguns contextos. O medo nos obriga a agir de forma preventiva, exatamente
como estamos fazendo neste momento, quando a ameaça do Covid19 avança sobre
todo o globo. O problema é que, se o temor e o receio ultrapassam o razoável,
nos paralisam.
Reflita comigo: um
mundo tomado pelo medo seria um lugar onde as pessoas voltaram as costas a toda
inovação que havia nos conduzido ao que chamamos de modernidade; um local onde
uma proporção cada vez maior de gente teria o mínimo de dignidade. Não fossem
as invenções e descobertas dos últimos milênios, que ocorreram graças à coragem
de quem avançou apesar do medo (de errar, de ser objeto de críticas, de ser
morto pelos poderosos de sua época), não teríamos chegado aos dias de hoje
usufruindo de tanta qualidade de vida.
Diga o que quiser,
mas é preciso reconhecer: vivemos na melhor era da história humana. Nunca
estivemos tão prontos para enfrentar um desafio biológico como o do novo
Coronavírus. Basta pensar que, antes, pandemias matavam dezenas de milhões de
pessoas em poucos meses ou anos. O mundo, tal como o conhecemos hoje, no qual
há menos miséria, fome e doença, só existe porque inúmeros indivíduos, em sua
época, não se renderam ao medo. Ao contrário: desafiaram crenças, dogmas e adversidades
e inovaram de alguma forma que se mostrou positiva para a coletividade.
Não estou
defendendo que devemos deixar de temer o perigo. Nada disso. Já disse outras
vezes e repito: ter medo é absolutamente normal. O que quero é passar a
mensagem de que devemos agir e avançar apesar dele. Precisamos reverter a
influência negativa do temor para alcançarmos resultados positivos.
Ninguém sabe ao
certo o que nos espera nas próximas semanas e nos próximos meses. Nesse
contexto, muitas pessoas, com medo do que pode acontecer, vão desacelerar
bastante. Boa parte delas provavelmente serão ainda mais radicais, desistindo
dos seus sonhos e parando com os estudos de vez. Não cometa esse erro, meu
amigo, minha amiga. Este é um ponto de inflexão na história, e pode ser também
na sua vida. Quem persistir agora estará mais bem-preparado para os dias que
seguirão depois do Covid-19 ser debelado.
Não desista.
Passaremos juntos por este momento difícil, e venceremos!
Percebe como acaba
de se abrir uma enorme janela de oportunidade para você? Se sim, comente
abaixo: “Vou vencer o medo”, e siga em frente!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente no blog do Val Cabral.