Para sermos felizes não devemos ser o que os outros querem que sejamos e sim nos aceitarmos com nossas limitações e possibilidades. |
Desde que nos compreendemos “gente”
questionamos a existência de outros seres nos mais diversos planetas espalhados
pela imensidão das galáxias. Quanto a isso ainda não podemos trocar ideias,
talvez porque precisemos entender primeiro o que nos cerca, respeitar primeiro
o que convive conosco, olhar nos olhos primeiro dos nossos pares. Aqui, na
Terra, tão azul, às vezes não mais tanto assim, convivem com o homem milhões de
outros seres vivos, ou
seja, não estamos sozinhos, não chegamos primeiro, não
somos independentes e autossuficientes, mas vivemos como se fôssemos e sem
perceber que a maior função de todas as demais espécies vivas é contribuir com
o bem-estar do ser humano. E essa não é uma conversa sobre Biologia, essa é uma
conversa sobre respeito! Infelizmente temos vividos dias tão sombrios, que não
é possível conferir em pequenos gestos sentimentos de benevolência, empatia,
piedade ou deferência. Cada um de nós vive em um mundo limitado a suas próprias
convicções e as diferenças ligam o botão genioso da intolerância. Tudo isso é
tão assustador que palavras como compartilhar, tolerância, respeito, amizade e
gentileza parece que viraram conceitos desassociáveis das escolas de Educação
Básica, como se amor, educação e respeito não se originassem no lar. Além
disso, há um repúdio coletivo a tudo que se apresenta como diferente daquilo
que se é, seja a religião, a cor da pele, a sexualidade, a condição social, o
peso corporal, tudo isso ou, com perdão pela liberdade em dizer, nada disso, é
motivo para acessos de xingamentos, mortes, violências, críticas, humilhações,
todas elas expondo a face mais vil e quem sabe, verdadeira, dos que se julgam
superiores por serem mais magros, mais ricos, mais brancos, mais… Mas… aos
olhos de quem? Assim, em toda a história dessa humanidade que conhecemos e que
hoje, nem sabemos mais se merece ainda esse título, sempre houve gays, negros,
pobres, gordos e ateus, mas nunca nenhuma guerra em nome destas bandeiras. E
por aqui, se nos resta ainda um pouco de humanidade, vamos pensar que somos
apenas diferentes dos outros indivíduos. Isso não muda nada em nó. Nós só
precisamos, temos obrigação de respeitar o outro, quem sabe assim sejamos, de
fato, humanos.
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