Aceitar a mentira dos outros, é tão inapropriado quanto mentir! |
Viver a vida ou se
afogar em um mar interminável de preocupações? Este é um dilema mais do que
aceitável em um mundo como o nosso. Um mundo em que informações são
bombardeadas a todo instante aos nossos cotidianos, sem ao menos pedir licença.
E, na maioria de vezes, elas não têm um final feliz. São notícias sobre
tragédias ambientais, mudanças climáticas, escassez de recursos naturais,
desmatamento, extinção de espécies, buraco na camada de ozônio, poluição… e o
Rio Cachoeira que foi transformado em esgoto a céu aberto, no
centro da cidade
de Itabuna. Todos são assuntos que parecem distante da nossa realidade. Como se
estivessem acontecendo em uma galáxia muito distante, em um tempo diferente do
nosso. E nos tornasse impotentes quanto à solução deles. Mas que, ao mesmo
tempo, aprendemos desde cedo, ainda na escola, que não são. Eles estão mais
perto do que se imagina, reivindicando que façamos a tal da ‘nossa parte’.
Presentes em nossas vidas, lutando para que nossas mentes em negação os
enxerguem. E, como todo bom oprimido, eles um dia deixam esta condição para e
tornarem opressores. O meio ambiente deixa de ser vítima e passa a ser nocivo.
Vira vilão. Só que a natureza não destrói as construções, as proezas dos homens
à toa. Não é ao acaso e muito menos são catástrofes planejadas. Elas
simplesmente acontecem, como uma reação a nossas ações. E aí entra a dualidade
da reflexão: os culpados são ‘eu’ ou ‘nós’. Fatos ou alarmismos. Ficção ou
realidade. No que acreditar? Talvez as pessoas devam parar de buscar uma
resposta em tudo o que veem na TV ou leem na internet. Tenha certeza que
aprender a prestar mais atenção no seu dia-a-dia vai te dar mais certezas do
que questionamentos. E as perguntas que, por ventura, surgirem, saiba que faz
parte da sua jornada rumo a uma consciência mais correta. Da sua eterna busca
por uma resolução. Vivemos em um Estado que sobrevive graças a suas riquezas
naturais. E quando as desrespeitamos, há alagações, o rio toma conta de
estradas, temporais teimam em se repetir e frentes frias não se cansam de mudar
nosso tempo. Tudo fica imprevisível. Consequências. E tudo isso só leva uma
conclusão final: precisamos ler mais, nos informar e compreender melhor este
mundo incrível e complexo que nos cerca. Mas esta expansão de nossos horizontes
sobre a realidade que segue o seu ritmo natural e atropela o comodismo das
rotinas pacatas de maior parte da população deve ser maior do que conceitos.
Maior do que planos, ações coletivas ou palestras sobre meio ambiente. O
primeiro sopro de consciência deve ser subjetivo. Partir de cada um, enxergando
o curso da sua vida. Partir do individual até uma onda mais coletiva. Pense
nisso… Afinal, são com as ideias que tudo começa.
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