Não é conveniente eleger vereador subserviente a quem ele deveria fiscalizar e com isto fazer a prefeitura deixar de permanecer sob controle de corruptos! |
O vereador tem dever de mostrar os
problemas da comunidade e buscar providências junto aos órgãos competentes. Mas
não é só isso. Cabe-lhe também a função de fiscalizar as contas do Poder
Executivo Municipal e do próprio Legislativo. Um dos pré-requisitos básicos da
democracia é a existência de um Poder Legislativo forte e realmente
independente. Sem isso, a democracia é deficiente, capenga. Em Itabuna, apesar
das leis falarem claramente em “poderes independentes e harmônicos entre si”,
ainda falta muito para que isso vire realidade. Lamentavelmente, as
contradições são fáceis de serem percebidas quando acompanhamos as ações e
pronunciamentos oficiais dos nossos parlamentares, em sua maioria, subserviente
e fiel aos interesses políticos e econômicos do prefeito. Em especial na Câmara
Municipal de Itabuna, é vergonhoso. O prefeito Fernando Gomes (Cuma) detém a
maioria dos vereadores os quais mantêm com um “empreguinho” para parente, um
benefício aqui, outro ali” e assim, fica cada vez mais distante do verdadeiro
papel do vereador, passando a ser apenas mais um encabrestado, boneco de ventríloquo,
lacaio e marionete. Infelizmente, parece que nem todos legisladores itabunenses
sabem que cabe ao vereador, expor os problemas da comunidade e buscar
providências junto aos órgãos competentes. Mas não é só isso; que também
cabe-lhe a função de fiscalizar as contas do Poder Executivo Municipal, os atos
do prefeito, denunciando o que estiver ilegal ou imoral à população e aos
órgãos competentes. E que o vereador é o fiscal do dinheiro público. Estes
fatos nos fazem perguntar: será que o vereador que presta apoio político
incondicional ao prefeito em troca de “benefícios” pessoais, exercerá
livremente a função de fiscalizá-lo? Não. E é isso que acontece em Itabuna.
Isso precisa ser mudado. Vereador deve ser independente, atuante, polêmico, e
deve sempre ter a coragem de concordar com o que considerar certo e discordar
do que considerar que esteja errado. Deve agir com conhecimento e desarmado de
ódios ou rancores. Precisamos de vereadores atuantes, dispostos a romperem com
os costumes persistentes de subserviência e vício. O vereador deve agir sem
apego a benefícios pecuniários. Ele deve usar, com disposição, a prerrogativa
de denunciar possíveis fraudes envolvendo dinheiro público, sobretudo pela
tendência descentralizadora existente, pois recursos estão indo direto para as
mãos do prefeito, como é o caso do Ensino Fundamental. Por sua vez a população
deve observar e cobrar de seus representantes. Aliás, a população precisa
freqüentar as reuniões do Legislativo Municipal, para saber como estão se
comportando os “representantes do povo”. Vereador consciente contribui
efetivamente para o desenvolvimento humano do seu município, ajudando o povo a
pensar e se organizar. E povo esclarecido exerce bem o seu direito de escolha,
quando chamado às urnas para indicar sua representação. Mas vereador lacaio de
prefeito é tão ruim quanto eleitor que elege e reelege esse tipo de parlamentar
parasita!
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