O cúmulo do orgulho é desprezar-se a si próprio! |
No
dicionário é possível encontrar dois tipos de conceito para a palavra orgulho.
A primeira diz o seguinte: sentimento de prazer, de grande satisfação com o
próprio valor, com a própria honra. Já a segunda afirma que o orgulho é:
sentimento egoísta, admiração pelo próprio mérito, excesso de amor-próprio;
arrogância, soberba. Do primeiro, posso dizer que é essencial para o
nosso dia a dia e serve como um gás para buscar novas conquistas. Contudo, é
sobre a segunda definição que irei falar. Nos últimos dias observei
situações ao meu redor e percebi o quanto, apesar de tão evoluídos, ainda
deixamos o orgulho destruir laços importantes em nossas vidas. Afinal,
quem nunca ficou sem dar o primeiro passo só porque queria que o outro se
desculpasse antes? Eu cresci rodeado de pessoas com um orgulho forte e,
talvez por isso, acabei alimentando esse sentimento por muito tempo em mim.
Mas, hoje posso dizer que mudei o cardápio. O orgulho é um prato frio,
insosso, mal temperado e de péssima aparência. Você definitivamente não deveria
se alimentar dele. Só nas últimas duas semanas, quase vi um casamento se
desfazer por causa desse sentimento. Nem ela e nem ele queriam abrir mão da voz
da razão. E, nessa de fazer questão em ser o certo na história, quase destroem
uma família. Amizades também acabam assim. As brigas existem, mas o mais
importante é como lidamos com o pós-briga. É aquela: ou escolho ter a razão ou
ser feliz. Quantas boas oportunidades na vida nós já perdemos por conta
do orgulho? Quantas vezes já deixamos isso transparecer no nosso ambiente
familiar, na escola, faculdade e até mesmo no trabalho? É preciso ter
cuidado para que esse alimento não contamine a nossa alma. Pessoas são
os seres mais complexos que existem no mundo, em minha opinião, e conviver com
eles, às vezes, é tenso. É preciso equilíbrio mental para executar tal tarefa.
Mas, deixar que esse sentimento egoísta destrua nossas vidas não parece o certo.
Eu troquei o cardápio faz um bom tempo e sempre que me pego traindo a dieta e
me alimentando do orgulho outra vez, tento me corrigir. É o melhor a se fazer.
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