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25 de fevereiro de 2018

AINDA ESTAMOS ASFIXIADOS E DESESPERANÇADOS

Indicadores econômicos positivos não estão nos contemplando
O otimismo é o primeiro passo para superar um momento difícil. No entanto, ligar o botão do “tá tudo legal” não implica em cega ignorância quanto aos desafios que impõe o processo de recuperação. Toda realidade tem dois lados, dois polos. Um positivo e outro negativo. Desde o final do ano passado, falamos em superação da crise política e econômica que o Brasil ficou imerso nos últimos anos, de usurpação dos petistas e seus comparsas ao erário. Indicadores demonstram um cenário muito melhor do que o de anos anteriores. São ótimas notícias. As melhores possíveis, e que dão ânimo para termos um 2018 pautado em retomar um Brasil melhor, maior, gigante pela própria natureza. Só que, antes de cogitarmos um ‘fim épico’ para a crise, antes de acreditarmos estar colocando o último prego no caixão dela, ainda precisamos lidar com alguma de suas consequências mais cruéis. A falta de oportunidades e renda condenou milhões de brasileiros à miséria, inúmeras famílias foram despedaçadas por filhos(as) que ingressaram no mundo do trágico, o crime se fortaleceu até atingir o patamar de organizado, e as instituições perderam força diante dele. Nossa crise não foi superada. Pelo menos não enquanto facções se proclamarem donas de periferias, e taxas de homicídios não pararem de crescer. Os números e cifras podem ter melhorado, mas do que adianta um comércio, um varejo, uma indústria ascendente em meio a um país atolado na insegurança? Do que adianta ‘não estarmos em crise’ se nossos jovens preferem ser traficantes do que ser trabalhadores assalariados? Falar de Segurança Pública é sinônimo de problema em qualquer lugar do Brasil. Não adianta dizer que é coisa de Raios A, B e DMP ou de PCC e Comando Vermelho. É só ligar o noticiário ou abrir a homepage de sites de notícias nacionais. Por exemplo, as seguintes manchetes: “Morre terceiro policial militar na Bahia em 2018”; “Presos promovem rebeliões em presídios baianos”; “Polícia do sul da Bahia prende suspeito de raptar e estuprar um bebê de 4 meses na cidade de Belmonte”, etc, etc, etc. Portanto, falar em ‘fim da crise’ é bom. É uma esperança de dias melhores no futuro. Mas isso não pode tirar o foco de que ainda temos muito a superar. Não somos mais uma Bahia da paz. Não somos mais a terra da paixão pelo Carnaval ou pelos festejos juninos e belas praias. Hoje somos um Estado cruel, de corruptos, crimes pesados, leis frouxas, e consumidor de drogas, muitas drogas. Isso é que precisa mudar. Se não formos fortes o suficiente para essa mudança, então, a crise será nossa eterna sina.

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