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Câmara

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27 de fevereiro de 2018

É PRECISO QUE SE DURMA COM UM OLHA FECHADO E OUTRO ABERTO

Fake e as próximas eleições deverão ser como irmãs siamesas!
Em um oceano de informação que se transformou a internet, há aquele "esgoto" chamado fake news. Notícias falsas e inverdades que circulam na rede e que podem causar danos enormes com consequências inimagináveis. E elas não demoram muito a aparecer. Propagaram exaustivamente a nomeação para o primeiro escalão do governo Rui Costa, do corrupto ex-prefeito de Itabuna, Geraldo Simões e o próprio governador teve que revelar os nomes que serão nomeados, sem citar o petista nascate de emendas parlamentares. Textos semelhantes, com conteúdos diversos e falsos, viralizam na internet e prestam um desserviço à iniciativa e à população. Quando se olha por outro ângulo, no entanto, é possível enxergar algum mérito na disseminação de notícias falsas. Avanços e soluções que beneficiam uma grande parcela da população geralmente surgem de problemas que desencadeiam essa busca. É assim com a cura para doenças, desastres de avião e por aí vai. No caso das notícias falsas há uma motivação das empresas, principalmente as de comunicação e aquelas que disponibilizam notícias virtualmente, na busca pela credibilidade, seja na criação de um filtro que detecte ou elimine as suspeitas de inverdade ou em um selo que alerte para informações que não tenham sido verificadas. Sites como Bing e Google já tomaram essa providência, sendo que o último expandiu essa novidade para o Brasil recentemente. Este fato revela que a disseminação de notícias falsas é uma preocupação global já que corrói a credibilidade da imprensa e interfere no direito das pessoas à informação. Ao mesmo tempo, é preciso estar alerta a uma possível promoção da censura, que também deve ser combatida. O que se previu no início da internet como o acesso direto e descomplicado à informação, que levaria a uma época de conhecimento equalizado e democrático, está tomando um rumo diferente com a desinformação generalizada, seja por conta da velocidade com que essa informação (verdadeira ou falsa) é transmitida, ou a ausência de uma curadoria que leve um pouco de senso crítico ao que é veiculado na internet. As exigências de checagem vêm no sentido de cobrir essa lacuna. Ou pelo menos, tentar. Mas cabe também à população a sua parcela de responsabilidade nessa seara, estando sempre alerta para não formar opinião sobre notícias falsas e, principalmente, para não passar adiante essa opinião equivocada. Daí para os preconceitos e agressões variadas é um pulo. Manter uma postura de desconfiança em relação ao que se acessa, verificar a data de publicação do conteúdo, questionar o interesse do autor e verificar o endereço virtual são algumas dicas das autoridades para confirmar e confiar nas informações que circulam nas redes.

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