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12 de janeiro de 2018

É PRECISO SEPARAR O JOIO DO TRIGO

Não se pode confundir assédio sexual com galanteios!
Cuidado com o que pensa e o que fala, esqueça elogios, gestos carinhosos e admiração por uma mulher. Nada de convite para um drink e um simples beijinho no rosto, um abraço afetuoso, claro, isso pode lhe condenar por tentativa de assédio. Se for receber uma colega para tratar de assunto de trabalho cuide de deixar a porta da sala escancarada para evitar qualquer tipo de suspeita de abuso. Pelo sim, pelo não, converse de cabeça baixa, pois um simples olho no olho poderá ser interpretado como atitude inconveniente e a interlocutora se transformar em vítima denunciando o “cara de pau” que lhe encarou. Essas são as novas regras do jogo na relação homem e mulher após os últimos eventos ocorridos no presente e resgatado do passado bem distante. Assédio é crime previsto no Código Penal Brasileiro há quase duas décadas. A revista Veja desta semana trouxe matéria com o título: “Não senhores, não pode mais”, assinada pelos jornalistas Fernanda Bassette e João Pedroso de Campos, que, no meu modesto entendimento deixa transparecer certo exagero com tema que deve e tem que ser tratado com a importância que merece. Empresas já preparam seus colaboradores masculinos para que se mantenham distantes e evitem algumas atitudes no ambiente de trabalho com colegas do sexo oposto, principalmente os chefes. Quem poderia imaginar que em tempos de tanta independência, avanços culturais e tecnológicos seria isso possível acontecer na relação entre colegas trabalhadores? Escreveu o jornalista e escritor Carlos Heitor Cony, morto neste final de semana: “Minha grande dúvida: foi o macaco que melhorou ou foi o homem que piorou?”. Uma denúncia vazia, sem prova ou testemunho, pode levar um cidadão aos tribunais da sociedade e da justiça condenado como insolente tarado sexual. Basta a mulher, por um sentimento de rejeição, ciúme, um desequilíbrio psicológico, denunciar o infeliz colocando-se na condição de vítima de assédio. “Gestos como abrir a porta, por exemplo, uma manifestação de cavalheirismo para a maioria, já podem parecer ofensivos para algumas mulheres, que enxergam ali um galanteio indevido”, escrevem os autores da matéria na revista. Tocar numa mulher abusivamente, insinuar gestos pornográficos nos transportes públicos ou onde quer que seja; persegui-la no trabalho e no convívio social com atitudes claramente machistas e abusivas. Esse elemento deve ser punido com rigor por explícito desrespeito e assédio. O combate à violência sexual contra as mulheres é uma luta sem tréguas. Infelizmente, elas continuam vítimas às vezes fragilizadas em qualquer idade, dentro das suas próprias casas. O histórico é longo e chocante! A intolerância passa dos limites. As pessoas não constroem lares, famílias, sem antes se envolverem com os encantos da sedução, palavras elogiosas, troca de olhares, paixão que explode no coração e se faz amor para uma vida inteira. É preciso ter cuidado para não confundir uma respeitosa e cavalheiresca simpatia, o elogio ao suave aroma de um perfume feminino, com assédio sexual.

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