Exemplo de heroína protagonizado pela Educadora Heley, é um contraponto ao que faz Anorina contra educadoras em Itabuna! |
Nove pequenas crianças saíram de sua creche nas asas de anjos e subiram ao céu. Pequeninos, precisavam de companhia e a tia Heley de Abreu Silva Batista os acompanhou. Subiram, subiram até Deus. Tia Heley pediu ao Pai que amenizasse a dor das outras crianças, também pequenas, que estiveram a um passo da mesma viagem ao céu partindo da Janaúba de Minas Gerais. O ciclo humano tem vida e morte. Na primeira, um verme que não merece citação ateou fogo num grupo de crianças em festa pela data delas, que se celebra no dia 12. Os pequenos estavam felizes num ambiente que leva o melhor título possível para defini-los: Creche Gente Inocente. Quem mata não é o meio empregado na violência contra o semelhante. O fuzil utilizado pelo rato atirador em Las Vegas, nos Estados Unidos, e a gasolina derramada sobre os pequenos mineiros poderiam ser substituídos por um ataque químico, um caminhão lançado sobre as pessoas, o esfaqueamento na creche... A violência pode ou não estar no perfil do indivíduo. É humanamente impossível evitar que ele a faça aflorar contra o semelhante no coletivo ou numa banal discussão do casal na alcova. Infelizmente continuaremos presenciando a reedição de Hitler e do rei Herodes, e assim permanecerá até que a humanidade alcance a serenidade espiritual pregada por Cristo, Buda e Alá. A dor sempre será companhia dos que perdem os seus em atos animalescos iguais aos massacres em Las Vegas e Janaúba. Lamentavelmente em outros cenários e lugares eles serão repetidos incontáveis vezes. A imprevisibilidade humana, no entanto, não impede que o governo em sua amplitude federativa atue com firmeza e sentido humano em defesa do cidadão, independentemente de sua idade. Digo isso com o coração voltado para os pobres e vulneráveis enfermos de Itabuna, que não conseguem médicos e medicamento na rede pública e os promotores e juízes não decretam a prisão do prefeito Fernando Gomes e da secretária de Saúde Lísias Miranda. Episódios de pessoas pobres madrugando em filas de postos médicos nos revelam a face feia e fria do governo e da Justiça. Cada elo envolvido trata de apresentar sua versão supostamente fundamentada na lei. No entanto, no caso, não se aplica a verdadeira lei, a da solidariedade e humanismo. Nessas situações o que menos importa para o prefeito, secretária de Saúde, promotores e Juízes, é a suposta inocência desse ou daquele. As crianças de Janaúna e os doentes de Itabuna ficam no plano abstrato, ao largo, enquanto se ouviam as vozes dos debates. Em maior e menor escala Janaúba está entre nós em Itabuna.
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