O reinado de Cuma tem arruinado a Saúde de Itabuna |
É proibido adoecer em Itabuna. Parece
dramático, mas, se você espera ser bem atendido em um momento de dor e
fragilidade e, principalmente, ter seu problema resolvido, vá por mim: não adoeça
na maior e mais rica cidade do sul da Bahia. O conselho – que obviamente é
retórico, já que essa não é uma escolha possível – parte de quem já vivenciou
diferentes experiências médicas em hospitais públicos e clínicas privadas de Itabuna.
O péssimo atendimento não é exclusividade da sempre criticada saúde pública. E
tenho certeza de que todos têm histórias para reforçar o que digo. Na última terça-feira,
meu amigo Jonas Ribeiro viveu um drama do cotidiano, desses bem experimentados
pelos itabunenses. Esperou por uma consulta médica de emergência por quase três
horas. Vejam bem, emergência. Aguardou uma hora apenas para contar o que sentia
à equipe da triagem de um do Hospital de Base Luiz Eduardo Magalhães. Depois,
outros 40 minutos se passaram até que a equipe da burocracia decidisse (sim,
porque eles conversavam sobre “assuntos internos” enquanto pacientes esperavam)
chamá-lo para assinar papéis. Por fim, após mais uma hora, o clínico geral o
chamou. Meu amigo sentia uma forte dor de garganta e febre. Um problema simples
diante da dor e do desespero de tantos outros pacientes que, mesmo em situações
graves, não encontram socorro nas unidades de saúde. A espera pode custar a
vida. O sentimento neste momento, é que os governantes não tem responsabilidade
em oferecer um serviço de saúde decente à população. Mas e quando a incompetência
é da rede privada, onde se paga ainda mais caro para um suposto acesso mais
pronto e eficiente aos serviços? Se pacientes são transformados em clientes,
cada vez mais, esses consumidores vão exigir seus direitos como tais. Nós, a
população que depende de um ou de outro atendimento, não devemos nos calar.
Temos de contar os absurdos que vivemos, as longas esperas que enfrentamos, a
falta de zelo dos profissionais que nos recebem em momentos de fragilidade. Até
quando, da emergência ou para a solução de uma doença grave, teremos de acionar
a Justiça para o que deveria ser uma garantia universal?
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