Os políticos brigam apenas por seus próprios interesses pessoais. Mas seus cabos eleitorais, brigam pelo título de maiores babacas das eleições! |
O radicalismo no Brasil avança em
ambos os lados do espectro ideológico: na direita um grupo de militantes
arreliado com as obras apresentadas em uma exposição sobre temas sexuais em
Porto Alegre, promoveu o maior escarcéu e conseguiu que a exposição fosse
encerrada às pressas. E a possibilidade do uso da famigerada “Cura Gay” voltou
a causar furor entre os que ainda consideram a homossexualidade uma doença. No
outro extremo do espectro ideológico, grupos de diferentes formações e
atividades – como no meio universitário, entre membros de partidos políticos
ideológicos e militantes de movimentos sociais radicais – defendem vigorosamente
sistemas esquizofrênicos, como os existentes na Venezuela e na Coreia do Norte,
além de um Estado gigantesco e dilapidador, como se dinheiro nascesse em
árvores. Declarações como as de Lula, que ameaçam membros do MPF e do
Judiciário, ao tempo em que não dá satisfações à sociedade sobre as suas
incontáveis denúncias e sentenças, assim como as de generais defendendo uma
intervenção militar, alimentam o radicalismo de ambos os lados. Entende-se por
que as pesquisas eleitorais atuais mostram vantagens para Bolsonaro e Lula,
representantes dessa dicotomia. Existe um eleitorado dividido entre os extremos
do espectro, que se aproximam em termos de obtusidade e obscurantismo. Aqueles
que pregam o controle das artes ignoram as lutas para torná-la livre de peias,
para que a criação artística possa se expressar em sua plenitude, como em Goya
e em Salvador Dali, em que as mais tenebrosas peculiaridades do caráter vêm à
tona e mostram quem é o ser humano. Para esses, Trump é um bom exemplo. Os
outros amalucados vão continuar apoiando Maduro na Venezuela e o ditador da
Coreia do Norte, ignorando que o brasileiro quer paz, estabilidade e segurança
para trabalhar e produzir. Resta uma esperança para as eleições de 2018: que o
líder populista seja contido pela ação saneadora da Justiça, propiciando que o cenário
da disputa se dê em um ambiente civilizado, no qual se possam debater
razoavelmente alguns dos problemas nacionais, sem maniqueismos e sem populismos
irresponsáveis, o que foi impossível nas eleições nas quais Lula participou. A
maioria da população anseia por equilíbrio, moderação e estabilidade para poder
viver, inviáveis com a rancorosa presença de Lula.
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