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29 de setembro de 2017

O ELEITOR ESTÁ ENTRE DEUS E O DIABO EM TERRAS DE LULA E BOLSONARO

Os políticos brigam apenas por seus próprios interesses pessoais.
Mas seus cabos eleitorais, brigam pelo título de maiores babacas das eleições! 
O radicalismo no Brasil avança em ambos os lados do espectro ideológico: na direita um grupo de militantes arreliado com as obras apresentadas em uma exposição sobre temas sexuais em Porto Alegre, promoveu o maior escarcéu e conseguiu que a exposição fosse encerrada às pressas. E a possibilidade do uso da famigerada “Cura Gay” voltou a causar furor entre os que ainda consideram a homossexualidade uma doença. No outro extremo do espectro ideológico, grupos de diferentes formações e atividades – como no meio universitário, entre membros de partidos políticos ideológicos e militantes de movimentos sociais radicais – defendem vigorosamente sistemas esquizofrênicos, como os existentes na Venezuela e na Coreia do Norte, além de um Estado gigantesco e dilapidador, como se dinheiro nascesse em árvores. Declarações como as de Lula, que ameaçam membros do MPF e do Judiciário, ao tempo em que não dá satisfações à sociedade sobre as suas incontáveis denúncias e sentenças, assim como as de generais defendendo uma intervenção militar, alimentam o radicalismo de ambos os lados. Entende-se por que as pesquisas eleitorais atuais mostram vantagens para Bolsonaro e Lula, representantes dessa dicotomia. Existe um eleitorado dividido entre os extremos do espectro, que se aproximam em termos de obtusidade e obscurantismo. Aqueles que pregam o controle das artes ignoram as lutas para torná-la livre de peias, para que a criação artística possa se expressar em sua plenitude, como em Goya e em Salvador Dali, em que as mais tenebrosas peculiaridades do caráter vêm à tona e mostram quem é o ser humano. Para esses, Trump é um bom exemplo. Os outros amalucados vão continuar apoiando Maduro na Venezuela e o ditador da Coreia do Norte, ignorando que o brasileiro quer paz, estabilidade e segurança para trabalhar e produzir. Resta uma esperança para as eleições de 2018: que o líder populista seja contido pela ação saneadora da Justiça, propiciando que o cenário da disputa se dê em um ambiente civilizado, no qual se possam debater razoavelmente alguns dos problemas nacionais, sem maniqueismos e sem populismos irresponsáveis, o que foi impossível nas eleições nas quais Lula participou. A maioria da população anseia por equilíbrio, moderação e estabilidade para poder viver, inviáveis com a rancorosa presença de Lula.

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