Itabuna se tornou cidade proibida para pobres que necessitam de internação urgente em Unidade de Terapia Intensiva - UTI |
Para o
itabunense que não possui plano
de saúde e precisar de internação urgente em Unidade de Terapia Intensiva (UTI),
são grandes as chances da vida ser abreviada por causa da ausência de leitos
para assistência pelo SUS. Embora a cidade atenda pacientes oriundos de mais de
130 municípios pactuados e acidentados nas rodovias 101, 116 e 415, UTI é
escassa e em quantidade muito abaixa da demanda. Há no
sistema em Itabuna, um déficit de 400 leitos e projeta-se uma explosão da
demanda a partir da chegada de empreendimentos que virão a reboque do Porto
Sul. A cidade possui 752 leitos, mas os que se encontram efetivamente
disponíveis são apenas 578 e desses, somente 401 servem ao Sistema Único de
Saúde (SUS). São apenas 42 leitos de UTI para adultos, nove no Hospital
de Base e 33 na Santa Casa de Misericórdia. Desses, cinco são do SUS e 13
exclusivos da unidade cardíaca. O hospital
Manoel Novaes tem apenas sete leitos de UTI Neonatal contratados pelo SUS. Itabuna está no limite do limite. A
demanda em Itabuna por leitos de UTI é elevada. A cidade é uma das mais
violentas do país, com grande índice de acidentados e pacientes
politraumatizados. Assim, a procura é muito maior que a capacidade de
atendimento. Soma-se a isso o envelhecimento da população que culmina, por
exemplo, em um índice maior de doenças degenerativas. Nem na teoria dos
governantes, a quantidade de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) via
Sistema Único de Saúde em Itabuna, está dentro do mínimo que solicita o
Ministério da Saúde e na prática, a realidade é outra e preocupante. Não são
raras as reclamações de famílias que lutam por uma vaga. O problema é a alta
demanda oriunda de diversos fatores, como a violência e a falta de estrutura na
saúde pública, que não prevê a implantação de leitos de reserva. Itabuna tem 220 mil habitantes, segundo
o último censo do IBGE, mas sua estrutura em saúde atende uma população de
aproximadamente 3 milhões de pessoas. Apesar do aumento da população atendida,
houve redução da estrutura disponível nos últimos anos. Reduziu-se o número de
leitos do SUS no Hospital São Lucas, foi fechado o Hospital Maria Goretti e
hoje existe uma sobrecarga nos leitos do Hospital de Base.
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