Sempre faltou ao alcaide caído, a intrepidez do seu vice Wenceslau
Já entrando no seu
último ano de governo, o prefeito Claudevane Leite (PC do B), nadamais têm feito do que contar o dinheiro
para pagar o funcionalismo e planejar medidas que não saem do papel. Sua gestão
já está estigmatizada por obras que mal começam e são abandonadas, sem nenhuma
perspectiva de término. O governo peca por não ter planejamento. O prefeito de Itabuna
ainda não se convenceu de que os recursos são escassos e insuficientes para
fazer frente às despesas. Os detalhados argumentos usados pelo alcaide e seus secretários
já são exaustivamente repetidos e nunca assimilados pela população, que não
compreende tanto descontrole e ações desnecessárias, ou não prioritárias. E
Vane não perde a oportunidade de justificar seu fracasso administrativo, como
sempre fazem todos os péssimos gestores, ao usar o álibi de “herança maldita”
como explicação da inércia da prefeitura. Mas é infrutífera a insistência na
retórica da terra arrasada, pois nada for feito de concreto no sentido de
subverter tal situação. A sensação, passado tanto tempo, é de que o prefeito
foi capaz de identificar as causas e os danos causados pelo desajuste nas
contas, mas não consegue ser substantivo no desejo de mudanças. O
balanço é desanimador. A percepção generalizada é de excesso de lamentações e
de pretensões improdutivas. Também preocupam as recentes declarações de
demissões em massa, como soluções que Vane julga óbvias. Demitir trabalhadores é
transferir para o servidor público, que direta ou indiretamente sustentam o
governo, os custos da incapacidade do prefeito administrar a prefeitura, ou de
encontrar outras soluções. Alternativas, ruidosamente, previsíveis, como
demitir funcionários, sem cortar gastos na mesma proporção, com comissionados,
apadrinhados e aderentes, encastelados no cabido da prefeitura, são
comprovadamente insuficientes e injustas. Mas o prefeito precisa finalmente dar
forma às suas intenções, mesmo as que enfrentam resistência por serem
impopulares ou, isoladamente, inócuas. Chegou a hora da ação, do anúncio
efetivo e corajoso das medidas amargas, mas necessárias para acabar com o clima
de decepção e apreensão. Vane ainda tem como renascer! Mas, parece não
querer!
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