Corruptos no Brasil zomba da Justiça, ainda quando são condenados |
Foi só a Operação Lava Jato
chegar a políticos importantes para que se ampliasse o questionamento das ações
da Polícia Federal e do Ministério Público e se acirrasse o conflito entre as
ameaçadas lideranças do Legislativo e o governo. As reações mais fortes foram produzidas pelo
presidente do Senado, segundo o qual a Polícia Federal foi arbitrária ao agir
sem comunicar previamente a Polícia Legislativa. O presidente da Câmara, por
sua vez, ameaçou o governo com retaliações, por acreditar que o Ministério da
Justiça deveria impedir que a Polícia Federal Federal o investigue. É
sintomático que as críticas tenham partido dos senhores Renan Calheiros e
Eduardo Cunha, ambos sob investigação na Operação Lava Jato. Essa mesma
pratica foi exigida pelos petistas corruptos Josè Dirceu, José Genoino e Delúbio
Soares. Não se concebe que autoridades sob suspeita considerem a hipótese de
que um governo possa protegê-los de sindicâncias. São pontos de vista em total
desacordo com o que acontece atualmente no país. Polícia, Ministério Público e
Justiça apenas cumprem com suas atribuições. O fato de as sindicâncias chegarem
aos políticos apenas comprova que os encarregados das investigações não
limitarão suas iniciativas a empresários, executivos de empreiteiras e petistas
ex-dirigentes e servidores da Petrobras. Cumpre-se uma etapa importante da
Lava-Jato, para que se esclareça o envolvimento dos políticos em um esquema
cuja engrenagem ainda precisa ser entendida em sua totalidade. Os
ataques às instituições, no entanto, não são recebidos com surpresa. Políticos
têm reagido com revolta e algumas vezes com desdém às providências adotadas
pela Lava-Jato, desde o momento em que seus nomes são vinculados a indícios de
delitos. A operação que identifica corruptos e corruptores não pode, desde que
obedeça os ritos legais, se submeter ao constrangimento de homens públicos
acossados por suspeitas fundamentadas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente no blog do Val Cabral.