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20 de setembro de 2015

VANE QUER POR O CURURU NO PÚLPIDO

Vane quer fazer o povo de Itabuna gritar Barrabás, Barrabás...
Nos últimos dias, com anuncio de que o prefeito de Itabuna, Claudevane Leite (PRB), teria desistido de concorrer a sucessão e a repentina mudança de rumos do seu grupo na eleição itabunense, com o comunista Davidson na cabeça de chapa da coligação que deverá ter o apoio prefeito mais rejeitado do sul da Bahia, parcela da base da comunidade evangélica (Vanistas idem) tem se visto entre a resignação pragmática que passa próxima ao silêncio ou a indignação de quem gostaria de ver ainda esperança na diferença das coisas e que, nesse sentido, via um resgate histórico na presença de Roberto José como prefeiturável do prefeito. As críticas passam tanto pela histórica discrepância ideológica do Cristianismo com o comunismo, quanto pela questão moral, já que o grupo liderado por Davidson Magalhães é um dos mais notórios prejudicadores da administração de Vane do Renascer. Em meio a uma forte despolitização (e um equivalente moralismo) do debate político, tende a prevalecer a crítica não à aliança e submissão com o PC do B, mas à figura do Davidson e o seu perfil predador. Tanto assim que algumas defesas um pouco envergonhadas tendem a referir que “o importante é ganhar e aderir por ser candidato de Vane”. Mas Davidson representa em Itabuna algo que talvez algumas pessoas sequer tenham conhecido durante os últimos vinte e cinco anos: uma voz escancarada do cinismo e demagogia, a fazer discurso de forte viés autoritário, dialogando com o pior do senso comum e liderando feudos sindicais, para uso descabido dos recursos dos trabalhadores em benefício partidário, político e pessoal. Davidson e sua trupe dominam sindicatos, como se eles fossem suas propriedades particulares e quem quiser que ouse contestá-los, ou concorrer para defenestrá-los de lá. O problema de Vane apoiar Davidson para tentar sucedê-lo, não é porque o comunista é um hipócrita ou simboliza o que há de pior na gestão que deveria ser do PRB. Estes fatos são apenas dois elementos a compor a figura pública. Apoiar Davidson é entregar o púlpido ao satanás e admitir compor com o seu conteúdo materialista, ateísta e inconfessável. Davidson sempre esteve do outro lado da cerca, do sindicalismo vil, maquinador e maquiavélico. Relativizar isso é grave. E não há como apresentar Davidson como “o novo” quando está aliado ao que há de pior do “velho”. Aliás, essa discussão sobre “o novo” que vem para derrotar “o velho” é complexa e mereceria nota. Mas aí é tema para outro debate.

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