A educação é a mais poderosa arma contra a violência no Brasil |
O drama de Itabuna está entre a cidades mais violentas do país, deve servir de alerta para a necessidade de ações imediatas com potencial para deter esse fenômeno inaceitável. A situação é semelhante à registrada nas cidades que circundam Itabuna, o que não pode contribuir para a aceitação do morticínio como inevitável. Jovens matam e se matam; tentam matar e são vítimas de tentativas de homicídio em proporções alarmantes no sul da Bahia. A sociedade itabunense, e o poder público em particular, com seu maior potencial de ação, precisam agir para impedir esse processo, no qual o crime veda o ingresso à maioridade por parte de um contingente tão expressivo de cidadãos. Reportagens na imprensa sulbaiana, detalham a situação aflitiva enfrentada no cotidiano por crianças e jovens, particularmente em áreas mais conflagradas. Muitos deles enfrentam desde restrições ao direito de livre circulação até mesmo toque de recolher. A particularidade de a violência estar mais associada a esses locais e, em muitos casos, ao tráfico, acaba contribuindo para passar a ideia de que o tema é de interesse restrito, quando não é. O levantamento demonstra que, algumas crianças e jovens assassinados nada tinham a ver com o tráfico. Mais: muitos deles não eram sequer os alvos. E serve de alerta o fato de que um percentual expressivo dos que perderam a vida, na maioria das vezes perto de casa, era de família desestruturada e não frequentava a escola. É preciso agir logo para reverter esse quadro. As providências não podem incluir apenas mais policiamento, mas também mais alternativas educacionais, culturais e de lazer no caso de crianças e jovens em situação de risco.
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