Os serviços públicos de saúde em Itabuna estão calamitosos |
A precariedade da estrutura de saúde vem sendo agravada pela crise financeira governamental, com as piores consequências para as populações de baixa renda. O drama maior está na falta de recursos para atendimentos básicos, que atinge não só os serviços da prefeitura, mas em especial os hospitais filantrópicos da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna. Degrada-se um sistema de compartilhamento de responsabilidades, que há muito não conta com as contrapartidas previstas em lei. É uma situação crônica, com impasses administrativos e políticos e um confronto que se estabelece também na Justiça. O dramático episódio desse desentendimento é antigo e que por isso mesmo não pode ser creditado apenas às limitações do governo Claudevane Leite. É direito do município de Itabuna a cobrança de repasses pelo Estado, cuja proporção insuficiente compromete o atendimento às populações. O prefeito pede e o governador faz "ouvido de mercador"! Mas chega-se assim a um impasse que terá de ser resolvido pelo bom senso. A grande interrogação, nessas circunstâncias é esta: como estabelecer prioridades, em meio a tantos conflitos, muitos dos quais prolongados pela irresponsabilidade, descaso e insensibilidade das próprias autoridades? Se as urgências não forem levadas em conta, de acordo com o alcance social de cada serviço, o que irá prevalecer, a cada dificuldade, será a demanda de determinados grupos. A saúde pública está acima desses interesses.
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